tag:blogger.com,1999:blog-20051361430164450892024-03-13T12:08:41.472-03:00PausadamenteAcomode-se e dê uma pausa à sua mente!Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.comBlogger107125tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-50864984051357886632017-07-31T19:59:00.000-03:002017-07-31T19:59:13.186-03:00Repentino suspiroConsequência de uma pausa...<br />
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São 18h30min: hora de parar os estudos e descansar um pouquinho. Abre e-mail, abre Instagram, abre Facebook...vê, lê, ouve. Infindáveis informações. Filtra. Quase tudo se perde, mas então surge o comentário de uma "amiga dos tempos de blog" com uma nova postagem. Oi? Postagem no blog? Como assim em tempos de YouTube e Stories alguém voltou a escrever no blogspot? E com pessoas que ainda lêem? Ahhhh, o coração não aguentou. Em 10 segundos: <b>www.apausadamente.blogspot.com.br</b>.</div>
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Então, aquele sentimento de nostalgia se instaura no peito, sufocando e dizendo: "você precisa escrever!". Mas o quê? Faz tanto tempo, já esqueci regras ortográficas, nem sei como começa um texto mais e de onde eu tirava tantas palavras bonitas e imponentes? Eis que surge o sentimento de angústia pelos tempos que não voltam, seguido pelo de culpa por ter parado de escrever e culminando com alegria por ter coragem suficiente para simplesmente abrir uma página em branco e começar a digitar, sem rumo, sem direção, sem tópicos, sem programação. Assim, preto no branco em tempos de tanta cor, sem ideia em tempos de opinião para todo o mundo. Porém a cada frase 1Kg a menos e a sensação de alívio. Ahhh que raiva por desperdiçar tanto tempo com redes sociais/acessos inúteis e deixar de lado o blog, o livro que um dia eu comecei a escrever e tantas histórias vividas que se perderam antes que pudessem ser escritas e compartilhadas. Como é bom me reconectar com quem um dia eu fui. Como é prazeroso reler tantos textos e encontrar peças perdidas do meu eu. Como é gratificante ver tanto carinho e zelo em palavras escritas e comentadas e poder sentir novamente o que um dia eu abandonei.</div>
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Novos tempos estão por vir. Novos caminhos. Novas histórias. Novos obstáculos. Vivencio a ansiedade de ser uma "quase médica" e me deparar com o que contribuiu com tudo isso lá atrás, no início da construção desse sonho, é maravilhoso. E aqui (re)encontrei trechos do que era necessário para seguir em frente HOJE, talvez amanhã já não seja suficiente e depois de amanhã volte a esquecer do que um dia eu vivi nesse ambiente, mas, com certeza, hoje meu dia está colorido, está sendo preenchido pelas palavras da Letícia do passado, aquela que ficou para trás e atualmente está cada dia mais perto da realização do grande sonho que deu início ao blog. Hoje o ânimo do qual eu precisava, o motivo que eu buscava para continuar em frente sem reclamar do cansaço veio de encontro a mim pelos caminhos da vida, ou melhor, pelas mãos de Deus.</div>
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Ironicamente ou não, a pausa da mente entre os estudos da faculdade hoje foi diferente, foi evolutiva e reflexiva e gerou essa consequência após mais de 04 anos sem escrever uma linha para tornar público o que rodopia na minha mente. Foi um repentino suspiro diante de tudo o que já escrevi, contudo, um grande impulso pessoal/interno para continuar a batalhar pelo o quê eu acredito e para a realização dos meus objetivos, além de acalentar meu coração.</div>
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Obs.: tenho o pressentimento de que as pausas dos próximos dias serão por aqui, revisitando quem eu fui um dia e quem sabe mostrando mais de quem eu sou nesse momento...</div>
Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-30199186948186668562013-01-27T00:35:00.000-02:002013-01-27T00:35:31.789-02:00Quem sabe?Consequência de uma pausa...<br />
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Sim, eu sei que sou uma desnaturada. Sei que fiz promessas e não as cumpri. Também estou ciente que inutilmente tentei organizar meu tempo a fim de escrever, no mínimo, uma vez a cada semana. Realmente, fracassei mais uma vez e, pior, não cumpri com as minhas palavras. Isso me deixa absurdamente chateada, mas de certa forma tenho o consolo de que o blog, no fundo, sempre foi uma maneira que eu encontrei de expor meus pensamentos para não fundir meu cérebro. Confesso que durante o ano de 2012 quase explodi minha mente com tantos pensamentos, tantas mudanças, tantos acontecimentos, tantas passagens e histórias na minha vida e, mesmo assim, não consegui escrever uma linha sequer. Muitas dessas vezes, nem mesmo tentei, em outras situações sinto que evolui meus métodos de escape e de todas as situações busquei um aprendizado e uma forma de crescer como ser humano.<br />
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Depois de tanto tempo impondo outras prioridades à minha vida é bem provável que tenha perdido minha maneira de escrever. O que é interessante, visto que a maneira é inerente a mim, logo, impossível perdê-la. Entretanto, como já foi dito, são muitos acontecimentos, muitas transformações para um ano só.<br />
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É engraçado como eu achava que me adaptava facilmente a qualquer situação, como me achava independente e madura para a minha idade. Em 2012 percebi que, realmente, sou bastante madura para minha idade se comparar-me a maioria dos meus colegas, porém, talvez não seja tão independente como esperava que fosse, principalmente se falarmos em independência emocional. Foram muitos momentos de fraquezas emocionais co-relacionados a problemas familiares, e são em momentos como esses que percebemos o quanto a menor distância um do outro pode parecer infinita. Além disso, é necessário acrescentar outro contribuinte às fraquezas emocionais: a adaptação a um novo ambiente, a um novo estilo de vida, a um novo método de estudo. Dei-me conta de que não é fácil simplesmente ir cursar uma faculdade de medicina em uma cidade totalmente desconhecida, na qual nem mesmo um parente você possui.<br />
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Então, eis que se passou um ano. Um ano pode ser pouco para muitas realizações e muito para outras, ainda mais em um mundo como o nosso que exige tudo da forma mais rápida possível, em que é tudo "para ontem" - muitas vezes esquecendo-se da qualidade -, entretanto, um ano foi suficiente para que eu amadurecesse mentalmente, para que mudasse minha perspectiva de vida, para que eu pudesse conhecer e re-conhecer outros estilos de vida, pessoas e ambientes, para que eu aprendesse a dar valor ao que deve e desapegar-me do desnecessário. Um ano passa rápido, muito rápido! Um ano voa e você nem se dá conta, quando vê está sentado numa tarde de domingo se perguntando "o que eu fiz desse ano na minha vida?". Pode ser que a resposta não seja o que você gostaria ou o contrário, pode ser que ao invés de responder com uma palavra, você sorria, e tenha certeza, sorrir é a melhor resposta. Sorrir é afirmar que seu ano foi ótimo, que você atingiu o esperado, e se não atingiu tentou, buscou, chegou perto, ou que simplesmente você se surpreendeu da melhor maneira possível com tudo o que ocorreu. Meu ano de 2012 teve mais lágrimas que sorrisos, contudo, muitos momentos de sorrisos valeram mais que muitas lágrimas que rolaram pelas minhas fartas bochechas. E, mesmo assim, apesar de todos os momentos de tristeza, o balanço final foi positivo, pois o que pude aprender em todo esse ano foi incrível, e, afinal, acho que é isso o que importa, de forma que 2013 seja diferente com base nos aprendizados passados, ou, que seja diferente trazendo-me outras fraquezas, outros acontecimentos inesperados que me tragam outros aprendizados. Como podem perceber, tornei-me uma pessoa mais forte também.<br />
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No decorrer de 2012 cheguei a pensar, na maioria do tempo, que estivesse perdendo minha essência, meu jeito de ser que construí ao longo de 19 anos. E, só hoje, percebi que não é bem assim - pode ser que tenha algo relacionado à "crise dos 20". A evolução não vem sozinha, ela traz consigo uma bagagem de experiências e fatos que te transformam de dentro para fora, para tanto, é preciso um tempo para se adaptar ao "novo peso", às novidades e, no meu caso, foi necessário um ano inteiro de ajustes até eu poder aprimorar o que carreguei comigo nesses 19 anos. Posso dizer que foi uma evolução brusca e sofrida, um ano foi pouco para tudo o que vivenciei e aprendi. Hoje, agora, nesse exato momento, sinto que minha alma está renovada, aperfeiçoada e que as coisas boas que possuía continuam, algumas ruins também, outras foram dispensadas e muitas chegaram sem nem pedir licença. Isso é ótimo, ninguém é perfeito. Como diz aquele clichê: "imaginem se todos fossem perfeitos?", concordemos que o mundo seria sem graça...<br />
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Mudanças positivas são sempre bem vindas, bem como momentos em que devemos parar um pouco algo em nossa vida para podermos subir mais um degrau. Por exemplo, um professor de língua estrangeira sempre deve parar um pouco de lecionar e tornar-se aluno novamente ou fazer uma viagem para que ao final suba um degrau quando retornar às salas de aula. Em sua maioria as transformações não são fáceis, mas são ótimas maneiras de aprendermos ao longo da vida. Uma vida patética, monótona não te traz muitos benefícios, pois é sempre tudo do mesmo jeito, é sempre um hábito, uma rotina. É preciso arriscar-se, buscar alternativas e enfrentar tudo o que chegar até você de mente e coração abertos, recebendo os fatos e transformando-os em ensinamentos sempre presentes. Antes disso, é necessário o reconhecimento do que realmente deve ser mudado, do que deve ser deixado para trás, do que deve se transformar apenas em lembrança, do que deve ser um aprendizado a ser repassado às próximas gerações, enfim, é necessário estar de olhos abertos para perceber todas as oportunidades e áreas de crescimento interior. Não é nada fácil, porém, pode ser a melhor coisa que aconteça em sua vida.<br />
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Dessa forma, quem sabe em 2013 eu consiga expor um pouco mais o que vivi em 2012 e estou vivendo no presente, afinal, muitos aprendizados devem ser compartilhados. Sinto que estou em débito e quero quitar o quanto antes. Assim, estou com novos planos para o blog nesse ano que já está no seu vigésimo sétimo dia - Uh lá lá, quase um mês!<br />
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P.S.: Pelo visto, textos grandes com vários assuntos misturados ainda são minha marca pessoal...Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-63612311974591490872012-09-21T00:34:00.000-03:002012-09-21T00:34:40.045-03:00"O Médico"Consequência de uma pausa...<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/gRfx0OknUKk?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Como seria um médico perfeito, ou melhor, um bom médico para você?<br />
Talvez não seja aquele que apenas medica, mas sim aquele que orienta, escuta, observa, distribui atenção e carinho, preocupa-se, doa seu tempo e seus pensamentos para que o melhor seja proporcionado ao próximo.<br />
Romantismo da minha parte? Creio que estamos muito mal acostumados com os ruins, de forma que os bons não estão tendo a visibilidade e os devidos merecimentos. Existem inúmeros espalhados mundo afora, e eu tenho o maior prazer em ter contato com muitos professores bons médicos na minha faculdade, os quais sabem orientar e ensinar seus alunos os caminhos a serem seguidos para tornarem-se médicos humanos, e não médicos, apenas. Vale ressaltar que eles ensinam, tentam, estão dispostos a isso, no entanto, nem todos os alunos estão dispostos a receber essas orientações e a levá-las à sua prática.<br />
Médico qualquer um que se forma pode ser, mas ser médico, ser um médico humano, é diferente, nem todos têm esse dom, nem todos são capazes ou estão aptos a tratar o próximo como gente igual a ele, como um ser humano que está sofrendo, que precisa de apoio, de auxilio, de ajuda, que precisa de alguém ao seu lado. E mesmo que o melhor não possa ser feito, que não exista condições, garanto que o esforço e a força de vontade em levar saúde - psíquica e física - para as pessoas já valem o bastante para ser reconhecido como um bom médico.<br />
Pergunto-me, às vezes, o que me levou a querer ser médica. Por enquanto acredito que seja por gostar de conviver, por gostar de gente, por gostar de ajudar os que precisam, por sentir prazer em um sorriso recebido após um ato por mais simples que seja. Hoje, por exemplo, tinha um seminário de microbiologia para ir, fiquei esperando o elevador, e assim que a porta abriu, duas senhoras de idade, uma de muleta, inclusive, apareceram a minha frente, dei um sorriso e um bom dia, e fui retribuída com outros sorrisos e bom dias, com carinho, elas sentiram-se a vontade para me perguntar onde poderiam fazer o exame de ultrassom. Acho que é por aí que um bom médico é formado, quando as pessoas se sentem a vontade com ele, pois vejo e tenho contato, diariamente, com pessoas que não se interessam pelo próximo, que são indiferentes à dor de quem está ao seu lado e mesmo assim estão cursando medicina. O que as trouxe aqui? Dinheiro e status são as primeiras palavras que me vêm à mente. Estudantes de medicina que acham ruim ter contato com gente, que reclamam das práticas médicas na comunidade que temos durante o curso inteiro, que não se dão "ao trabalho" de desejar um bom dia aos pacientes que cruzam nos corredores do prédio em que temos alguns seminários, não deveriam ser estudantes de medicina. Apesar de tudo, ainda tenho esperanças de que durante esse processo em que são simples estudantes possam amadurecer e repensar suas atitudes.<br />
Um bom médico não se faz sozinho, um médico só se torna bom médico com a ajuda dos pacientes, é um trabalho construído aos poucos, a cada consulta e, principalmente, juntos. Não imagino como seja perder um paciente, mas creio ser muito doloroso. E como se portar diante de tal acontecimento? Nosso médico da obra de arte observa, expressa tristeza, dúvida, talvez aquela sensação inacreditável de impotência, de que quem comanda tudo ainda é Deus, compartilho minha ideia sobre isso assim que estiver ganho mais experiência...<br />
O interessante é que o bom médico também é relativo, de acordo com cada paciente. Quem nunca foi à um médico por indicação de um amigo ou parente e saiu do consultório decepcionado porque não foi o que esperava? Isso acontece, não é porque é um bom médico para um que será para todos, assim como, não são todos que estão prontos a receber os cuidados de um médico, seja ele bom ou não.<br />
O que é ser bom ou ruim? O que é normal ou anormal? São questões próprias a cada um de nós, com certeza, entretanto, educação, respeito e dedicação ao próximo devem ser constantes. Tornam não só o médico bom, e sim toda a humanidade boa. E, tudo o que é trabalhado em conjunto, em sintonia, com vontade de todas as partes, possui chances de dar mais resultados positivos, satisfatórios. Acho que falta um pouco de coragem por parte dos próprios pacientes, em dizer ao médico o que está achando da consulta, o que achou disso ou daquilo. Pois saibam, médico não é o Deus na Terra, médico é um instrumento de Deus, assim como qualquer outra pessoa, de qualquer que seja a profissão, ele pode estar errado. Ele também é humano e tem seus problemas, também precisa de alguém para auxiliá-lo, ouvi-lo. Então, se algum dia não estiver gostando da consulta, por que não ir aos poucos dando sinais de que algo está te incomodando, por que não desviar um pouco o foco daquilo que está te causando mal estar, por que não falar ao médico que ele está diferente, que você esperava isso e aquilo? Não são todos os médicos que estão dispostos a receber críticas de pacientes, embora eu pense que isso ajuda na construção da relação médico-paciente. Muitos deixam com que o status que a profissão ainda tem em meio a sociedade subam à sua cabeça, tornam-se arrogantes, prepotentes e "donos da verdade", o que é lastimável, visto que muitas pessoas estão deixando de receber os devidos cuidados, de ter uma boa relação com seu médico porque o mesmo acha que está acima de tudo e de todos, que não precisa melhorar em nada e que "quem não gostou que procure outro e vá se arrepender longe". Sinceramente, esses não são médicos, esses são pessoas que sabem a teoria e desconhecem a boa prática. E, para mim, é uma desculpa esfarrapada aqueles que dizem que não recebem incentivos para melhorar, que o "sistema" o faz agir de tal maneira, que a falta de um salário digno o deixa desestimulado...O.K., desestimula, porém, não a ponto de esquecer todos os princípios, de acreditar que os sofrimentos da pessoa a sua frente são menores que os seus.<br />
Enfim, ser bom médico vai muito além de apenas cursar uma faculdade de medicina com boas notas, ser bom médico é uma construção ao longo do tempo, que depende não só do médico e também de todos os que o cercam, de sua criação, educação e caráter. Ser bom médico é um desafio. Desafio esse que merece ser aceito por todos os estudantes e solucionado com louvor. Rubem Alves tem minha admiração, ao menos como escritor e emissor de mensagens reflexivas e verdadeiras, que podem, inclusive, orientar estudantes que estão perdidos em meio a um mundo de conceitos tão deturpados quanto o nosso!Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-8429915557272360772012-08-15T19:49:00.002-03:002012-08-15T19:49:41.259-03:00Meu Gordinho,Que susto você nos deu noite passada! Sabe, eu sei que a idade vai chegando, aumentando, aumentando e pesando na vida da gente. Mas o Senhor ainda é novo, ainda temos que comemorar seu aniversário de 74 anos em dezembro, o de 75, 76, 77, 78...e quem sabe até lá descobrimos o elixir da vida eterna, por que não? E não me venha com essa história de que comemorar aniversário é ruim porque ficamos cada vez mais perto da morte, comemorar aniversário é bom, muito bom, porque significa que passamos mais tempo com todas aquelas pessoas que amamos!<div>
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Não vou dizer toda aquela balela de que você não nos ouve, de que não se cuida direitinho, afinal, de nada adiantará e o acontecido já é suficiente, acredito eu. Além disso, depois desse susto acho que podemos melhorar essas questões e o nosso diálogo, não é mesmo? Morar na cidade e passar os finais de semana na fazenda seria uma boa ideia para início de conversa, e a dieta agora vai ter que seguir bem certinho, ainda bem que temos uma nutricionista vigiando aí né?! E ela sabe que é permitido puxões de orelha!</div>
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E tem mais meu Gordinho, o que adiantará eu me formar uma médica (quem sabe geriatra) se não tiver um dos meus velhinhos preferidos, que mais amo, para eu poder cuidar? Pode esperar aí, porque ainda temos muito para vivermos juntos, como sempre foi! O Senhor sabe que é como um pai para todos os seus netos - Felipe, eu e Artur que moramos em Goianésia e praticamente na fazenda com vocês que o diga! Você que sempre esteve ao nosso lado Gordinho, em todos os bons momentos e em todas as dificuldades, como atualmente...só Deus é capaz de saber tamanha minha gratidão pelos seus cuidados comigo aqui em BH, junto de meus pais me proporcionando o melhor para que eu consiga ter uma boa graduação e receber com louvor meu diploma. Se eu estou estudando, em grande parte, é pelo seu apoio, não só financeiro, mas também moral, como um dos meus maiores incentivadores. Assim sendo, não pode ficar faltando nossa foto no meu álbum de formatura, sentirei-me injustiçada se só o Felipe tiver uma dessa!</div>
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Sei que daqui de BH não posso fazer nada além de orar pela sua saúde e recuperação. Contudo, saiba que meu coração só agora está se reconstituindo do susto dessa noite e mesmo assim a cada pedacinho reconstituído um outro se despedaça por não poder estar ao seu lado e de toda a família nesse momento. De qualquer forma, também aprendi com o Senhor a ser forte e sempre seguir em frente, portanto, continue com toda essa força e determinação que sempre teve durante toda sua vida que logo, logo, estará confortável em casa. E no feriado de 7 de setembro quero poder chegar aí e te encontrar bem forte, fofinho e quentinho para poder te abraçar com toda a minha força, te implicar como sempre, te fazer rir com todas as minhas palhaçadas (vou até pensar em um novo repertório!), fazer cosquinhas, te chamar de meu gordinho, mexer com seu ralo cabelo branco, puxar suas orelhas e todos aqueles carinhos (muitos diriam: "de mula") a que estamos acostumados a fazer um ao outro.</div>
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Nesses momentos a distância parece ser maior do que é, entretanto, nem por isso me deixarei abater, afinal, sei que meu Gordinho está em ótimas mãos, com os melhores médicos, com o melhor aparato hospitalar disponível, com toda a família de olho e com Deus mais do que nunca cuidando de todos nós. Devemos acreditar que nada acontece em vão, que Deus faz tudo como deve ser, que só Ele sabe o que é melhor para nós e só pelos Seus caminhos poderemos ser felizes, então, vamos acreditar que Ele só queria nos passar um sustinho bobo para prestarmos mais atenção em como conduzimos nossas vidas. Talvez até para me ensinar a dizer mais vezes o quanto amo minha família e o quanto gostaria de poder estar sempre ao lado de vocês. Sei que muitas vezes sou uma neta desnaturada, que fica dias sem ligar, o que mostra o contrário dentro de mim, porque não esqueço um único dia dos meus dois gordinhos, não deixo passar um dia sem orar por vocês, não fico um dia sem sentir a falta de vocês aqui. Posso dizer que a saudade é a minha maior companheira enquanto estou longe de vocês. Agora, acho que só tenho a agradecer a Deus por ter permitido que meu Gordinho continue ao meu lado, por permitir que eu tenha nascido em uma família tão linda e unida como a nossa - esqueçam todas aquelas brincadeiras de que eu não pedi para nascer e de que não tive a chance de escolher em qual berço nascer, são só minhas palhaçadas com vocês, não haveria lugar melhor para eu poder nascer, sou muito feliz por estar ao lado de todos vocês. É impossível descrever o quanto os amo, o quanto amo você meu Gordinho e o quanto gostaria de estar ao seu lado segurando suas mãos ou, ao menos, ao lado de toda a família amparando-a. E, ainda bem que nos falamos no dia dos pais e eu pude dizer que o amo!</div>
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Por fim, acalma esse coração e avise-o que o trabalho dele não pode parar, que ele ainda tem muita sístole e diástole para fazer, muito sangue (agora, sem excesso de gordura, diga-se de passagem) para passar por ele, muito tum-tum-tum para eu poder ouvir com meu estetoscópio durante as férias, treinando minhas habilidades médicas, muita pressão arterial para eu treinar a aferição, muitas palhaçadas e aprendizados para fazermos juntos e muitas visitas prometidas sua para me fazer aqui em BH.</div>
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A minha intenção não era prolongar essa carta, porém é difícil não prolongar uma resposta de carinho, afeto, atenção e amor vividos ao longo de 19 anos unidos. Hoje passei um tempão olhando nossa foto tirada no Rio Araguaia quando eu tinha apenas 6 meses de vida, que vontade de poder cantar novamente o "ã, ã, ã" para você, de "fazer bixinho", de tentar aprender a jogar baralho, às vezes crescer nem é tão bom...(e depois dessa quero que o senhor prometa que não vai deixar o resto da família fazer bullying comigo, curtindo com a minha cara quando eu chegar aí, me mandando cantar e etc e tal! Pensando bem, isso vai ser inevitável! Risos!).</div>
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O mais importante é que você está lendo essa carta e compreendendo tudo o que quero dizer, que se resume em poucas palavras: AMO VOCÊ INCONDICIONALMENTE! Como também amo cada momento que passamos e iremos passar juntos!</div>
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Beijos,</div>
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De sua neta Letícia Vieira da Cunha.</div>
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OBS.: Essa carta foi escrita nessa tarde do dia 15 de agosto de 2012, um dia após meu avô paterno sofrer um infarto agudo do miocárdio. Ele ainda está internado na UTI do <a href="http://www.arh.com.br/site/">Hospital do Coração Anis Rassi</a>, mas é uma fortaleza e está se recuperando muito bem e logo estará em casa novamente! Só estou compartilhando porque senti a necessidade de dizer publicamente o quanto o amo e também para que outras pessoas se espelhem nessa história e não percam tempo com brigas e desavenças, porque o amor que sentimos pela nossa família nunca morre, só se desenvolve, cresce, aumenta, e, lamentavelmente, quase nunca dizemos isso a eles. De qualquer forma, continuo orando não só pela saúde da minha família, mas também pelo amor...</div>
Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-38967047949906311932012-08-05T00:00:00.004-03:002012-08-05T00:01:43.116-03:00Amém!<div class="MsoNormal">
<i>Antes de tudo, cuidado
com sua interpretação. Essa postagem não tem a intenção de agredir ninguém, só
esclarecer ou garantir um pouco de reflexão nesse mundo de ideias deturpadas,
bem como não escrevi de má fé, muito pelo contrário. De antemão já peço
desculpas caso alguém se sinta prejudicado, realmente não é a intenção. E estou
ciente de toda a minha sinceridade (talvez ingênua, nesse caso). Caso queira
esclarecer algo, existem as opções de enviar-me um e-mail ou comentar aqui no
blog mesmo, pois sei que esse tema é muito delicado. (Sim, estou com receio de
possíveis consequências, no entanto, preciso desabafar).<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
As redes sociais têm seu lado positivo e negativo, como tudo
na vida. Entretanto, ultimamente, tenho visto postagens muito desagradáveis,
não somente religiosas, mas em todos os sentidos, estilos e temas. E, cá para
nós, essas redes sociais me cansam cada vez mais, já prevejo o dia em que
continuarei só com o blog e o Messenger (já em desuso) – e olhe lá!</div>
<div class="MsoNormal">
No momento pretendo falar das religiosas. Muitos podem achar
que é por eu ser católica, mas essa não é a questão que irei discutir, até
mesmo porque, isso, teoricamente, não se discute - determinação cultural, moral
e ética, felizmente. Ou melhor, tentarei ser o mais imparcial possível, o que é
difícil diante dos fatos, porém, <b>tentarei
ao máximo</b>. De qualquer forma, o que entra em pauta é: <b>respeito</b>.</div>
<div class="MsoNormal">
Há alguns dias, postaram no Facebook uma imagem com um texto
– como de praxe – sobre um paciente que vai ao médico e o mesmo não está, a
partir de então, comparam o médico a Deus, a mãe do médico à Maria e a
secretária aos Santos. De forma que a mãe e a secretária não resolvem os
problemas do paciente, só o médico, fazendo-se desnecessárias. Sinceramente, essa
comparação é infeliz!</div>
<div class="MsoNormal">
O que mais me intriga não é nem a comparação realizada e sim
a falta de respeito para com as outras religiões. No meu caso, as duas pessoas
do meu vínculo de amizades que postaram são ambas evangélicas. Devo levar em
consideração que os evangélicos são aqueles que já foram – alguns ainda são – perseguidos,
assassinados, discriminados e criticados por serem evangélicos, de maneira que
sempre cobraram respeito, aceitação e educação por parte dos outros –
obviamente uma <b>cobrança justa</b>
perante a sociedade. Sendo assim, como podem atacar outras religiões? Será que
sua própria história não contribuiu para sua aprendizagem? (Quero deixar claro
que faço essas perguntas a casos isolados, pois como sempre, toda regra tem sua
exceção e, inclusive, a maioria dos meus (melhores) amigos e alguns familiares são
evangélicos, sendo que eu já frequentei festas comemorativas, cultos, encontros
e shows evangélicos sem maiores problemas, pelo contrário, sempre fui muito bem
recebida e aceita).</div>
<div class="MsoNormal">
Minha concepção de vida é: eu acredito, de mim para mim, ou,
de mim para com Ele. Não sinto a necessidade de ficar afirmando a todo o
momento (uma vez ou outra escapa, faço uma citação, mas nada em excesso -
diária e constantemente), muito menos de atacar outras religiões, porque assim
como eu optei por ser católica outras pessoas optaram por ser evangélicas,
espíritas, judias, budistas e tantas outras formas de crer e manter a sua fé ou
simplesmente não acreditar. Dessa forma, eu nada tenho a ver com isso, cada um
faz sua escolha a partir do que lhe é necessário, do que lhe ajuda a ser
saudável, a ter paz interior ou ser uma pessoa melhor, e, acima de tudo, eu
respeito a escolha de cada um. Todos têm o <b>livre
arbítrio</b> de acreditar no que bem entende ser a melhor opção – ou não
acreditar em nada. Resumindo, cada um acredita no que quiser e mais ninguém
deve se importar com isso, obviamente desde que essa crença não interfira no
bem estar de outras pessoas ou meio ambiente. (Meu lado pessoal, parcial,
crítico, analítico e irônico quer que eu escreva: Qual é o problema se eu
acredito em Maria e nos Santos? Se alguns estiverem certos, quem vai para o
inferno será eu, não? Desculpa se agredi alguém, não é a intenção).</div>
<div class="MsoNormal">
Lógico que muitas pessoas enxergam no Facebook uma maneira
de se autopromover ou deixarem bem claro suas concepções de vida. Não critico
quem não acredita nas intervenções de Maria ou dos Santos, <b>quem não acredita tem seus porquês e seu direito em não acreditar</b>,
porém, <b>critico o modo</b> como o fazem,
como querem esclarecer isso. Ao fazerem a comparação com uma consulta médica
não levaram em consideração que existem pessoas que acreditam e que poderiam se
magoar com a publicação, esqueceram-se do <b>respeito
a crenças diferentes da sua e de que o fato de eles não acreditarem não os
tornam melhores ou piores do que os outros</b>, afinal, nenhum ser humano é
dono da verdade – e enquanto na condição de humanos somos todos susceptíveis
aos erros - e cada um tem sua própria interpretação da Bíblia – ao menos é o
que se espera. Ah, só mais uma coisa, e se a mãe do médico também for uma
médica? E se a secretária te indicar para outro médico que resolve seu
problema? São boas intervenções, não? Risos.</div>
<div class="MsoNormal">
Outra postagem que tem se propagado nas redes sociais, nesse
caso, principalmente por ateus e agnósticos, é a imagem do Papa sentado ao
trono, na qual o pessoal manda-o vender o trono de ouro para alimentar os
pobres. À primeira vista é mais do que justo, não é mesmo? Confesso que no
primeiro segundo até eu concordei com a ideia. Porém, vamos pensar um pouco
mais...</div>
<div class="MsoNormal">
OK. O Papa desmancha seu trono, vende o ouro e alimenta os
necessitados. Pronto, o ouro acabou e novamente a Igreja precisará do dinheiro
dos fieis para continuar alimentando os pobres – que lamentavelmente são muitos
e a tendência é aumentarem. Agora, olhando pelo lado histórico, o trono é (mais
um) patrimônio da Igreja, portanto, muita burocracia e história o envolvem,
tornando difícil seu desfeito. Além disso, de acordo com o <b>Tratado de Latrão</b> o trono é intocável neste sentido.</div>
<div class="MsoNormal">
Como uma pessoa de capacidade crítica e analítica possuo
muitas críticas à Igreja Católica Apostólica Romana, tanto positivas quanto
negativas, mas, acima de tudo, entendo que a <b>Igreja é constituída por seres humanos, tão susceptíveis ao erro quanto
eu</b>, uma mera mortal. Historicamente a Igreja Católica já errou muito,
alguns erros, inclusive, já foram reconhecidos e pedidos de desculpas feitos.
Confesso que não sigo todos os mandamentos da Igreja Católica, por simplesmente
não concordar, e tenho meus motivos e justificativas, entretanto, isso não
exclui ou diminui minha fé, que ao contrário se fortalece a cada dia, a cada
oração, a cada leitura diária da Bíblia. E, muitos trabalhos da Igreja Católica
ganham minha admiração, atenção e participação.</div>
<div class="MsoNormal">
Outra questão é:<b> o
que cada um de nós fazemos para ajudar os que não conseguem se manter sozinhos?</b>
Doar uma cesta básica a cada Natal é suficiente? Entregar umas moedinhas no
sinal já está de bom tamanho? Por acaso já visitou alguém em alguma comunidade
ou algum país carente para entender a realidade em que vivem? Já distribuiu o <b>amor, a atenção e a compreensão </b>a essas
pessoas? Já <b>as ouviu</b>, sabe do que
elas mais precisam? Realmente, é muito fácil apontar os erros, os defeitos dos
outros não é? Como também é muito fácil sentar em uma cadeira e passar o tempo
nas redes sociais atacando-os. <b>Por que
não usar este tempo para fazer o bem ao próximo?</b></div>
<div class="MsoNormal">
E outra, qual a finalidade de sair divulgando trabalhos
voluntários? O mundo é tão <b>hipócrita</b>
que a quantidade de pessoas que fazem trabalhos <b>“</b>voluntários<b>”</b> e saem por
aí publicando fotos e textos bonitos só em busca do reconhecimento de que faz
algo uma vez ao ano para contribuir com a humanidade, só querem mostrar aos
amigos: “olha, eu participei” ou garantir uns pontinhos a mais em uma análise
de curriculum, mas e então, o que aprendeu com tudo isso? Por acaso não agregou
<b>humildade e simplicidade</b> às suas
características? Por que não propaga seu <b>aprendizado</b>?
Como eu imagino, deve ser muito fácil e cômodo ser bom ao próximo uma vez ao
ano e ser aclamado pela plateia.</div>
<div class="MsoNormal">
O trono papal alimentaria sim muita gente, mas mais do que o
trono papal, a <b>união e a boa vontade da
humanidade alimentaria muito mais</b>. É uma pena que o ser humano seja
absurdamente hipócrita, egoísta, egocentrista, ambicioso, avarento e todos
esses adjetivos que dão repulsas. E, pobre de mim, ser tão idealista e ter um
senso de justiça e analítico tão aguçado quanto...</div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-17726592334703763932012-07-28T17:10:00.001-03:002012-07-28T17:11:04.728-03:00Agenda telefônicaConsequência de uma pausa...<br />
<br />
Enquanto enrolava para fugir da obrigação de ter que dar uma geral no apartamento inteiro (quero virar socialite logo para ter empreguetes e poder viajar /com meus peguetes? talvez/ hahaha) descobri que meu chip simplesmente apagou tudo e mais um pouco do que estava armazenado nele, ou seja, perdi todos os meus contatos da agenda telefônica. No primeiro momento fiquei super chateada, porque alguns contatos não utilizam redes sociais e morando longe fica complicado tê-los de volta à minha agenda. Após um tempo, comecei a filosofar embasada nesse acontecimento...<br />
<br />
Ah, pequeno detalhe: meu chip já estava lotado!<br />
<br />
(A ordem a seguir não tem relevância, foi apenas a ordem dos meus pensamentos, sem prioridades)<br />
<br />
Primeiro: amigos também têm amigos, ou seja, a partir de outros amigos consigo todos os números de telefones de volta, ou 98% deles!<br />
<br />
Segundo: sendo eles meus amigos, uma hora ou outra me ligarão ou mandarão uma mensagem e assim poderei armazenar de novo nos contatos.<br />
<br />
Terceiro: os que se perderem, ficarem esquecidos por aí, é porque não faziam a diferença na minha agenda, muito menos na minha vida, só ocupavam espaço.<br />
<br />
Quarto: já estava na hora de eu dedicar um tempo à minha agenda telefônica e impor prioridades, excluindo quem não faz mais parte da minha vida.<br />
<br />
Quinto: há males que vem para o bem, ou melhor, há acontecimentos que nos fazem enxergar através de outros pontos de vistas.<br />
<br />
Sexto: conforme o convívio social vou adicionando-os novamente.<br />
<br />
Sétimo: observando minha vida do ponto de vista da agenda telefônica descobri que tenho muita dificuldade em me desapegar das pessoas ou das lembranças que eu tenho dessas pessoas. Alguns contatos só estavam lá ainda porque tinha receio de apagar, sempre pensando "ah, mas vai que um dia eu preciso..." ou "quem sabe a gente volta a amizade e etc" ou "vou combinar algo qualquer dia desses". Creio que preciso aprender a aceitar os fatos como eles são, se a amizade adormeceu, se o romance já teve fim, não existem possibilidades de algo voltar a acontecer, a não ser que por alguma reviravolta da vida nos encontremos mundo afora, porém, tornaremos a adicionar os novos contatos na agenda, visto que seremos outras pessoas aos olhos uns dos outros. O tempo nos transforma! Preciso praticar mais a lei do desapego - não só em relação aos contatos!<br />
<br />
Oitavo: ainda analisando minha vida a partir desse ocorrido percebi que está muito confusa, sem regras, sem prioridades, basicamente a Deus dará. Com toda a certeza, preciso impor prioridades, escolher melhor quem eu quero que faça parte de mim, da minha história. E, a partir de agora, escolherei melhor quem irei adicionar o telefone novamente na minha agenda. Afinal, não preciso de números, preciso de amigos verdadeiros e companheiros, de amores fieis, de família, e ah, de comida e serviços básicos! (preciso conseguir aquele contato do sanduíche novamente! haha)<br />
<br />
Nono: por que parei de passar meus contatos do celular para a agenda de papel? Era mais seguro e até facilitava a guardar os telefones na memória...hoje em dia ninguém sabe o telefone de ninguém de cor e salteado mais! E também usava toda a agenda. Confesso que só sei dos meus pais, do meu irmão mais velho, da fazenda, do hospital da minha cidade de origem, da minha madrinha, os meus e...só... Ó céus, minha memória está pior do que eu imaginava! Alguns amigos eu não sei de cor, mas se eu ver o número eu sei dizer de quem é...isso vale alguma coisa? hahaha<br />
<br />
Décimo: acho que fiquei tão chocada com a minha memória que mudei os rumos das minhas vãs filosofias e já não sei mais nada sobre minha agenda telefônica, a não ser que voltarei a escrever no papel...<br />
OBS.: Não quero, nem devo, tornar-me (ainda mais) dependente de tantas tecnologias!<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUNI5OJVGH1Zo9Te9wQ0eu0FZBZOJM3J1BArMymxFw9q92NN3nATvuRQqfzamzFxJUlXDVW1Q__vAXF4wyaVqS1dptabdknG_UV-bx7mZttnscybfGRaUFl2AyzHu3wnDXv-EFNxAq8Jk/s1600/BLOG+3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="291" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUNI5OJVGH1Zo9Te9wQ0eu0FZBZOJM3J1BArMymxFw9q92NN3nATvuRQqfzamzFxJUlXDVW1Q__vAXF4wyaVqS1dptabdknG_UV-bx7mZttnscybfGRaUFl2AyzHu3wnDXv-EFNxAq8Jk/s320/BLOG+3.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
<br />Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-44016452625768488952012-07-25T11:11:00.000-03:002012-07-25T11:14:43.046-03:00Dia do AmigoConsequência de uma pausa...<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>A um ausente</b></span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b><br />
<span style="background-color: white;">Carlos Drummond de Andrade</span></b><br />
<br />
<span style="background-color: white;">Tenho razão de sentir saudade,</span><br />
<span style="background-color: white;">tenho razão de te acusar.</span><br />
<span class="textexposedshow"><span style="background: white;">Houve um pacto
implícito que rompeste</span></span><span style="background-color: white;"><br />
<span class="textexposedshow">e sem te despedires foste embora.</span><br />
<span class="textexposedshow">Detonaste o pacto.</span><br />
<span class="textexposedshow">Detonaste a vida geral, a comum aquiescência</span><br />
<span class="textexposedshow">de viver e explorar os rumos de obscuridade</span><br />
<span class="textexposedshow">sem prazo sem consulta sem provocação</span><br />
<span class="textexposedshow">até o limite das folhas caídas na hora de cair.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Antecipaste a hora.</span><br />
<span class="textexposedshow">Teu ponteiro enlouqueceu,</span><br />
<span class="textexposedshow">enlouquecendo nossas horas.</span><br />
<span class="textexposedshow">Que poderias ter feito de mais grave</span><span class="apple-converted-space"> </span><br />
<span class="textexposedshow">do que o ato sem continuação, o ato em si,</span><br />
<span class="textexposedshow">o ato que não ousamos nem sabemos ousar</span><br />
<span class="textexposedshow">porque depois dele não há nada?</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Tenho razão para sentir saudade de ti,</span><br />
<span class="textexposedshow">de nossa convivência em falas camaradas,</span><br />
<span class="textexposedshow">simples apertar de mãos, nem isso, voz</span><br />
<span class="textexposedshow">modulando sílabas conhecidas e banais</span><br />
<span class="textexposedshow">que eram sempre certeza e segurança.</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Sim, tenho saudades.</span><br />
<span class="textexposedshow">Sim, acuso-te porque fizeste</span><br />
<span class="textexposedshow">o não previsto nas leis da amizade e da natureza</span><br />
<span class="textexposedshow">nem nos deixaste sequer o direito de indagar</span><br />
<span class="textexposedshow">porque o fizeste, porque te foste.</span></span></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="background-color: white;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><span style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">OS AMIGOS INVISÍVEIS</span><br style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" />Fabrício Carpinejar</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: right;">
</div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação. </span><br style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><br style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. </span><br style="line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span class="text_exposed_show" style="display: inline; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;"><br />Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão. Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.<br /><br />Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!<br /><br />O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.<br /><br />Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.<br /><br />Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.<br /><br />Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles "vamos nos ligar?" num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.<br /><br />Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.<br /><br />Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.<br /><br />Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.<br /><br />Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?<br /><br />Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.<br /><br />(Canalha, Bertrand Brasil, 2008)</span></span>
<br />Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-33897227248373932432012-07-23T02:02:00.001-03:002012-07-23T02:03:08.554-03:00"Doutores"<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Um fato, no mínimo, engraçado é quando se entra para
a faculdade de medicina, os familiares já começam a fazer perguntas,
brincadeiras, os amigos e até mesmo os desconhecidos idem. E mais real e
engraçado ainda é o status que o <b><i>estudante de medicina</i></b> possui no meio
social, mesmo que ainda esteja no primeiro período...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Sempre tive muito contato com pessoas mais
humildes/de baixa renda. E não só o carinho e a fidelidade que elas têm pelos
que as tratam com respeito e afeto chama a atenção, mas também a forma como se
colocam submissas a estes que elas consideram superiores. Assim que cheguei de
férias no interior de Goiás fiz algumas visitas com meus pais, dentre elas,
fomos comer um frango caipira na casa simples de uma família muito querida pela
minha. Fui recebida com abraços calorosos, perguntas de como está a faculdade e
tratada como “Doutorinha”. Sempre respondo que não precisa falar assim, até
mesmo porque, atualmente, ainda faltam 5 anos e meio para eu ser uma médica
generalista, fora o tempo de residência e outros estudos. Só que as pessoas insistem
no vocativo, e argumentam da seguinte maneira: “ah, mas você tem que ir se
acostumando, e agora vai ser nossa Doutora né?!”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">No fundo, porém, eu entendo que isso é cultural, uma
tradição. Apesar de contestar o vocativo, acho bonito quando <b>bem empregado</b>,
porque é uma forma de prestígio, de orgulho que sentem por quem conseguiu "chegar lá". Não o acho necessário, entretanto, não fico contestando a todo
o momento quem assim me chama, até mesmo para não causar algum constrangimento
ou evitar mágoas. Nesse momento nada melhor do que sorrir, acenar e receber de mente aberta esse "elogio"!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Muitos estudantes de medicina acham-se melhores do
que os outros somente por cursarem medicina. O que também é cultural, afinal, as
turmas de medicina são as que têm as formaturas mais esbanjadoras e caras
(coitados dos meus pais) desde o início dos tempos, o curso mais caro, o curso
de mais prestígio e o mais aclamado pela sociedade. Porém, até que ponto isso é
necessário? Concordo que medicina é um curso magnífico, lindo, tanto que o
escolhi para ser meu futuro, ao mesmo tempo é difícil, duro e cruel. Para quem
ama de verdade, o retorno de todo o trabalho é o melhor e mais esperado, acredito
que poucas coisas são melhores do que receber um sorriso sincero após salvar
uma vida ou auxiliar no bem estar da pessoa, do que um abraço verdadeiro
ou do que ganhar um pote de doce de presente – como ainda acontece no interior.
Ah, sim, esqueci-me do dinheiro não é mesmo? Pois é, muitos estudantes ainda
são ingênuos ao ponto de entrar para a faculdade acreditando veementemente de
que sairão ganhando rios de dinheiro, esquecem-se do propósito da medicina, do
juramento de Hipócrates, do objetivo humanitário e, principalmente, do quanto
terão que “ralar” para conseguir essa quantia que tanto almejam. Um médico só
ganha rios de dinheiro logo no início se tiver muitas influências e QI (quem
indica), e olhe lá ainda! E mesmo assim, de qualquer maneira, terá que
trabalhar mais do que imaginava que fosse capaz de aguentar, terá que enfrentar
inúmeros plantões e adversidades, ou seja, terá que esperar para construir/fazer
reconhecerem seu nome, que não passa da consequência do seu trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Estudantes de medicina são apenas estudantes, como
outros quaisquer. Estão no mesmo barco dos estudantes de farmácia, biomedicina, fisioterapia, odontologia, direito, letras, música, engenharias e tantos outros cursos, pois estão todos <b>aprendendo</b> e fazendo acontecer para concretizarem seus sonhos, para no final poderem se orgulhar do canudo que encontrarão em suas mãos. </span><span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 16.363636016845703px; line-height: 18.18181800842285px;">Cursar medicina não os torna diferentes de ninguém, muito menos mais inteligentes ou melhores.</span><span style="background-color: white; font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Portanto, privilégios não se fazem necessários. Não é por
estudarem medicina que são superiores do que os outros. Em termos
informais, acho <b>ridículo </b>quem se acha melhor, o dono da verdade por estar cursando
medicina. E entendo que é a própria sociedade que constrói, conserta e reforma
esse <b>pedestal</b> para os estudantes, afinal, <b>vivencio</b> isso.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Essa história começa da tradição cultural presente na infância. Nasce uma criança e os pais já dizem: "<i>esse(a) será nosso(a) futuro(a) Doutor(a)!</i>". Incrustam na cabeça das crianças de que a melhor e maior profissão que existe em todo o mundo é medicina. Felizmente, medicina não é a melhor, muito menos a maior, é apenas uma dentre tantas profissões que move o mundo, a humanidade. Na verdade, ela só é a melhor e a maior para quem é capaz de amá-la com toda a verdade e a sinceridade que existe em seu coração. Enquanto adolescentes, na fase de escolha da profissão, soma-se a cobrança que surge por parte das escolas e cursos pré-vestibulares. Segundo a maioria dessas instituições, medicina é o melhor e maior curso também, já que quanto maior o número de aprovações em medicina maior a publicidade e maior o retorno financeiro para elas. Como podemos perceber, ainda hoje as pessoas possuem essa ideia deturpada sobre a medicina, pois ainda hoje as pessoas tratam diferente os estudantes de medicina e os médicos propriamente ditos, e enquanto houver esse tratamento diferenciado, haverá quem faça de tudo para ter um filho médico, mesmo que forçosamente a partir de ideias errôneas e vergonhosas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">É incrível a vaidade de muitos estudantes de
medicina. São capazes de deixar de fazer algo ou achar que os outros o devem
fazer por ser um futuro médico. Repletos de “não-me-toques” e frescuras.
Acham-se, ainda, no direito de enfrentar tudo e todos. Também acreditam que o
mundo inteiro deve saber que eles estudam medicina. Alguns insistem mesmo cursando os períodos iniciais do curso em sair dizendo "sou médico". Vale ressaltar que o número
de estudantes de medicina que estão na faculdade ou no curso pré-vestibular em
busca dessa vaga devido ao retorno financeiro e status social é, geralmente,
maior do que o número de quem cursa medicina por aptidão e amor. E isso se
torna cada vez mais claro à medida que conheço estudantes de medicina em
faculdades particulares. Ah, ainda existem aqueles que só estão seguindo essa
carreira porque os pais, os avôs, os tios e os primos também o fizeram, como se
a aptidão passasse de geração a geração...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Dessa forma, constato que o estudante de medicina
têm razões socioculturais para engrandecer a si próprio, ao contrário, também
constato que a <b>criação</b> que os pais dão ao filho faz toda a diferença. Devo dizer
que ao longo desse tempo e da minha trajetória também conheci pessoas
indescritíveis, de enorme capacidade para amar a profissão, os estudos e os
seres humanos, até mesmo porque, se a pessoa não gosta do ser humano, não devia
ser médica.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Enfim, cursar medicina é indescritível, como qualquer realização de sonho, porém, isso não me torna melhor do que os demais, pelo contrário, me torna cada vez mais e mais humana - em seu sentido positivo -, mais e mais aprendiz. E não é por cursar medicina que vou exigir que me atendam melhor, que me garantam privilégios, que me chamem de doutora, visto que doutora só serei quando concluir um doutorado. Ser médico não significa ser melhor do que os outros ou ter privilégios, significa amar ao próximo de tal maneira que você seja capaz de doar-se a ele. Porque para mim medicina é doação, enquanto não houver doação por parte do médico não haverão ótimas consultas, ótimos tratamentos e pessoas saudáveis. Medicina é realmente para poucos, lamentavelmente muitos "poucos" não merecem, mas quem merece deve lutar até o fim, porque eu acredito - como paciente e como estudante - que são esses que fazem a diferença.<o:p></o:p></span></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-22318077976424399562012-07-16T16:03:00.002-03:002012-07-16T16:03:57.958-03:00Um presente!Hoje, gostaria de compartilhar um texto imensamente lindo e verdadeiro, cujo autor foi meu professor no curso pré-vestibular (por pouco também não fui sua aluna no ensino médio, lamentavelmente). Vale ressaltar, que foi/é um dos melhores professores que já tive, tamanha sabedoria, simpatia, poder com as palavras e "valor humanitário" presente em seu ser. Posso dizer que ele conquista a atenção, o afeto e principalmente a admiração de todos que têm o prazer de tê-lo como mestre. O Gordinho, também conhecido como Adriano Alves, possui uma formação de dar inveja, até mesmo porque, garanto que são poucos os brasileiros - sem influências sanguíneas ou genéticas - que sabem hebraico...Arrisco-me a dizer também que não existem muitos professores, de qualquer que seja a matéria, com a multidisciplinaridade que ele tem. Durante uma aula de literatura ele consegue falar de biologia, física, química, teologia, sociologia, filosofia, história e companhia, nos faz aprender de tudo e mais um pouco, nos faz enxergar além e fixar todas as matérias.<br />
Publico aqui um de seus últimos textos publicados no facebook. O texto é grande, mas, garanto-lhes, vale muito a pena a pausa para essa leitura!<br />
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<span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">"O texto abaixo, apesar de longo, talvez interesse a quem queira refletir um pouco sobre a necessidade de se viver o presente:</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Tocando em Frente</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Almir Sater</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Ando devagar</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Porque já tive pressa</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">E levo esse sorriso</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Porque já chorei demais</span><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><br style="color: #333333; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;" /><span class="text_exposed_show" style="color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">Hoje me sinto mais forte,<br />Mais feliz, quem sabe<br />Só levo a certeza<br />De que muito pouco sei,<br />Ou nada sei<br /><br />Conhecer as manhas<br />E as manhãs<br />O sabor das massas<br />E das maçãs<br /><br />É preciso amor<br />Pra poder pulsar<br />É preciso paz pra poder sorrir<br />É preciso a chuva para florir<br /><br />Penso que cumprir a vida<br />Seja simplesmente<br />Compreender a marcha<br />E ir tocando em frente<br /><br />Como um velho boiadeiro<br />Levando a boiada<br />Eu vou tocando os dias<br />Pela longa estrada, eu vou<br />Estrada eu sou<br /><br />Conhecer as manhas<br />E as manhãs<br />O sabor das massas<br />E das maçãs<br /><br />É preciso amor<br />Pra poder pulsar<br />É preciso paz pra poder sorrir<br />É preciso a chuva para florir<br /><br />Todo mundo ama um dia,<br />Todo mundo chora<br />Um dia a gente chega<br />E no outro vai embora<br /><br />Cada um de nós compõe a sua história<br />Cada ser em si<br />Carrega o dom de ser capaz<br />E ser feliz<br /><br />Conhecer as manhas<br />E as manhãs<br />O sabor das massas<br />E das maçãs<br /><br />É preciso amor<br />Pra poder pulsar<br />É preciso paz pra poder sorrir<br />É preciso a chuva para florir<br /><br />Ando devagar<br />Porque já tive pressa<br />E levo esse sorriso<br />Porque já chorei demais<br /><br />Cada um de nós compõe a sua história<br />Cada ser em si<br />Carrega o dom de ser capaz<br />E ser feliz<br /><br />Certa vez, alguém pediu-me que dissesse alguma coisa sobre a letra “Tocando em Frente”, de Almir Sater. Como não sou bom em música, o que me cabe mesmo é tentar analisar as palavras. É claro que, nem de longe, arrisco-me a afirmar o que o autor pretendia dizer ou coisas do gênero; apenas tentarei reinventar o texto, lendo-o dentro de meu universo imaginário.<br /><br />No texto, a poesia (ou lirismo, se preferir) está na arte de aproximar o simples do profundo; é isso que dá a sensação de que se diz o óbvio de um jeito completamente novo. A voz que fala “Ando devagar” introduz versos que traduzem o sentimento de quem lê; é como se você já sentisse isso há muito tempo, mas alguém chegou e disse antes de você. Interessante isso, não é? Os mais belos poemas são esses: os que dizem de um jeito diferente o que o leitor já sabia.<br /><br />O título “Tocando em frente” relaciona, de forma criativa, o contexto rural de “tocar o gado” ao aspecto filosófico que pretende achar a maneira adequada de se viver; é muito inventiva a capacidade de encontrar a reflexão no próprio cotidiano.<br /><br />Interessante também é a abordagem do tempo presente, que já aparece nos dois primeiros versos: “Ando devagar/ Porque já tive pressa”. Aqui, afirma-se uma maturidade adquirida com o tempo.<br /><br />Nós, normalmente, temos uma dificuldade enorme de viver o agora! Quando estamos bem, ficamos planejando o futuro, sonhando com o dia em que seremos realmente felizes. Quando estamos tristes, é comum que voltemos ao passado... e aí que choramingamos o famoso “eu era feliz e não sabia”.<br /><br />O tempo... Que dificuldade temos em vivê-lo! O passado já foi; o futuro ainda não é; o presente passa o tempo todo. Isso! O tempo escorre-nos por entre os dedos; não há como retê-lo. Se você vai escrever a palavra “presente”, quando chegar à segunda sílaba, a primeira já será passado. O presente é um intervalo mínimo, que tende a nada; e, mesmo assim, é só o que temos. Por isso, a palavra é presente; é a dádiva que nos é oferecida; é o presente que recebemos.<br /><br />E daí? E daí que, apesar de isso parecer óbvio, a maioria tem uma enorme dificuldade em viver um dia de cada vez, em receber o presente de cada respirar, de cada batida do coração.<br /><br />Sofre-se desde a infância. Um pai, normalmente, não sabe o sofrimento que causa ao filho de cinco anos, quando, em novembro, promete um presente de natal; o menino passará os dias seguintes em agonia, adiando o dia da felicidade. Mais tarde, vem o vestibular e a felicidade é adiada mais uma vez. Muitos passam a vida assim, pensando que serão felizes quando tiverem aquele emprego, aquele carro, aquela casa, aquela namorada. Assim, o indivíduo morre sem se realizar.<br /><br />Tudo bem! Eu sei! A insatisfação é importante para fazer o homem progredir; é a insatisfação que nos faz melhorar. Mas, se você correr demais, talvez chegue mais depressa ao único futuro certo: a morte. A vida é, apenas, o intervalo entre o início e o fim; é esse intervalo, cheio de presentes, que você precisa perceber.<br /><br />Cuidado! Andar devagar não significa, necessariamente, trabalhar menos; não significa diminuir suas atividades. Andar devagar significa ter prazer em tudo que se faz.<br /><br />Na escola, geralmente, o aluno sofre na segunda-feira; sofre quando chega, às sete da manhã, torcendo para chegar logo o intervalo; vem o intervalo e, assim, aguarda-se o almoço. Lá se vai, dia após dia, esperando a felicidade que virá no sábado. Que vida miserável! Por que não tentar ter prazer agora? Você já tentou? Talvez não seja tão difícil assim!<br /><br />Parte da receita de ser feliz está aí! Planeje o futuro, receba as lições do passado, mas não deixe de viver o agora!<br /><br />Tudo isso me faz lembrar aquele filme “Click”, com Adam Sandler. Não, não quero falar dele, mas quem assistiu a esse longa sabe do que estou falando.<br /><br />Os versos “E levo esse sorriso/ Porque já chorei demais” confirmam o aprendizado diante dos acontecimentos da vida e acrescentam uma nova ideia: nesse caso, mostra-se a capacidade que o indivíduo tem de mudar a forma como ele encara a própria vida.<br /><br />É incrível! Algumas pessoas são sempre tristes; outras são sempre felizes. E, não se engane, nem sempre isso se relaciona de forma direta ao que acontece no dia-a-dia; nem sempre isso é uma questão endócrina, fisiológica. Algumas pessoas, mesmo que não saibam, optam por serem felizes; outras preferem a tristeza.<br /><br />Escute, na vida, nada faz sentido em si mesmo, nada é bonito ou feio; uma praia linda que nunca ninguém viu não poderá ser linda. Como já disse, nada é bonito, nada é feio; nada é importante, nada é desimportante. Você, inclusive, só poderá ser importante na opinião das pessoas que gostam de você. É isso mesmo! Você não é importante em si mesmo. Não importa o quão inteligente você seja! Não importa o dinheiro que você tenha! Não importa o que você faça! Em si, você é mortal, falível e, às vezes, tolo o suficiente para não perceber que a vida não tem sentido; ela tem sentimento. Claro! Você tem que ser feliz não porque dois e dois são quatro; você tem que ser feliz por causa das pessoas que amam você, por causa das pessoas que você ama.<br /><br />“Mas a vida humana em si não oferece motivos para a felicidade.”, dirá o eterno pessimista. Que tolice! Ele não percebe que o que ele diz nem sentido tem? Não há razão humana que explique um estado de espírito duradouro. Tudo bem que uma coisa ou outra pode trazer alguma alteração de humor, mas, nesse caso, a mudança é passageira. Quem é triste também não possui motivo lógico para isso!<br /><br />Por isso, é muito comum ouvir a história de um rapaz que tem tudo e, mesmo assim, é revoltado; da mesma forma, sempre ouvimos falar daquele que nada tem e, ainda assim, é sorridente.<br /><br />Viu? Você não tem motivo para ser feliz, mas também não tem motivo para ser triste!<br /><br />A escolha é sua! Espero que aquele que já chorou muito dê um tempo agora! Chega! É hora de sorrir...<br /><br />Aí vem a segunda estrofe: “Hoje me sinto mais forte,/ Mais feliz, quem sabe/ Só levo a certeza/ De que muito pouco sei,/ Ou nada sei”. Aqui, mais uma vez, revela-se o aprendizado que a vida oferece; esse aprendizado leva-nos a repetir a conclusão a que Sócrates chegou lá na Grécia Antiga, há quase 2500 anos: “Só sei que nada sei”. É claro que essa fala não possui uma dimensão apenas objetiva; é lógico que nenhuma pessoa, por mais inteligente que seja, é capaz de apeender o universo em sua totalidade, mas não é somente isso que se quer dizer. Parece paradoxal, mas não é! A sede de saber é o resultado de se sentir analfabeto diante do mundo.<br /><br />Você já ficou boquiaberto diante de um belo pôr-do-sol? E o prazer que isso dá? Por mais que eu queira explicar, geometrizar, falar das cores, da simetria, o belo possui mais sentimento do que sentido.<br /><br />Por mais que eu estude física, o pôr-do-sol será sempre um prazeroso espetáculo, será uma explosão de cores, de lembranças, de sonhos; será a deliciosa impressão de que nada sei.<br /><br />Você já experimentou isso, essa inacreditável sensação de nada saber? A sensação de gostar de um cheiro só porque ele é bom...<br /><br />Como cristão, acredito que essa experiência nos aproxima de Deus; torna-nos humildes, cala-nos a voz arrogante e abre-nos os ouvidos, para que possamos ouvi-Lo, falando em nós.<br /><br />Só assim estarei mais próximo da verdadeira sabedoria e da verdadeira felicidade: tenho que querer saber tudo, mesmo sabendo que nada sei.<br /><br />Essa disposição para respirar a vida leva-nos a “Conhecer as manhas/ E as manhãs/ O sabor das massas/ E das maçãs”. Só quem está acostumado a sentir as sutilezas do cotidiano é capaz de perceber as mínimas coisas.<br /><br />Meu irmão Rodrigo é músico; ele, quando toca seu trompete, sabe se uma nota está adequada ou não; quando ouve uma música, ele sabe o que deu errado, que instrumento falhou, que voz não se encaixou... Eu? Não entendo nada disso; meu ouvido não é treinado para essas coisas. Em música, não percebo a diferença entre “manhas” e “manhãs”. Meu ouvido é surdo para isso.<br /><br />A língua portuguesa é muito rica; sua variedade sonora, inclusive, confunde quem não está habituado com ela. Para um inglês, que vem ao Brasil, talvez seja muito difícil, sonoramente, diferendiar “massas” de “maçãs”. Mas, para mim, que sou daqui, isso é muito fácil e até óbvio.<br /><br />As diferenças entre o oral e o nasal, o átono e o tônico, o som aberto e o som fechado, tudo isso é muito sutil e difícil de ser percebido por quem não está familiarizado com a língua portuguesa.<br /><br />O que quero dizer? Simples, pretendo mostrar que, assim como você treina o ouvido para a música ou para uma língua, é necessário treinar o ouvido para a vida.<br /><br />Às vezes, é preciso parar, frear o tempo para ouvir o pôr-do-sol!<br /><br />Certa vez, “Oscar Wilde disse que a vida é o que acontece enquanto pensamos em outra coisa”. Então, perceba a vida, sinta-lhe o sabor, o cheiro, misture-lhe as sensações; arrume um tempo para sentar-se à mesa de si mesmo e farte-se, encha-se da própria existência.<br /><br />Imagine você tentando explicar o gosto do açúcar para alguém que nunca o experimentou; a vida é assim... você tem que vivê-la para experimentar-lhe o sabor.<br /><br />E o que significa viver a vida? Pensar sobre isso já é um bom começo...<br /><br />Só assim é que se nota que “É preciso amor/ Pra poder pulsar/ É preciso paz pra poder sorrir/ É preciso a chuva para florir”<br /><br />Na estrofe acima, inclusive, o último verso faz uma associação interessante; ele relaciona nossa vida à natureza; sentir a vida é algo natural, qualquer um consegue... é natural como a relação entre chover e florir.<br /><br />Aí, retoma-se a ideia já dita. Parte da lição de ser feliz está em se viver o presente, em se compreender a marcha: “Penso que cumprir a vida/ Seja simplesmente/ Compreender a marcha/ E ir tocando em frente”.<br /><br />Agora, a discussão volta ao cotidiano da voz-poética: “Como um velho boiadeiro/ Levando a boiada/ Eu vou tocando os dias/ Pela longa estrada, eu vou/ Estrada eu sou”.<br /><br />E apesar de a problemática ser cotidiana, os sentimentos universalizam-se: “Todo mundo ama um dia,/ Todo mundo chora/ Um dia a gente chega/ E no outro vai embora// Cada um de nós compõe a sua história/ Cada ser em si/ Carrega o dom de ser capaz/ E ser feliz”<br /><br />Por fim, anote a lição: sinta o agora!"</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="color: #333333; display: inline; font-family: 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 12.727272033691406px; line-height: 17.27272605895996px; text-align: left;">(Professor Adriano Alves - 15/07/2012)</span>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-18432892429149330512012-07-12T17:23:00.001-03:002012-07-12T17:24:16.996-03:00Dica do diaConsequência de uma pausa...<br />
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Férias é sinônimo de ler, escrever, passear, dormir mais que o necessário, viajar, aprender algo novo ou reforçar o que já aprendeu, enfim, férias é padecer na folga e na preguiça! Por que não curtir esse período assistindo filmes? Bom, tenho uma lista enorme aqui, quatro já se foram!<br />
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Desses quatro primeiros já vistos, indico dois. Chocantes, talvez espetaculares. Porém, poucos são os que gostam, até mesmo porque, impossível se sentir confortável diante desses filmes...<br />
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O primeiro é um drama, muito bem escrito e dirigido. "<i>Confi@r</i>" é uma obra reflexiva, principalmente para quem já tem filhos. Ele mostra a realidade e a dificuldade de se criar filhos, principalmente com as novas tecnologias. Mas não só isso, vai além, faz-no refletir sobre as relações entre pais e filhos, sobre a compreensão de sentimentos. Outro ponto é a questão de saber onde mora o perigo, porque, ao contrário do que imaginamos, ele pode estar ao nosso lado ou onde menos esperamos. E, como suportar e superar uma tragédia? O título eu interpretei de várias formas:<br />
1. Até que ponto podemos confiar em alguém que conhecemos pela internet?<br />
2. Como criar uma relação de confiança entre pais e filhos?<br />
3. Diante de uma tragédia, seria o suficiente confiar no poder público para solucioná-la?<br />
4. Após essa tragédia, como confiar em mais alguém? Para quem contar segredos e compartilhar sua vida?<br />
5. É possível confiar de olhos fechados em quem está "sempre ao nosso lado"? (Essa foi uma das últimas perguntas, irão verificar na última cena do filme, ao final de tudo. Foi também uma das cenas que me deixou mais surpreendida e chocada, diga-se de passagem!)<br />
Ah, não se esqueçam do lencinho para secar as lágrimas!<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/vsGxpqQGhrE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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O segundo está me fazendo ir em busca do livro que serviu de suporte - embora quase sempre me decepcione com filmes baseados em livros, visto que o filme, geralmente, foge muito do livro e até mesmo muda os rumos das histórias e as mensagens. "<i>A pele que habito</i>", dirigido por ninguém mais ninguém menos que <i>Pedro Almodóvar,</i> é motivo para muito debate, já que Almodóvar caiu no conceito da maioria depois do filme "<i>Abraços Partidos</i>". Sendo assim, muitas dúvidas surgiram em consideração a esse suspense, no mínimo, curioso. Em relação a maioria, no geral, digo que poucos gostam por não ser um filme hollywoodiano, porque querendo ou não, estamos mais acostumados com filmes americanos, infelizmente. Alguns não sabem o que estão perdendo com filmes franceses, indianos, espanhóis, e até brasileiros, que ultimamente têm ganhado pontos positivos comigo.<br />
Voltando...Em <i>A Pele que Habito </i>uma estória extraordinária se desenrola aos poucos. Há algum tempo não via, em um único filme, tantos temas para debates e reflexão misturados ao terror e à ciência. Os encaixes se fazem ao longo do filme, e assim vamos decifrando enigmas e compreendendo ações e reações das personagens. São tantas surpresas e imprevisibilidades que ao final nos vemos boquiabertos.<br />
No momento, citarei algumas das reflexões que perambulam em minha mente...<br />
1. Até onde a ciência é bem vinda e até que ponto o homem pode usá-la ao seu bel prazer?<br />
2. Seis anos é muito tempo! Muitas transformações podem acontecer...<br />
3. O que é loucura? Quando devemos considerar alguém louco?<br />
4. Vingança é loucura? Vingança: não é justo mas é correto? E a justiça pelas próprias mãos?<br />
5. Segredos que podem interferir na vida de outrem devem ser revelados?<br />
6. A fidelidade de uma mãe pelo filho deve superar atos inescrupulosos promovidos pelo filho?<br />
Ah, atentem-se para as obras de arte/pinturas/quadros da mansão. E, uma cena que me deixou desconcertada/enojada - depois descobri que não fora só eu -, a do "tigrão com a Vera", vocês saberão identificá-la e o porquê...<br />
Por último, sinceramente, na minha humilde opinião, Elena Anaya superou Antonio Banderas no quesito interpretação. Ambos surpreendem, entretanto, ela mais que ele!<br />
Confiram essa crítica: <a href="http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/237267/a-pele-que-habito-almodovar-reitera-seu-potencial-de-contar-grandes-historias/">http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/237267/a-pele-que-habito-almodovar-reitera-seu-potencial-de-contar-grandes-historias/</a><br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/4fM69EQWJYc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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E questões que ambos os filmes geram: relação entre pai e filha e confiança.<br />
1. O quanto um pai é capaz de suportar são/consciente atrocidades com sua filha? Qual a melhor maneira de agir?<br />
2. Como se baseia a confiança de uma filha pelo pai em "estado de loucura"?<br />
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Enfim, são muitos detalhes, muitas estórias, muitas reviravoltas, vale a pena assistir a ambos os filmes! Caso não gostem, peço desculpas de antemão, mas gosto, realmente, não se discute! E, férias ou folga, tudo está valendo para suprir o tempo!Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-34288524027818353142012-07-11T16:11:00.005-03:002012-07-12T10:12:38.803-03:00AparênciasOs Albuquerques formam uma família feliz.<br />
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A mãe acorda cedo diariamente para coordenar as funções das empregadas domésticas. Ela também acorda os filhos e o marido. O filho mais novo é o primeiro a se levantar e se preparar para ir à escola, ainda não entende muita coisa, mas o bastante. O filho do meio é menos ativo, porém, mais observador. O filho mais velho é calado e só pensa no mundo paralelo em que vive. O marido, a princípio, apenas trabalha, função de provedor da família.<br />
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O café-da-manhã transcorre em silêncio, até mesmo porque, cada um tem seu horário e suas atividades. Geralmente, o filho mais novo senta-se à mesa com o pai e a mãe. A única expressão dita é "dormiu bem?". Cerca de quarenta minutos depois aparecem os outros dois irmãos, ambos calados, cada um com seu fone de volume máximo no ouvido. Por fim, a mãe observa as empregadas retirarem a mesa enquanto os filhos se encaminham à escola, já que o marido há muito saiu para o trabalho.<br />
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Durante a manhã a mãe apenas observa os serviços das empregadas e vai para a academia, às vezes lê e, um dia na semana, vai ao salão. Os filhos estudam, ou, quase todos, já que o mais velho vive em um mundo paralelo que não o permite concentrar-se nos estudos. O marido trabalha.<br />
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Na hora do almoço todos voltam, menos o marido. O filho mais novo não para de conversar, o do meio ouve e o mais velho almoça no quarto, enquanto isso, a mãe sorri. O marido almoça em restaurantes próximos ao trabalho, nunca lhe falta companhia.<br />
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A tarde todos têm atividades a serem realizadas. O filho mais novo vai para a natação. O filho do meio vai ao curso de línguas. O filho mais velho sai para andar de bicicleta pelas ruas. A mãe não fica em casa.<br />
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Chega a noite, e com ela os jantares beneficentes, visitas, festas de bodas e aniversários, que são compromissos que aparecem quase todos os dias, afinal, a família Albuquerque possui muitos contatos. Apresentam-se sorrindo, felizes, educados, comunicativos, sinônimo de família perfeita para a maioria.<br />
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Só faltam algumas observações sobre a família Albuquerque. O marido trai. A mãe usa as tardes para ir ao psiquiatra, renovar a receita dos remédios controlados. O filho mais velho é viciado. O filho do meio tem depressão. O filho mais novo é o único que sabe de tudo isso.<br />
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Os Albuquerques formam uma família feliz, mas vivem de aparências.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiL-FqJh2MpLbzlNXLe40humzprcGtD-NY0mCrCqZTHi6QecGLNbnhcfXm6RYXA0E_Zu7oij2DtDpof2tbsZ1h9oZWI1a-kyF2c_zXm-hpBaZ6r2LLltHqb5_f_3Xpx9uFHRk59-cbuZA/s400/aparencia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgiL-FqJh2MpLbzlNXLe40humzprcGtD-NY0mCrCqZTHi6QecGLNbnhcfXm6RYXA0E_Zu7oij2DtDpof2tbsZ1h9oZWI1a-kyF2c_zXm-hpBaZ6r2LLltHqb5_f_3Xpx9uFHRk59-cbuZA/s320/aparencia.jpg" width="250" /></a></div>
<span style="font-size: x-small;"><span style="line-height: 21px;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">"Porque não nos recomendamos outra vez a vós; mas damo-vos ocasião de vos gloriardes de nós, para que tenhais que responder aos que se gloriam na aparência e não no coração".</span></span><span style="-webkit-tap-highlight-color: rgb(255, 94, 153); background-color: white; color: #0b5394; display: inline !important; font-family: Times, 'Times New Roman', serif; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: right; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: nowrap;"><a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/2co/5/12+" style="-webkit-tap-highlight-color: rgb(255, 94, 153); background-color: white; display: inline !important; line-height: 21px; margin: 0px; padding: 0px; text-align: right; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: nowrap;">(2 Coríntios 5:12)</a></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;">"Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te". <a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/2tm/3">(2 Timóteo 3:5)</a></span><br />
<span style="font-size: x-small;">"E, olhando o filisteu, e vendo a Davi, o desprezou, porquanto era moço, ruivo, e de gentil aspecto". <a href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/1sm/17">(1 Samuel 17:42)</a></span></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-20132185493059870012012-07-05T23:02:00.001-03:002012-07-05T23:07:11.464-03:00Caibo, talvez<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="http://www.youtube.com/embed/1CqBF_CIn9o?fs=1" width="480"></iframe><br />
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<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: 15px;">"Sou composta por urgências: </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">minhas alegrias são intensas; </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">minhas tristezas, absolutas. </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Entupo-me de ausências,</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Esvazio-me de excessos. </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Eu não caibo no estreito, </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">eu só vivo nos extremos.</span><br style="font-size: 15px;" /><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Pouco não me serve, </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">médio não me satisfaz,</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">metades nunca foram meu forte! </span><br style="font-size: 15px;" /><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Todos os grandes e pequenos momentos,</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">feitos com amor e com carinho,</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">são pra mim recordações eternas.</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Palavras até me conquistam temporariamente...</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Mas atitudes me perdem ou me ganham para sempre.</span><br style="font-size: 15px;" /><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Suponho que me entender </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">não é uma questão de inteligência </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">e sim de sentir, </span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">de entrar em contato...</span><br style="font-size: 15px;" /><span style="font-size: 15px;">Ou toca, ou não toca.”</span></span></i><br />
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<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif; font-size: 15px;">(Atribuído à Clarice Lispector, mas ainda tenho minhas dúvidas quanto a isso, não encontrei nem mesmo o livro de referência...)</span></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-19117283124515957582012-06-30T01:25:00.002-03:002012-06-30T01:33:14.678-03:00FrágilHoje, percebi que meus amigos íntimos estão mais do que certos quando dizem que eu visto a máscara de forte mas no fundo sou tão frágil quanto uma borboleta tentando sair do casulo.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDhptX2cdNIdxqgyoWEfQPG65vc_-_rTgy9bJa0tYaCWE4lmlr-T1z-XmXQbj_QRCGYpTg69zjZybjY8IUoREIEeA0F2h2rr_p2grwoNUkYbZTlidetA6LzyFptZTGSR9lur9jcvxiwqU/s320/sem+t%C3%ADtulo.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDhptX2cdNIdxqgyoWEfQPG65vc_-_rTgy9bJa0tYaCWE4lmlr-T1z-XmXQbj_QRCGYpTg69zjZybjY8IUoREIEeA0F2h2rr_p2grwoNUkYbZTlidetA6LzyFptZTGSR9lur9jcvxiwqU/s320/sem+t%C3%ADtulo.bmp" width="220" /></a></div>
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Ao longo da vida passamos por inúmeros momentos, os quais, muitas vezes, nos fazem criar uma máscara para não passarmos a real expressão que há em nosso interior. Isso pode ser bom, ou não. Só depende de nós sabermos administrar nossos sentimentos, como também aprendermos a discernir entre o que é máscara e o que é verdadeiro, o que devemos mostrar e o que devemos esconder, e quando. Não significa que somos falsos ou fracos, significa apenas que mesmo inconscientemente encontramos algumas maneiras de fuga do que não nos é conveniente.</div>
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Com certeza alguns acontecimentos me fizeram "inventar" essa máscara de "sou forte" - desde a infância - e outros contribuíram para que ela continuasse - ainda há 5 minutos. Posso dizer que ela já me livrou de constrangimentos e simultaneamente me deu força, ao contrário, já me fez magoar outras pessoas, sofrer interiormente sem entender ao certo o porquê. As máscaras não são construídas sem motivos bem embasados, contudo, também não são sustentadas se não houverem outras fortes justificativas.</div>
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Acima de tudo, o problema está no quanto nos escondemos por detrás dessas máscaras. Por vezes, eu sentia que o fardo era maior do que eu poderia carregar, e mesmo assim continuava com aquela cara de "sorria e acene" para todos a minha volta. Agora, me pergunto: qual a necessidade de agir assim? Sinceramente, não sei. Tudo não passa de mistérios da vida, do nosso cérebro, nosso maior protetor (junto de Deus, para pessoas, que assim como eu, ainda creem). Por mais que estivesse sofrendo, poucas eram as pessoas que reparavam os sinais de que algo estava errado comigo. Mesmo assim, eu continuava a sustentar não só as minhas dores, como também as dores de todo o mundo. Sabe aquela frase que quando um amigo chama, você esconde sua dor e para para ouvir a dele? Sempre agi assim, e poucas vezes eu era o amigo que chamava. Tanto fora quanto dentro de casa, tanto entre amigos e desconhecidos quanto entre familiares, sempre foi assim, até eu desabar. Aos poucos, mas desabei. Extrapolei e liberei todos os sentimentos que estavam adormecidos ou guardados lá no fundo, e assim, por vezes, exagerei como não devia. Fiz terapia e aprendi um pouco mais a lidar com essas máscaras enrustidas de falsos sentimentos, passando a ideia de "falsos eu" ao mundo a minha volta. E, digo com conhecimento de causa, não é nada fácil aceitar nossos sentimentos mais profundos e verdadeiros, até mesmo porque, já estamos acostumados e treinados com as máscaras, elas nos parecem tão fáceis de serem usadas, trocadas, amenizam tão bem as dores... Porém, nunca paramos para pensar até que ponto isso nos é saudável. Descobri que momentaneamente ela cura, no entanto, é uma cura muito superficial, uma fina crosta irregular, que a qualquer momento pode ser arrancada e sinalizar algo mais profundo e doloroso.</div>
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Foi só quando um amigo me disse: "havia tempos que não te via tão frágil", que eu percebi que aprendi bastante coisa nesse meio tempo. Descobri que aos poucos estou conseguindo abdicar da minha máscara de "sou forte" e, ao mesmo tempo, aceitando que os outros cuidem de mim, não só eu deles, que eles me acolham, me abracem, e demonstrem o afeto que existe dentro de nossos corações. Ou seja, o treinamento tem surtido efeito, também estou aprendendo a receber os sentimentos. E isso é bom, o calor humano, mesmo que expressado através de um telefonema, é de grande efeito para uma alma sedenta por atenção, acolhimento, compreensão e carinho.</div>
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<a href="http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSRQh6kkuYzHrQS9CtBk3K_kAH86-2NGXo0y1eld9z4LOigXM4wD0chv-Bs" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSRQh6kkuYzHrQS9CtBk3K_kAH86-2NGXo0y1eld9z4LOigXM4wD0chv-Bs" /></a></div>
Descobri que não é errado aceitar e assumir o fato de sentirmos algo, principalmente, de nos sentirmos frágeis, afinal, qual ser humano nunca passou por momentos assim? E, como uma borboleta, podemos, aos poucos, por etapas e com o apoio de outros componentes, chegar aos nossos objetivos, conseguir sobreviver e voar livremente, com uma verdadeira estampa no rosto, que pode ser colorida, ou não, entretanto, sempre verdadeira, desde que estejamos de bem conosco e com o mundo. Se hoje chorei, mesmo por motivo que não merecia uma lágrima sequer ou apenas bobo, é porque algum sentimento havia dentro de mim, e a forma que encontrou de se/me libertar foi a lágrima, que na sua forma mais genuína e sublime me fez entender alguma das transformações que vêm ocorrendo com o bater de asas da borboleta.</div>
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Enfim, é melhor parar por aqui, antes que os sentimentos aflorem demasiado e o texto torne-se mais pessoal do que já está e prolongue-se por longas páginas. Mais uma vez, uso a escrita como uma válvula de escape ou maneira de organizar meus pensamentos, agora, só espero que vocês o recebam de braços abertos e, por que não, troquem um pouco de experiências, pois é assim que vamos crescendo, e sempre é tempo de crescer, sempre é tempo de mais uma borboleta sair do casulo!<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtpgl4Exr5xS0lgUF8XMIsQTupKk5fZyW-kh0cGjcSJaPXCULGD-vO1scfq26XmJLRLv1gXM7_D3m7eyTAW9kd-vutmklgNNhfhqGjyTRg42FQl6X0Mu9EuAdLWDEI50M3rn-HvxSVdAjT/s1600/tumblr_lbp42tIo251qcwjubo1_500.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtpgl4Exr5xS0lgUF8XMIsQTupKk5fZyW-kh0cGjcSJaPXCULGD-vO1scfq26XmJLRLv1gXM7_D3m7eyTAW9kd-vutmklgNNhfhqGjyTRg42FQl6X0Mu9EuAdLWDEI50M3rn-HvxSVdAjT/s320/tumblr_lbp42tIo251qcwjubo1_500.jpg" width="320" /></a></div>
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEx9XaJUlxOjQWPIgyyPcxGTg1CjsXMfXOhqZa5rG6FWs7mqURB7DkQK5BPTEnZ7FIebWR_SE7B6ov_ZFQYM5q5QeK_cqGwEkl5uHDZgFKCeunkoUvPw2B9Q6skHAKt8_PKx-mfseMgGb5/s320/borboleta_saindo_do_casulo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEx9XaJUlxOjQWPIgyyPcxGTg1CjsXMfXOhqZa5rG6FWs7mqURB7DkQK5BPTEnZ7FIebWR_SE7B6ov_ZFQYM5q5QeK_cqGwEkl5uHDZgFKCeunkoUvPw2B9Q6skHAKt8_PKx-mfseMgGb5/s200/borboleta_saindo_do_casulo.jpg" width="200" /></a><br />
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<br /></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-46436528410928987462012-06-24T02:43:00.002-03:002012-06-24T02:43:56.649-03:00Novos horizontesEm praticamente um semestre fiz tantas descobertas que seria incapaz de transcrevê-las em poucas linhas. Descobri mais sobre o mundo e, principalmente, sobre mim. Percebi que nada acontece do dia para a noite, que cada decisão deve ser feita com todo o cuidado necessário e que muitos acontecimentos têm motivos para assim o serem, por mais que nos faça sofrer ou que acreditamos serem meras coincidências ou, ainda, que imaginemos ser ações do destino.<br />
<br />
<div>
Não é fácil sair da nossa zona de conforto e partir rumo a experiências totalmente desconhecidas, como também não é bom seguir sempre pelos mesmos caminhos e não promover mudanças em nossas vidas. Nesse meio tempo aprendi o quanto é bom fazermos transformações, nem que seja no corte de cabelo, no estilo de roupa, ou, que seja, uma mudança para a vida inteira.<br />
<br /></div>
<div>
Sair de casa, por exemplo, é para muitos sinônimo de liberdade, mas será mesmo? Creio que é o contrário, nos tornamos mais presos do que antes. Quando se é jovem, tem-se muitas expectativas - e ilusões - em relação aos sonhados 18 anos de idade, ao momento de entrar para a faculdade e por aí vai, porém, não dos damos conta de que 18 anos não passa de uma idade simbólica de tempos passados, ainda mais se acompanhados da entrada na faculdade, até mesmo porque, a maioria dos jovens de classe média à alta não precisam trabalhar para se sustentarem, e assim, continuam dependendo dos pais. Outro fator importante, que mostra que ainda mantemos laços com o que deixamos para trás e não estamos nem um pouco livres, é a saudade, que aos poucos vai nos corroendo por dentro, apertando o coração e nos deixando engasgado com músicas e fotos icônicas. Entretanto, o cordão umbilical é cortado de vez e, para muitos, repentinamente - diferente do meu caso, que foi aos poucos, primeiro uma distância de 170km, com caronas praticamente diárias caso eu quisesse e familiares espalhados por toda a cidade, agora, uma distância de aproximadamente 950km, sem caronas e nem mesmo conhecidos na mesma cidade, é...pensando melhor, acho que a minha também foi um pouco repentina, só que de outra forma e já com outros pensamentos e um pouco mais de bagagem de vida, aprendizados.<br />
<br />
Querendo ou não, ao sair de casa valorizamos mais nossa família, nossos amigos e todas as histórias que já vivemos e iremos viver. Aprendemos muito mais do que se permanecêssemos no mesmo lugar sempre, estáticos, sem ação, até mesmo porque, a maioria das histórias vivenciadas por nós, são frutos de atitudes - mais marcantes caso verdadeiras.<br />
<br />
Além disso, amadurecemos. Mais do que somente amadurecimento, nos desenvolvemos através de responsabilidades antes não delegadas a nós, agora temos que saber equilibrar as finanças de forma que não passemos fome (mesmo que tenhamos que comer macarrão instantâneo às vezes) e também possamos nos divertir (nem que seja tomar um açaí com os amigos no final da tarde), temos que aprender a arte de equilibrar o tempo a fim de conseguir arrumar a casa, cozinhar, estudar todas as matérias e ainda dar uma saidinha no final de semana. Não posso me esquecer de um ponto primordial: saber conviver com pessoas de todos os cantos do Brasil - com as mais variadas características e criações - e com a pessoa com a qual você divide o apartamento. Porém, vou com calma, afinal, ainda não cheguei ao internato para saber como é conciliar tudo isso e ainda permanecer grande parte do tempo no hospital, subordinada a grandes profissionais e lidando com inúmeras vidas diariamente. Enfim, mais do que amadurecimento, é chegada a hora de nos tornarmos verdadeiros adultos, sair debaixo das asas dos pais e partir para o mundo com a incumbência de mostrar a todos tudo o que nossos pais nos ensinaram - e ensinam - ao londo dos anos, além do verdadeiro ser que somos/estamos construindo. Na realidade, alguns nem se importam com essa minha última opinião, talvez seja o tipo de criação, quem sabe a própria personalidade do indivíduo...mas isso fica para outro dia!<br />
<br />
Permito-me concluir que sair de casa nos traz mais pontos positivos do que negativos, só devemos reconhecer o momento e a maneira certa para que essa atitude seja tomada, obviamente, de acordo com as opiniões dos pais. Talvez eu tenha esse pensamento porque já nasci com um instinto de liberdade e independência mais aguçado e, também, por ter ido morar fora da casa dos meus pais com 14 anos de idade recém-completados. De uma forma ou de outra, aprendi muito ao longo desses anos morando apenas nas férias com meus pais (desde o início de 2007). Obviamente, já "quebrei a cara" algumas vezes por imaturidade, já passei por crises existenciais e sentimentais, já deixei várias coisas para fazer de última hora - matando meus pais de raiva e preocupação, diga-se de passagem -, já sofri demasiado com a saudade e a falta de controle sobre meus sentimentos, já esqueci de coisas que não deveria - mais uma vez, deixando meus pais bastante irritados, e a mim também -, já tive que fazer muitas abdicações em prol de sonhos e objetivos, já deixei de sair para me divertir a fim de economizar, já fiz estrepolias e sofri consequências - algumas drásticas, por sinal -, já me estressei e irritei, xinguei e discuti por falta de aprendizagem de convivência, já gastei o dinheiro que não tinha por falta de controle ou capacidade de economia - embora eu realmente seja uma pessoa pão dura, extremamente poupadora -, e, acima de tudo, a maior certeza de todas: já deixei/e ainda deixo meus pais preocupados. Pois também aprendi que meus pais serão para sempre meus pais, de amor incondicional e com as mesmas preocupações desde quando me entendo por gente, daqueles que passarão a vida inteira te fazendo recomendações, como esse dias para trás, ao avisá-los de que estava saindo e começarem a dizer todo o discurso: "com quem você vai? (levando em consideração que nessa nova cidade eles não conhecem ninguém, mas sempre pedem as fichas completas), cuidado com as bebidas, não aceite nada de estranhos, qualquer coisa volta de táxi, quando chegar em casa liga - não manda mensagem porque pode demorar ou não chegar"...e por aí vai...ou seja, nossos pais serão para sempre nossos pais! Lamentavelmente, muitos não entendem isso, e acham que só porque não moram mais com eles não devem satisfações, respeito, honra. Sendo assim, pelo menos no início, alguns se rebelam, acham que são os donos do mundo, da verdade e da vida, e só com o passar do tempo descobrem que não funciona dessa maneira, pena que podem tê-los magoados inúmeras vezes ou descobrem de maneiras drásticas, as quais poderiam ter sido evitadas.<br />
<br />
E assim, aquela menina nascida no interior de Goiás, mora hoje numa metrópole, na capital mineira. E, aos poucos, vai aprendendo e tentando absorver tudo o que o mundo pode lhe oferecer, sem deixar de ser quem é, sem esquecer de suas raízes ou dos ensinamentos adquiridos ao longo das experiências vividas - mesmo que poucas! -, afinal isso tem grandes contribuições para a mulher na qual está se transformando. A cada mudança, novos horizontes surgem, a visão se amplia e o mundo transcende lhe mostrando tudo aquilo que um dia sonhou e que a alma almeja para se completar. A cada passo, uma conquista, uma somatória e, simultaneamente, uma subtração, mas que fique claro: soma-se o útil e subtrai-se o inútil. E é dessa forma que eu tenho tentado viver: de maneira exponencial - ampliando tudo e aumentando os valores.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://brasilimperdivel.tur.br/wp-content/uploads/2011/04/BH-noite-vista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="http://brasilimperdivel.tur.br/wp-content/uploads/2011/04/BH-noite-vista.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Belo Horizonte, MG</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-83511309186173033142012-06-22T00:11:00.003-03:002012-06-22T00:15:11.916-03:00Onde andará o meu doutor?<div>
Hoje, irei apenas compartilhar uma poesia encontrada em uma página de relacionamento que me deixou estarrecida, principalmente por corresponder a nossa lamentável realidade...</div>
<div>
Sinceramente, estamos vivendo em um mundo de doentes!</div>
<div>
<br /></div>
<b><i>Onde andará o meu doutor?</i></b><br />
<i>Tatiana Bruscky</i><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://files.olharparajesus.webnode.com.br/200000030-dcff4ddf91/medico.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://files.olharparajesus.webnode.com.br/200000030-dcff4ddf91/medico.jpg" width="200" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="apple-style-span"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">Hoje acordei sentindo uma dorzinha,</span></span><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><br />
<span class="textexposedshow">aquela dor sem explicação, e uma palpitação,</span><br />
<span class="textexposedshow">resolvi procurar um doutor,</span><br />
<span class="textexposedshow">fui divagando pelo caminho...</span><br />
<span class="textexposedshow">lembrei daquele médico que me atendia vestido de
branco</span><br />
<span class="textexposedshow">e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de
anjo...</span><br />
<span class="textexposedshow">o Meu Doutor que curava a minha dor,</span><br />
<span class="textexposedshow">não apenas a do meu corpo mas a da minha alma,</span><br />
<span class="textexposedshow">que me transmitia paz e calma!</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Chegando à recepção do consultório,</span><br />
<span class="textexposedshow">fui atendida com uma pergunta:</span><br />
<span class="textexposedshow">“Qual o seu plano? “</span><br />
<span class="textexposedshow">Ah, o meu plano é viver mais e feliz!</span><br />
<span class="textexposedshow">é dar sorrisos, aquecer os que sentem frio</span><br />
<span class="textexposedshow">e preencher esse vazio que sinto agora!</span><br />
<span class="textexposedshow">Mas a resposta teria que ser outra...o meu plano de
saúde!</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Apresentei o documento do dito cujo</span><br />
<span class="textexposedshow">já meio suado, tanto quanto o meu bolso, e aguardei...</span><br />
<span class="textexposedshow">Quando fui chamada corri apressada,</span><br />
<span class="textexposedshow">ia ser atendida pelo Doutor,</span><br />
<span class="textexposedshow">aquele que cura qualquer tipo de dor,</span><br />
<span class="textexposedshow">entrei e o olhei, me surpreendi,</span><br />
<span class="textexposedshow">rosto trancado, triste e cansado...</span><br />
<span class="textexposedshow">será que ele estava adoentado?</span><br />
<span class="textexposedshow">é, quem sabe, talvez gripado</span><br />
<span class="textexposedshow">não tinha um semblante alegre,</span><br />
<span class="textexposedshow">provavelmente devido à febre...</span><br />
<span class="textexposedshow">dei um sorriso meio de lado e um bom dia...</span><br />
<span class="textexposedshow">Sobre a mesa, à sua frente,</span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><span class="textexposedshow">um </span></span><span class="textexposedshow"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">computador,</span></span><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><br />
<span class="textexposedshow">e no seu semblante a sua dor,</span><br />
<span class="textexposedshow">o que fizeram com o Doutor?</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Quando ouvi a sua voz de repente:</span><br />
<span class="textexposedshow">O que a senhora sente?</span><br />
<span class="textexposedshow">Como eu gostaria de saber o que ELE estava
sentindo...</span><br />
<span class="textexposedshow">parecia mais doente do que eu, a paciente...</span><br />
<span class="textexposedshow">Eu? ah! sinto uma dorzinha na barriga e uma
palpitação</span><br />
<span class="textexposedshow">e esperei a sua reação,</span><br />
<span class="textexposedshow">vai me examinar, escutar a minha voz</span><br />
<span class="textexposedshow">auscultar o meu coração...</span><br />
<span class="textexposedshow">para minha surpresa apenas me entregou uma
requisição e disse:</span><br />
<span class="textexposedshow">“peça autorização desses exames para conseguir a
realização”...</span><br />
<span class="textexposedshow">quando li quase morri...</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Tomografia computatorizada, ressonância magnética e
cintilografia !</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">ai, meu Deus! que agonia!</span><br />
<span class="textexposedshow">eu só conhecia uma tal de abreugrafia...</span><br />
<span class="textexposedshow">só sabia o que era ressonar (dormir),</span><br />
<span class="textexposedshow">de magnético eu conhecia um olhar...</span><br />
<span class="textexposedshow">e cintilar só o das estrelas!</span><br />
<span class="textexposedshow">estaria eu à beira da morte? de ir para o céu?</span><br />
<span class="textexposedshow">iria morrer assim ao léu?</span><br />
<span class="textexposedshow">naquele instante timidamente pensei em falar:</span><br />
<span class="textexposedshow">terá o senhor uma amostra grátis</span><br />
<span class="textexposedshow">de calor humano para aquecer esse meu frio?</span><br />
<span class="textexposedshow">que fazer com essa sensação de vazio? e observe,
Doutor,</span><br />
<span class="textexposedshow">o tal Pai da Medicina, o grego Hipócrates,
acreditava que</span><br />
<span class="textexposedshow">A ARTE DA MEDICINA ESTAVA EM OBSERVAR.</span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="textexposedshow"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">Olhe para mim...</span></span><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><br />
<span class="textexposedshow">bem verdade que o juramento dele está ultrapassado!</span><br />
<span class="textexposedshow">médico não é sacerdote...</span><br />
<span class="textexposedshow">tem família e todos os problemas inerentes ao ser
humano...</span><br />
<span class="textexposedshow">mas, por favor, me olhe, ouça a minha história!</span><br />
<span class="textexposedshow">preciso que o senhor me escute, ausculte</span><br />
<span class="textexposedshow">e examine!</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Estou sentindo falta de dizer até aquele 33!</span><br />
<span class="textexposedshow">não me abandone assim de uma vez!</span><br />
<span class="textexposedshow">procure os sinais da minha doença e cultive a minha
esperança!</span><br />
<span class="textexposedshow">alimente a minha mente e o meu coração...</span><br />
<span class="textexposedshow">me dê, ao menos, uma explicação!</span><br />
<span class="textexposedshow">O senhor não se informou se eu ando descalça...
ando sim!</span><br />
<span class="textexposedshow">gosto de pisar na areia e seguir em frente</span><br />
<span class="textexposedshow">deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida,</span><br />
<span class="textexposedshow">estarei errada?</span><br />
<span class="textexposedshow">ou estarei com o verme do amarelão?</span><br />
<span class="textexposedshow">existirá umas gotinhas de solução?</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Será que já existe vacina contra o tédio?</span><br />
<span class="textexposedshow">ou não terá remédio?</span><br />
<span class="textexposedshow">que falta o senhor me faz, meu antigo Doutor!</span><br />
<span class="textexposedshow">cadê o Sccot, aquele da Emulsão?</span><br />
<span class="textexposedshow">que tinha um gosto horrível mas me deixava forte</span><br />
<span class="textexposedshow">que nem um Sansão!</span><br />
<span class="textexposedshow">e o Elixir? Paregórico e categórico,</span><br />
<span class="textexposedshow">e o chazinho de cidreira,</span><br />
<span class="textexposedshow">que me deixava a sorrir sem tonteiras?</span><br />
<span class="textexposedshow">será que pensei asneiras?</span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span class="textexposedshow"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;">Ah! meu querido e adoentado Doutor!</span></span><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><br />
<span class="textexposedshow">sinto saudades</span><br />
<span class="textexposedshow">dos seus ouvidos para me escutar,</span><br />
<span class="textexposedshow">das suas mãos para me examinar,</span><br />
<span class="textexposedshow">do seu olhar compreensivo e amigo...</span><br />
<span class="textexposedshow">do seu pensar...</span><br />
<span class="textexposedshow">o seu sorriso que aliviava a minha dor...</span><br />
<span class="textexposedshow">que me dava forças para lutar contra a doença...</span><br />
<span class="textexposedshow">e que estimulava a minha saúde e a minha crença...</span><br />
<span class="textexposedshow">sairei daqui para um ataúde?</span><br />
<span class="textexposedshow">preciso viver e ter saúde!</span><br />
<span class="textexposedshow">por favor, me ajude!</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Oh! meu Deus, cuide do meu médico e de mim,</span><br />
<span class="textexposedshow">caso contrário chegaremos ao fim...</span><br />
<span class="textexposedshow">porque da consulta só restou uma requisição</span><br />
<span class="textexposedshow">digitada em um computador</span><br />
<span class="textexposedshow">e o olhar vago e cansado do Doutor!</span><br />
<span class="textexposedshow">precisamos urgente dos nossos médicos amigos,</span><br />
<span class="textexposedshow">a medicina agoniza...</span><br />
<span class="textexposedshow">ouço até os seus gemidos...</span><br />
<br />
<span class="textexposedshow">Por favor, tragam de volta o meu Doutor!</span><br />
<span class="textexposedshow">estamos todos doentes e sentindo dor...</span><br />
<span class="textexposedshow">e peço, para o ser humano, uma receita de calor,</span><br />
<span class="textexposedshow">e para o exercício da medicina uma prescrição de
amor!</span></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span style="background-color: white; font-size: 12pt;"><span class="textexposedshow"><br /></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-krVjOe1dQEI/T9vWUYNgoGI/AAAAAAAABqE/aG6FJp1r4k8/s1600/Patch-Adams.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-krVjOe1dQEI/T9vWUYNgoGI/AAAAAAAABqE/aG6FJp1r4k8/s1600/Patch-Adams.jpg" /></a></div>
<div>
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: 12pt;"><span class="textexposedshow" style="background-color: white;">Por fim, recomendo que assistam ao filme <i><b>Patch Adams - O amor é contagioso</b></i>. Muitos já devem ter visto, mas é sempre bom rever para refletirmos um pouco mais sobre nossas ações em prol do bem estar do lugar onde vivemos, das pessoas com as quais convivemos ou não e para a construção do mundo que queremos. Também recomendo que assistam à entrevista do "verdadeiro" Patch ao programa Roda Viva da TV Cultura, a qual está disponível no You Tube.</span></span></span></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-57616748012190976542012-06-14T22:27:00.002-03:002012-06-14T22:27:39.179-03:00Parabéns Gustavo!Consequência de uma pausa...<br />
<br />
Hoje é aniversário de um grandessíssimo amigo, como já diria José Dias, sendo assim, gostaria de lhe fazer uma pequena homenagem...<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none; text-indent: -9.0pt;">
<span style="font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 11.5pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none; text-indent: -9.0pt;">
<span style="font-family: 'Segoe UI', sans-serif; font-size: 11.5pt;"> </span><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b><i>Névoa</i></b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Olho fixamente para o espelho,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">vendo o branco de meus olhos<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">a refletir a sua face reluzente,<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">não sei se no futuro ou no passado<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Iludido, com o branco dos olhos<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">que quem dera fosse o reflexo de seu alvo sorriso<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">mas para minha tristeza [agonizo<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">são só miragens de um opaco reflexo distorcido<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Quisera eu ver realmente sua imagem materializar-se diante de mim<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">mas pobre mortal que sou <span style="text-indent: -9pt;">acabo por me contentar com
seu reflexo</span></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none; text-indent: -9.0pt;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> pois já indica meu sonho
distante, que me consome e me domina<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">já que mesmo em devaneios tão rápidos não perco a sanidade:<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">sei que embora tão longe esteja, é do meu mundo todo o começo e
mais que o fim<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O espelho embaçado me engana<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">mas o coração não mente<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Para que me enganar?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none; text-indent: -9.0pt;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"> Ficarei são?<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O vapor do chuveiro escondeu todo o rosto [finalmente<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Salvo pelas nuvens da dúvida e da angústia, me refugio sob os
líquidos raios do chuveiro quente<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">porém mais gelado que o contido sentimento [em mim ardente...<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Até logo, coração</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<b><i><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Autor: Gustavo Almeida</span></i></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<br /><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">E aí, lembra dessa Gustavo? Assim como eu disse na época, continua muito bem guardado aqui comigo, pode ter certeza! E não brigue comigo por publicar justo esse!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Nossas conversas via messenger ou facebook são sempre muito produtivas! Quem me dera saber escrever um poema, um texto, uma música, tal como você, com certeza sua homenagem seria mais interessante né?! Porém, infelizmente, isso ainda não faz parte dos meus atributos, e olha que não é por falta de tentativa, então, contente-se com o pouco que estou fazendo hoje, apesar dos defeitos, é tudo de coração!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Você sabe que apesar da distância nossa amizade continua a mesma, até mesmo porque, tenho que confessar, meus ouvidos chegam a doer algumas semanas, devido às ligações de horas a fio. É assunto que não acaba mais, e se chega perto de acabar a gente dá um jeito de encontrar mais por aí.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">É muito bom sempre poder contar com você, com sua companhia - mesmo que somente pela internet e pelo telefone -, seus conselhos, seus cuidados, suas observações, suas brincadeiras - mesmo aquelas absurdamente ridículas -, e por que não falar das piadinhas sem graça? Também são muito boas nossas discussões, das mais variadas, política, futebol, arte, literatura, realidade, fantasia, sonhos, passado, medos, músicas, comportamentos, cérebro, coração, filmes, religião, enfim...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">De uma forma ou de outra, você sabe o quão é importante na minha vida, afinal, faz parte da minha história! Posso não lhe dizer isso sempre, contudo, saiba que minha admiração por você é simplesmente única e demasiada grande para expressá-la em público - e você sabe muito bem minha dificuldade em expressar sentimentos! Entretanto, não conte só com a importância e a admiração, pois meu carinho e afeto, que se resumem em um amor fraterno sem igual, também fazem parte do pacote!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">O que eu sempre digo, e agora irei dizer novamente é que você pode sempre contar comigo, farei de tudo o que estiver ao meu alcance para te ajudar no que for necessário, inclusive ajudar a comer os brigadeiros da festa!</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">E para finalizar, te desejo tudo o que há de melhor nesse mundão, toda sabedoria, harmonia, alegria, dinheiro, sucesso e etc. Que ainda venham muitos e muitos anos de vida para comemorarmos, que todos os seus sonhos e objetivos tornem-se realidade e que Deus abençoe, proteja, ilumine e guie todos os seus passos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Gostaria muito de estar aí em Goiânia para compartilhar esse momento com você, afinal, 24 anos é marcante, com certeza! hahaha No entanto, são coisas da vida que me impedem de aí estar.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Sei que uma simples "carta" via blog não é lá grande coisa, pelo menos, espero que contente-se com fato de ser público e escrito com o coração e a verdade.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Por enquanto, fique com isso e meus mais sinceros votos de felicidade eterna,</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 17.6pt; margin-right: .9pt; margin-top: 0cm; mso-layout-grid-align: none; tab-stops: 36.0pt; text-autospace: none;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Até logo, coração.</span></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-89013788953025197182012-06-10T12:01:00.001-03:002012-06-10T12:03:20.095-03:00Só lembrançasConsequência de uma pausa...<br />
Em pleno sábado a noite de feriado resolvi assistir um filme antes de dormir. Escolhi o filme aleatoriamente, quer dizer, escolhi pelo título e nada mais, sem ler sinopse nem gênero. Quando vi que o Robert Pattison era o ator principal, já fui imaginando que não seria um filme dos melhores. Engano meu. Comecei a assistir sem expectativas e terminei o filme admirando a capacidade de atuação do Robert Pattison, muito além do que já tinha visto nos filmes da saga Crepúsculo, que por sinal, não gostei muito.<br />
Através do filme "Lembranças", dirigido por Allen Coulter, percebi que pequenas atitudes cotidianas, como expressar um sentimento, são fundamentais. Além disso, ficou mais claro ainda para mim, que durante nossa vida e até mesmo depois de morrermos, somos feitos apenas de lembranças. Afinal, todas as nossas atitudes vêm de experiências vividas desde a infância - também há quem diga que vêm desde vidas passadas, mas isso não vem ao caso no momento - e ao morrermos é somente isso que deixamos. Tive mais certeza ainda de que o dinheiro não é tudo, ele até pode nos proporcionar momentos felizes e dignos, mas, repito, não é tudo. O dinheiro não é capaz de amar alguém, ele é objeto, óbvio que todos precisamos de muitos objetos, mas precisamos muito mais de amor. Quem não é amado, ou, melhor, não se sente amado, pode ter todo o dinheiro do mundo que não será feliz. E aí entra outra questão...qual a melhor forma de demonstrar que amamos alguém?<br />
Passei a maior parte do filme indignada com a postura do pai do Tyler (Robert), e no final, percebi que ele não era totalmente um monstro. Lembrei-me que muitos monstros só são monstros por causa de seus sentimentos a flor da pele, conflituosos e pela incapacidade de demonstrá-los de maneira civilizada. Apesar de tudo, monstros não passam de seres humanos em conflito consigo mesmo. Um pecado da maioria dos filmes - que é questão de lógica e eu entendo - é mostrar apenas o ponto de vista da personagem principal. Nesse caso, por exemplo, vemos os personagens do ponto de vista do Tyler, portanto, somos facilmente influenciados, no final, percebemos junto dele que nem todos são como imaginamos, que é muito difícil demonstrarmos nossos sentimentos da "maneira correta" - se é que existe maneira correta para isso -, que julgamos demais as pessoas sem saber o que se passa com elas, quais são seus conflitos internos, seus sentimentos ou o porquê de tais atitudes, como dizem por aí, sempre achamos que "a grama do vizinho é mais verde", mas será? Todos temos sentimentos, todos temos medos, anseios, desejos, angústias, dúvidas e cada um tem seu jeito de expressar tudo isso.<br />
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<a href="http://meme.zenfs.com/u/707b3e5da4dc6377546f332e07d6f6b1486e4fb8.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="305" src="http://meme.zenfs.com/u/707b3e5da4dc6377546f332e07d6f6b1486e4fb8.jpeg" width="320" /></a></div>
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Outro fato curioso, é a capacidade do ser humano para postergar momentos que podem ser vividos no presente. Já se perguntou porque demorou para dizer a alguém que o (a) amava? Seria medo? Pois é, por que temos tanto receio em dizer a alguém algo tão sublime? Por que temer as reações da pessoa diante de algo bom, visto que todos queremos e gostamos de ser amados? Imagino que seja porque dentro de nós temos marcas de momentos passados, talvez um dia ao nos declararmos alguém desdenhou ou ignorou, mesmo que não tenha sido por maldade, afinal, quem nunca teve um "amor de infância"? E qual a criança que desdenharia por pura maldade? Ou até mesmo nossos pais, em um dia corrido, que ignoraram tal declaração ou postergaram a reação que esperávamos. Essas são lembranças arquivadas dentro de nós, são marcas deixadas por nossas experiências ao longo do tempo, e como cada um tem as suas marcas, cada um tem a própria reação em relação aos acontecimentos, tem uma maneira de aceitar ou não, de reagir. E, o pior de tudo, é quando só nos damos conta do quanto foi uma má ideia postergar depois que uma tragédia ocorre. Por que esperamos que uma tragédia ocorra para aprendermos a amar, a nos expressar? Por que é preciso que alguém morra para percebemos que agimos de maneira errada? Por que somente através do sofrimento nos damos conta de que estávamos indo pelo pior dos caminhos? Talvez seja porque a tragédia nos acorda para a vida, e num piscar de olhos revivemos as lembranças arquivadas e também nos transformamos.<br />
Diante de tais fatos, imaginem se eu não me acabei em lágrimas no final do filme?!! Sem sombra de dúvidas! Chorei até não poder mais, tanto pelos ensinamentos que nos levam a pensar em nossas vidas e atitudes, quanto pelo final totalmente inesperado, surpreendente e simultaneamente trágico e lindo. Nunca imaginei que um drama romântico pudesse me fazer tão bem humana e espiritualmente. Percebi que ainda tenho muito a aprender, que na teoria é tudo muito fácil, o difícil acontece na prática. Vocês acham que tudo o que eu disse acima eu pratico? Pelo contrário, a minha dificuldade em demonstrar sentimentos é tamanha que tenho até vergonha de comentar sobre isso. Chegou a hora de rever conceitos e ainda bem que sempre é tempo de mudanças...<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjentcQFMoQsmYDTohD-EJoaxwf5bgjl3e8iVlr4h5hMFYqIqk17PZ_j8xVxmrqFeiA4Vv241oNluzj4hXa3QSP4sAAmK60ivSUZr0h8CJ1N6DMWXMKmhbIW3V99VqBCkdDogoLm-6dK8I/s1600/lembran%C3%A7as.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="232" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjentcQFMoQsmYDTohD-EJoaxwf5bgjl3e8iVlr4h5hMFYqIqk17PZ_j8xVxmrqFeiA4Vv241oNluzj4hXa3QSP4sAAmK60ivSUZr0h8CJ1N6DMWXMKmhbIW3V99VqBCkdDogoLm-6dK8I/s320/lembran%C3%A7as.jpg" width="320" /></a></div>
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<br />Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2Belo Horizonte - MG, Brasil-19.9190677 -43.9385747-20.0384977 -44.096503199999994 -19.799637699999998 -43.7806462tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-58371473864595308372012-06-03T14:55:00.000-03:002012-06-03T15:04:15.240-03:00Domingo preguiçosoConsequência de uma pausa...<br />
Era apenas mais um dia, mais um daqueles domingos preguiçosos, em que se acorda tarde, liga o som e fica ouvindo uma música, e às vezes, só para variar um pouco, começa assistindo um programa dominical na televisão, por que não?<br />
Foi então que as horas foram passando, passando, passando, e ela nem se deu conta de que a preguiça a tinha dominado. Assistiu filme, seriado, ouviu músicas, passou horas na internet, mas nem mesmo levantou da cama! Afinal, o que as tecnologias não nos propiciam hoje em dia? Basta um celular na mão - de preferência com bateria e créditos - que tudo se resolve em um instante!<br />
Porém, chegou um momento no qual ela precisou parar e pensar, até ter a certeza de que estava faltando algo. Não sabia ao certo o que poderia ser, mas sentia que lhe faltava algo para completar esse domingo preguiçoso, ou esses dias cansativos...visto que a preguiça de domingo era apenas um sintoma de dias anteriores muito extenuantes.<br />
Não se sentindo tão incomodada continuou a fazer o que a maioria faz em um domingo preguiçoso. Até que o incômodo foi aumentando e ela não suportou mais. A tensão era grande, precisava descobrir o que estava faltando.<br />
Percebeu que não era apenas a saudade ameaçando seu domingo mais uma vez, era uma coisa boa que estava faltando para tornar o domingo completo, e que era possível vivenciá-la ali naquele exato instante...pensou, pensou, pensou, lembrou da última conversa com um amigo, na qual o tema era cultura, lembrou de outra conversa com um outro amigo, que a cobrava atualizações no blog. Pronto! Tudo se encaixou!<br />
E em menos de 1 minuto, conforme palavras iam surgindo numa folha em branco, sentiu seu domingo preguiçoso completo, nada mais faltava!<br />
Tinha voltado a escrever, talvez não como antes, já que o passar do tempo enferruja as pessoas que não praticam. Entretanto, escrevia novamente, de tal forma que as palavras fluíam e preenchiam não só o papel em branco, mas também a alma de quem há muito aguardava por esse momento.<br />
Escrever não significa apenas transcrever as palavras que estão desajeitadas no cérebro para um papel, é, acima de tudo, mostrar ao mundo o que está guardado dentro de nós. Assim, mais um domingo preguiçoso se encerra na minha vida, quem sabe um pouco mais completo e feliz...<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/dZsC3unaZEE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2Belo Horizonte - MG, Brasil-19.9190677 -43.9385747-20.0384977 -44.096503199999994 -19.799637699999998 -43.7806462tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-3369819232620301892011-12-14T16:47:00.000-02:002011-12-22T14:01:44.667-02:00DezembroConsequência de uma pausa...<br />
(Detalhe para o fato de que comecei a escrever esse texto há mais de quinze dias, sou o exemplo de muita coisa que digo abaixo, a verdade é que todos nós sempre temos o que melhorar e o que mudar, como também, o que continuar a fazer e aprimorar...)<br />
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Eis que chega o mês de dezembro. Acredito que não há quem não pare para pensar o que fez nesses últimos meses, ou deixou de fazer. É hábito pararmos um pouco para refletir, como também o é quando encontramos conhecidos e comentamos: "nossa, como o ano passou rápido, não é mesmo?", e todos são unânimes quanto à resposta: "sim, com toda certeza!". Os mais velhos ainda complementam dizendo: "parece que antigamente não passava tão rápido assim, quanto mais velho fico, mais rápido o tempo passa..." - invariavelmente com lamentação e tristeza estampadas no rosto, afinal, ninguém quer envelhecer "mais rápido do que antes".<br />
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Essa sensação de passagem do tempo ocorre porque cada vez mais deixamos de lado o que nos dá prazer - mesmo as coisas mais simples do dia-a-dia - para focarmos no que é necessidade e nem tão prazeroso como gostaríamos. Quem nunca deixou de ir a uma festa porque no outro dia tinha que trabalhar ou estudar? Será que não é possível irmos à festa, nos divertirmos um pouco, beber menos, comer menos e voltar mais cedo? Ou, por que tanto medo de enfiar o pé na jaca um dia ou outro? Lógico que todos nós temos nossas responsabilidades e devemos nos dedicar a elas, mas um dia ou outro que arriscarmos (na verdade, não é porque vamos a uma festa que devemos beber todas ou amanhecer, podemos nos divertir com mais moderação para estarmos inteiros e dispostos a assumir as responsabilidades no outro dia) não nos fará mal, como dizem por aí, "ninguém é de ferro"! Isso faz um sentido maior ainda quando vamos escolher nossa profissão, cada vez mais creio que realmente devemos optar pelo que mais se aproxima às nossas aptidões pessoais, ao nosso jeito, aos nossos planos, para podermos trabalhar mais felizes e não tornar uma obrigação o que deveríamos fazer com prazer e um sorriso no rosto - óbvio que, invariavelmente, ficamos cansados e temos vontade de jogar tudo para o ar, mas no fim, se for o que verdadeiramente gostamos, vamos voltar atrás e confirmar que é aquilo mesmo que queremos. E quanto aos idosos, conforme vão envelhecendo, vão perdendo um pouco dos sentidos, ficam um pouquinho mais surdos, não enxergam bem, os alimentos já não têm o mesmo sabor, os cheiros se confundem, os músculos fraquejam...dessa forma, o ato de viver torna-se complicado e a presença da morte mais próxima, às vezes a própria vida perde o sabor. Embora alguns consigam postergar um pouco seu fim, seja através da tecnologia, seja por meio de hábitos melhores, seja por atitudes favorecedoras ao longo da vida ou, simplesmente, pela vontade, ânsia de viver, apenas isso: querer viver - o que eu acho mais bonito, além da naturalidade.<br />
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Aquela famosa desculpa da "correria cotidiana" também entra nos motivos de sensação de passagem do tempo. É trabalho, é estudo, é academia, é família, é obrigação, é responsabilidade, é dever, é isso, é aquilo, é aquilo outro... No fim, sempre temos do que nos lamentar...poderia ter estudado mais, ter dado maior atenção a algumas coisas ou pessoas, ter trabalhado menos, ter viajado mais, ter me esbaldado naquela festa, ter esquecido o regime naquele dia, ter feito mais regime, ter praticado exercícios físicos, ter amado mais, ter estressado menos, ter aproveitado aquela chance, etc. Mal percebemos que fazendo tudo, simultaneamente fazemos nada, afinal, distribuir nosso tempo de forma igualitária é impossível. Ao contrário, é possível nos dedicar mais àquilo que estamos fazendo, de forma que enquanto trabalhamos, vamos só trabalhar e só pensar nisso, enquanto estamos com a família, vamos viver aquele momento em função tão somente dela, sem pensar em outras coisas. Ou seja, é preciso otimizar o tempo que temos, proporcionando a nós mesmos uma vida mais prazerosa. Além disso, é incrível a capacidade que temos e toda a energia que perdemos nos lamentando, ao invés de pensarmos no que aconteceu de bom ou o quanto somos capazes de melhorar o que foi ruim.<br />
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Não sou muito a favor de planos, listas e coisas do tipo "para o ano que vem..." ou "no próximo ano..." ou "em 2012 vou...". Será mesmo que isso adianta? Acho que se adiantasse não seria necessário fazê-los todos os anos, até mesmo porque já saberíamos como agir com base no último. A verdade é que cada momento é único, não tem como prever o que vai acontecer, de forma que não é possível adiantar como iremos agir - antes de tudo, é preciso nos conhecer um pouco mais, ir a fundo dentro de nós mesmos. Obviamente que sempre temos o que melhorar, o que "arrancar" de nós, o que fazer, o que deixar de fazer...mas tudo isso podemos fazer a qualquer momento - basta querer! -, as promessas não são necessárias em todos os finais de ano. Quem nunca fez promessas e listas e mais listas para o próximo ano? Agora eu pergunto: quantas você conseguiu cumprir satisfatoriamente? Difícil não é? Acho, inclusive, que isso nos deixa pior, pela pressão ou obrigação de ter que cumprir todos aqueles planos, alguns até mesmo frutos de pura ilusão e utopia. Com certeza tem o lado que diz que é necessário traçar metas e planos, no entanto, isso não se refere à todas as áreas da vida, muito menos a todos os momentos.<br />
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Dessa forma, creio que o único pedido que tenho a fazer para 2012 se resume em uma única palavra: equilíbrio. Quando se tem equilíbrio nos relacionamentos, na área financeira, na profissão, tudo se encaminha como deve ser. Por vezes alguns obstáculos aparecerão, mas, se estivermos focados e nos conhecermos bem, teremos força o suficiente para nos desviarmos ou enfrentá-los. Além de tudo isso, temos que ter em mente o poder da espiritualidade, em seu sentido amplo. Seja você protestante, católico apostólico romano, católico ortodóxico, espírita, budista, islamista, umbandista...não importa a religião, o que é interessante, nesse caso, é estar de bem com quem você acredita ser o "Ser Supremo", compreender sua alma e a alma do próximo, praticar o bem, seguir uma vida de paz, harmonia, equilíbrio e bem estar. Acho de extrema importância nos conectarmos com o que acreditamos, com aquele que cremos existir, com aquele que rege nossas vidas e possui capacidades extraordinárias, principalmente de fazer o bem independente de qualquer outra coisa. Apesar de muito estressada, ansiosa, nervosa e coisas do gênero, existe um lado dentro de mim que expressa o oposto, gosta muito de deixar algumas coisas acontecerem naturalmente, acredito no poder do tempo e creio em Deus e suas "façanhas". De modo que fazer listas não adiantam muita coisa, já que no fim, sempre vou "deixando a vida me levar", vivo bastante o presente (sem me esquecer das lembranças do passado e dos meus objetivos para o futuro).<br />
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Como é fácil falar, né?! Bom seria se soubéssemos um jeito de fazer tudo perfeito, porque a prática, ó céus, como suga nossas energias! Mas, se não tentarmos, não experimentarmos mudanças e aprimoramentos, o tempo passa, o mundo a sua volta se transforma, e você permanece, parado no tempo, no espaço, nos sentimentos, na vida. E o que resta? A lamentação ou inquietude (principalmente dos que estão ao seu redor) de estar no presente e viver no passado. Ao mesmo tempo, penso que se tudo fosse perfeito nada teria a mesma graça, seria tudo muito certinho, no lugar, e assim não haveria espaço para fatos bizarros, engraçados, inesperados, surpresas, vitórias e derrotas, como iríamos aprender, adquirir conhecimento e experiência ao longo da vida? De qualquer forma, como a perfeição é algo inalcançável (e como eu sofro por isso, pois confesso que às vezes a minha busca pela perfeição é algo surpreendente!), vamos lutando dia-a-dia para sermos melhores. Se não deu hoje, quem sabe amanhã, afinal, a vida segue! Os planos, as metas, os objetivos existem dentro de nós e devemos fazer o possível para alcançá-los e nos sentirmos inteiros, completos, porém, por que deixar para 2012? Vamos fazer hoje, agora, que tal, vai arriscar? Vamos ser um pouco mais ousados e ter mais coragem! Como disse no início, o tempo passa e, pior, cada vez mais rápido, então, não vamos desperdiçar o tempo que temos hoje, até mesmo porque a saudade é um sentimento sempre presente em nossas vidas - e saudável -, de maneira que seria bem melhor sentir saudade do passado, ao contrário de arrependimento ou más lembranças.<br />
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Embora o texto do vídeo não pertença à Clarice Lispector, e sim à Maria Eugênia de Viveiros, é muito bonito, não perde o brilho. (Como hoje em dia está confusa essa história de autores e suas citações, frases, textos, crônicas, não é mesmo?)<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/LOnSNqDGgZ8?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<br />Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-33798082583306014432011-11-04T23:30:00.001-02:002011-11-04T23:31:57.215-02:00Música, simples!Consequência de uma pausa...<br />
A maioria da pessoas que me visitam já devem saber ou ter percebido o quanto a música é importante e faz parte da minha vida. Não que eu saiba tocar algum instrumento ou tenha algum dom artístico, pelo contrário, <strong>infelizmente</strong> não tenho, nem entendo a fundo técnicas e afins. Mas, acredito que entendo de música que me agrada, faz bem, ajuda, levanta, faz dançar, pular, cantar, gritar, chorar, sorrir, viajar, pensar, imaginar, sonhar, que embala gerações, pessoas, momentos, que marca datas, histórias, enfim, se isso for entender de música, sou uma expert no assunto!<br />
Hoje, como na maioria das vezes, não sei ao certo o porquê, me deu uma vontade enorme de compartilhar algumas músicas com vocês. E, como sempre deixo claro, lógico que gostaria de agradar a todos, no entanto nem tudo é possível, e como as pessoas dizem "gosto não se discute"! Só espero que através da música mais corações sejam tocados, mais pessoas apreciem essa arte maravilhosa, digna de um incentivo maior, principalmente aos que estão no início da carreira, tem produção independente e talento enorme, para dar e vender (eu compro na hora!).<br />
A música é capaz de realizar trabalhos fantásticos nas vidas das pessoas, tanto é que a musicoterapia está aí para nos provar. Nas nossas vidas existem momentos e momentos, e pode ter certeza de que na maioria deles a música fará parte, contribuirá de alguma forma, seja para te deixar lá embaixo, seja para deixar lá em cima...a arte é assim, tem para todos os gostos e faz parte do mundo para que cada um retire dela um pouco para si. Tenho a certeza de que os sentimentos são universais, o diferencial é a maneira, a intensidade, como sentimos, o contexto e a forma como agimos diante deles, afinal, quem nunca sentiu saudades, se apaixonou, ficou com raiva, se estressou, teve momentos depressivos e etc? A música é capaz de marcar cada um desses momentos, cada um desses sentimentos, de uma forma peculiar, que na verdade só o autor é capaz de descrever o que o levou e o sentimento que embalava ao escrever tal letra, ao criar tal melodia, isso se for possível, porque muitas vezes, nem eles entendem: 'apenas inspiração...' Aaah! Como eu gostaria de ter inspiração fácil assim, ou de forma que possa ser traduzida numa música "perfeita"! Concluindo, a música é para ser vivida, experimentada, sentida, apreciada e guardada. Nada melhor do que ficar ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo...até não poder mais ou até cansar - se isso for possível - ou, ainda, até relaxar, desestressar, encontrar a resposta que procurava!<br />
Num momento de "nada a se fazer" e em busca de algo novo, fiquei futricando nos mais variados sites, pois encontrei músicas antigas, novas, meio-termos...revivi o passado, refleti o presente e sonhei com o futuro! Um dos videos - que é uma música linda e de alta qualidade, muito boa mesmo - é o novo trabalho da cantora Pitty, uma parceria que rendeu uma banda e um disco lindo, para quem não conhece, vale a pena conhecer a Agridoce (<a href="http://www.agridoce.net/">http://www.agridoce.net/</a>).<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/vOL-AvxD9w4?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Outro som que vale a pena conferir é uma doce canção do Chico, aquele lindo de olhos azuis brilhantes e penetrantes!<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/BNRRjxjFKFQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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Chega de música?! WTF??!! hahaha Para quem gosta de um som mais alternativo (em relação aos de cima), diferente e até divertido, por que não ouvir Soulstripper?! Sem contar que o video postado abaixo a interpretação das crianças é uma graça!</div>
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/kP4QHmrBWwE?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
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<br /></div>
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Pois é, acho que por hoje chega, até mesmo porque ainda tem gente que vai trabalhar, estudar, praticar exercícios...na próxima vou tentar fazer um texto mais conciso e algumas músicas para meditação, mais tarde explico mais! ;) Um ótimo final de semana a todos e que a próxima semana seja muito abençoada!</div>
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<br /></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-91240504574531950762011-10-25T22:27:00.000-02:002011-10-25T22:28:52.101-02:00Escrever, apenasConsequência de uma pausa...<br />
Não sei o porquê, nem o quê, nem pra quê, nem como, mas hoje me deu uma vontade enorme de escrever. Deve ser saudades daqueles tempos em que eu simplesmente deixava tudo aflorar, em que os sentimentos vinham, literalmente, à flor da pele, em que mesmo sem tempo eu dava um jeito de arrumar algum só para não deixar o blog às mínguas, em que era fácil fazer apenas um fluxo de consciência com minhas opiniões e rapidamente publicá-lo sem nem pensar muito...ê saudades, não tem como, ela sempre vai estar presente em nossas vidas, seja para nos trazer boas lembranças, seja para nos alertar para o modo como estamos levando nossas vidas ou seja apenas para senti-la, assim, tão dentro de nós, às vezes mais perturbadora do que gostaríamos, por outras tão singela que dá até vontade de não expulsá-la de nós, talvez para nos fazer sofrer um pouco, afinal, que importância tem, se só sentimos saudades do que foi bom, não é mesmo? Acho até que saudade é um dos sentimentos mais verdadeiros, porque ela simplesmente acontece, principalmente quando menos esperamos, quando vemos alguma imagem/cena que nos faça rememorar aquela lembrança e pensar: "nossa como foi/era bom!". E aí tudo acaba em outro pensamento: "pena que não tem como voltar atrás, que não tem como fazer tudo acontecer de novo". Querem a verdade do meu ponto de vista? Sim, aquelas lembranças nunca mais voltarão. Primeiro, sua idade é outra. Segundo, o momento da sua vida é outro. Terceiro, seus amigos podem não ser os mesmos e conseguir reunir os de "antigamente" é mais difícil do que se possa imaginar! Quarto, cada momento é único - sim é uma frase clichê mas que faz todo o sentido -, portanto é impossível, mesmo que tudo seja reproduzido como antes, sentir tudo do mesmo jeito, pelo contrário, provavelmente será mais uma lembrança guardada com carinho para te fazer sentir saudades depois...<br />
Agora, uma curiosidade que eu gosto dizer, também sem saber o porquê, na verdade, deve ser apenas aquele instinto patriota que insiste e persiste dentro de mim - mesmo perante tantas coisas que nos faça pensar justamente o contrário, infelizmente! Alguém aqui já sabia que a palavra saudade só existe no Brasil? Sim, o que não exclui o fato de o sentimento ser universal, acontece que nos outros países ela é chamada de outra forma, ou simplesmente não tem denominação própria, pode ser apenas um "I miss..." norte americano, traduzindo: "sinto falta...".<br />
Parece até que estou escrevendo como antes, misturando assuntos, começando de um jeito, terminando de outro, e sendo bastante informal. Será só saudades ou uma volta repentina ao verdadeiro jeito de ser? Não, creio que exagerei, meu jeito de ser é o mesmo, talvez com uns pequenos aperfeiçoamentos...nunca deixei de falar como antes, sempre falo, falo, falo, falo, falo, falo, falo, e falo mais um pouco até misturar todos os assuntos num só, aprontar confusões, provocar risadas, fazer intertexto com coisas "nada a ver", lembrar de uma música (isso sempre acontece, incrível!) ou de outra história e começar a contá-la também, porém o melhor é que no fim me entendo muito bem com todos e chego ao meu objetivo de falar o que queria a princípio, bom pelo menos é o que eu julgo acontecer!<br />
Talvez só me faltasse um pouco mais de força de vontade em me dedicar à escrita. Por várias vezes tenho vontade de escrever um conto, uma crônica, um desabafo, mas sempre paro diante de pequenos impasses ou até mesmo da preguiça...aaaah, essa é outra que foi inventada para atrapalhar a vida gente, na maioria das vezes. Preguiça é até bom, desde que seja naquele dia que você pode descansar, pode simplesmente acordar, comer, dormir de novo, acordar, comer, assistir um filme, ler um livro, comer, dormir e um ciclo vicioso se inicia...caso contrário, ela dá um trabalhão! Deixa-nos apáticos, cabisbaixos, cansados, pensando alto (ou seja, no que menos nos interessa), faz com que nos tornemos verdadeiros "enroladores", deixando tudo para depois. Ainda bem que a preguiça atinge a todos, se não, ficaria envergonhada ao dizer que por vezes deixo de escrever por pura e simples preguiça...tá, já estou envergonhada! Contudo, penso que a preguiça é apenas um pretexto para o que eu não quero admitir: a falta de inspiração, ou de vontade de pensar ('coisa' que para mim é um absurdo ter que admitir, mas já que a sinceridade também é um dos meus pontos fortes...). No fundo, tenho para mim que o que é bom mesmo é fazer aquilo que se tem vontade, não que seja sempre assim, porque nem dá né, mas fazer o que gostamos, quando queremos e podemos, realmente não tem preço, e quando não se tem vontade: "aah, deixa pra depois mesmo..." E como o blog não é algo obrigatório, é para me dar prazer (e tentar dar prazer aos outros, quem sabe de vez em quando eu consiga, ficaria até feliz), vale a máxima de se escrever o que eu quiser (dentro do politicamente correto, obviamente, o que não é problema para mim, uma pessoa exageradamente politicamente correta, rsrs), quando quiser. Espero que com você aconteça o mesmo, afinal, nada melhor do que ter liberdade para viver!<br />
Estou "sentindo" que falei demais, misturei assuntos e agora estou encalhada de pensamentos aqui, sem saber como terminar um post que começa falando da vontade de escrever, fala sobre saudade, em seguida sobre preguiça e termina com liberdade. Então, ainda bem que existe livre arbítrio e eu me permito usufruí-lo (tá, só às vezes...), portanto termino assim mesmo, como sempre terminei: simplesmente terminando (?). Apenas dizendo que a vontade de escrever voltou a florescer, que o fluxo de consciência continua o mesmo - até um pouco mais organizado - e que os sentimentos estão aí, para serem vividos, experimentados, alguns excluídos outros para serem vícios e quem sabe bem guardados...até mesmo porque, o que seria de nós, seres humanos, sem as memórias, sem as lembranças, não sei se já repararam, mas muitas vezes somos movidos por conta delas.<br />
Que tal um poema de João Cabral de Melo Neto, bastante sugestivo? Pois dessa vez termino com um poema, não com uma música ou um pensamento ou uma simples conclusão!<br />
<span class="Apple-style-span" style="background-color: white;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"></span></span><br />
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><b>A lição de poesia </b>- <b>João Cabral de Melo Neto</b></i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>1.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Toda a manhã consumida<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />como um sol imóvel<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />diante da folha em branco:<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />princípio do mundo, lua nova.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Já não podias desenhar<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />sequer uma linha;<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />um nome, sequer uma flor<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />desabrochava no verão da mesa:</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>nem no meio-dia iluminado,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />cada dia comprado,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />do papel, que pode aceitar,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />contudo, qualquer mundo.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>2.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>A noite inteira o poeta<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />em sua mesa, tentando<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />salvar da morte os monstros<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />germinados em seu tinteiro.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Monstros, bichos, fantasmas<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />de palavras, circulando,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />urinando sobre o papel,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />sujando-o com seu carvão.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Carvão de lápis, carvão<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />da idéia fixa, carvão<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />da emoção extinta, carvão<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />consumido nos sonhos.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>3.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>A luta branca sobre o papel<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />que o poeta evita,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />luta branca onde corre o sangue<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />de suas veias de água salgada.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>A física do susto percebida<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />entre os gestos diários;<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />susto das coisas jamais pousadas<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />porém imóveis - naturezas vivas.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>E as vinte palavras recolhidas<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />as águas salgadas do poeta<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />e de que se servirá o poeta<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />em sua máquina útil.</i></span></div>
<div style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; line-height: 18px; padding-bottom: 6px; padding-left: 6px; padding-right: 6px; padding-top: 6px;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i>Vinte palavras sempre as mesmas<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />de que conhece o funcionamento,<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />a evaporação, a densidade<br style="border-bottom-width: 0px; border-color: initial; border-left-width: 0px; border-right-width: 0px; border-style: initial; border-top-width: 0px; height: 0px; line-height: 0px; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; padding-bottom: 0px; padding-left: 0px; padding-right: 0px; padding-top: 0px; top: 0px;" />menor que a do ar.</i></span></div>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-56380890807087539832011-10-09T18:19:00.001-03:002011-10-09T18:22:03.832-03:00Entre escolhas e aprendizadosConsequência de uma pausa...<br />
Hoje irei publicar mais uma redação minha, a pedido de uma amiga muito especial, não é Manu?! *-*<br />
Um dia ainda irei reunir todas as minhas redações espalhadas por aí e começar a publicar por aqui, quem sabe ajude alguns estudantes país afora...agora já passei, não preciso me preocupar com concorrentes! hahaha<br />
<br />
Tema: "Considerando o contexto social em que vivemos, é possível..." - - desculpa pessoal, mas o resto eu não anotei e não lembro agora...se alguém aí do cursinho ler e souber, deixa nos comentários por favor. Ah! É a proposta 02 do segundo semestre!<br />
<br />
***<br />
<br />
Todos nós, algum dia, já passamos por momentos difíceis, de conflitos, dúvidas, cansaço e desejamos "jogar tudo pro ar". É inerente ao ser humano a ânsia pela liberdade, pelo livre arbítrio, portanto, cabe a cada um deixar-se agir pelas vontades da mente - ou dos impulsos - e arcar com as possíveis consequências. São Francisco de Assis, por exemplo, foi capaz de abandonar tudo o que tinha, inclusive o conforto de casa e o amor da família, para passar grande parte de sua vida vagando pelas cidades disseminando as palavras de Deus. Assim como São Francisco, diariamente temos o poder e a chance de escolhermos como queremos viver, seja pela vida inteira, seja para as próximas 24 horas. No entanto, devemos estar cientes de que o livre arbítrio serve tanto ao bem quanto ao mal, e basta fazermos uma única escolha errada para sofrermos pelo resto de nossas vidas; desse modo, nada mais saudável do que estar em equilíbrio física e psicologicamente.<br />
<br />
Com o advento de novas tecnologias e da globalização o mundo nunca esteve tão conectado quanto nos dias atuais. Através da internet e das redes sociais é possível manter contato com pessoas de qualquer parte do globo, bem como compartilhar desde fatos cotidianos aos mais inesperados. Sendo assim, é cada vez mais difícil nos desligarmos desse meio de comunicação, até mesmo porque ele já está integrado ao nosso dia-a-dia e aos nossos afazeres. É possível, ainda, que o distanciamento dessas conexões comprometam não só o futuro do indivíduo como também de toda a sociedade, visto que há um enorme fluxo de informações e utilidades diretamente relacionadas a esse método de contato, tornando-nos completamente dependentes desses equipamentos, o que a terceira revolução industrial nos comprova.<br />
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Um dos principais conflitos da sociedade moderna é o tempo. Mesmo com todo o aparato tecnológico criado com o intuito de otimizar nosso tempo, tornando nossas vidas mais práticas, e os inúmeros livros de auto-ajuda, muitos reclamam da "falta de tempo", o que pode ser traduzido como um sinal de que a cada dia nos tornamos mais escravos de imposições - por parte de familiares, relacionamentos ou nós mesmos. O problema é que grande parte do que nos é imposto fere nosso princípio de livre escolha, causando prejuízos ao nosso bem estar e convivência em sociedade. O filme "Antes que termine o dia" nos ilustra as diferentes interações do homem com o tempo. O protagonista, Ian, abdica de sua vida pessoal para se dedicar ao trabalho, ao contrário de sua namorada, Samantha, que está voltada para as relações pessoais; diante de tal conflito, Ian tem a chance de voltar no tempo e fazer escolhas diferentes - sabendo que ao findar do dia irão se separar - quando decide se dedicar totalmente à felicidade da amada, e percebe que também foi um dos dias mais felizes da vida dele. Portanto, é perceptível que somos nós que construímos nossas vidas e trilhamos nossos caminhos, a cada escolha feita ou "sim" ou "não" respondidos, de forma que torna-se impossível a existência de receitas prontas para o alcance da felicidade e do equilíbrio. Devemos considerar que nossa relação com o tempo é imprescindível à nossa formação, então, é preciso aprender a lidar com ele, ousando, experimentando, sentindo, vivendo e, principalmente, de forma que não haja dúvidas ou arrependimentos, pois o hoje será o passado repleto de recordações de um amanhã misterioso.<br />
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O músico Gonzaguinha, em sua célebre música "O que é, o que é?" já nos dizia como é belo ser um eterno aprendiz, além de que "somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser". Dessa forma, a música ratifica e reitera nossa realidade, na qual somos a consequência das nossas escolhas. Se a vida não está de acordo com os planejamentos, porque tememos às mudanças? O fato é que com o passar do tempo ficamos acomodados e resignados. Então, até que ponto podemos abdicar dos nossos sonhos, ou melhor, será que podemos esquece-los? De qualquer forma, não existe jeito certo ou errado de viver, mas existe o jeito próprio, de cada pessoa enfrentar a realidade que a cerca. É necessário termos conhecimento de que um dos fatores mais importante é viver o essencial que nos faça felizes e o bastante que nos faça completos, desconsiderando esteriótipos e críticas, que sempre irão existir, independente da decisão tomada. É certo que a ideia de "carpe diem" é muito atrativa, no entanto em nosso contexto social torna-se praticamente uma utopia, visto que todos temos responsabilidades a serem cumpridas. Dessa maneira, é possível apreender que vivemos entre escolhas e aprendizados diários que levaremos sempre conosco, alimentando a necessidade de equilíbrio, para que as recordações sejam boas o bastante para serem rememoradas com satisfação e para que o balanço final da vida seja positivo; e o autoconhecimento é a chave para melhores escolhas.Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-91130247261323952912011-10-05T19:47:00.000-03:002011-10-05T19:47:06.976-03:00Novidade!Consequência de uma pausa...<br />
A maioria aqui sabe que eu não gosto muito de me expor, apesar do modelo inicial do blog. Faço o possível para preservar a mim e a minha família. Entretanto, nesse final de semana passei por ótimas, inexplicáveis, indescritíveis experiências e sentimentos, não só porque passei no vestibular, mas porque pude compartilhar com minha família e com meus amigos um momento único na minha vida. Entremeio a esses momentos algumas pérolas do meu irmão mais novo tiveram grande repercussão, e por inúmeras vezes comentamos que devíamos anotar, arquivar, gravar algumas das coisas que ele diz, para que não se perdesse no tempo, até mesmo porque, ninguém tem memória boa o bastante para arquivar tantas gracinhas! Na verdade, muitas delas já se perderam...<br />
Sendo assim, decidi que ia começar a publicar algumas dessas pérolas por aqui, para que fiquem guardadas e também para que possam alegrar ou surpreender os que por aqui passarem. Não é porque sou a irmã não, mas meu irmão, desde quando começou a falar já surpreendia a todos com sua inteligência, seu jeitinho de ser e agir, deixando a família, é claro, orgulhosa. As primeiras frases já eram no plural, cheia de concordâncias, o que deixava os vários educadores que conhecíamos admirados. A espontaneidade, em dizer o que pensa, o que sabe, o que conhece até mesmo sobre assuntos "de adultos", deixam as pessoas boquiabertas. Enfim, como criança ele tem todas as características de qualquer uma, mas, como dizem algumas pessoas, as características próprias, específicas dele, tal como a inteligência, é que surpreendem, são marcante e deixam a todos vislumbrados.<br />
Vou começar pela mais recente...<br />
No penúltimo final de semana, enquanto andavam pelos pastos da fazenda, meu pai disse que precisava ir olhar uma coisa e que ele podia ficar esperando no local em que estavam, ou seja, meu irmão ia ter que ficar um pouquinho sozinho. Eis que ele encontra uma pena no chão, ao seu lado, a pega e diz para nosso pai: <b>"pai, se o senhor voltar e encontrar só a pena aqui, é porque a onça me comeu!" </b>Naquele momento, imagino que muita coisa deve ter passado pela mente hiperativa dele (eu sei bem o que é ter mente hiperativa, ele teve a quem puxar!), inclusive as histórias de animais e principalmente a das onças; tudo num piscar de olhos, como se fosse uma coisa absolutamente natural e normal.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbzmbsWK-fDvNagiZc6mGNzPjl2LO2b21NmxsXxmtkBOLdzEZxEyWrhNaTFXBxqGfwGBIrxpoygkCDyD8E9pn7uJOunczEyLdmC2KbnS1rzzodGVBjIhSqHy0l-6qDUodfyINK4tSRpks/s1600/Penas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbzmbsWK-fDvNagiZc6mGNzPjl2LO2b21NmxsXxmtkBOLdzEZxEyWrhNaTFXBxqGfwGBIrxpoygkCDyD8E9pn7uJOunczEyLdmC2KbnS1rzzodGVBjIhSqHy0l-6qDUodfyINK4tSRpks/s320/Penas.jpg" width="320" /></a></div>
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Como é a inauguração desse assunto de postagem, vou deixar outra história...<br />
Meu irmão mais velho está prestes a se formar, em janeiro temos festa! E ele namora firme com uma mulher que toda a família gosta e admira, que curte as mesmas coisas de todos nós, e meu irmão mais novo adora ela, anda com ela pra todo lado, conversa até falar chega (se bem que isso não é difícil pra ele, tagarela que só vendo - e cansando! haha), fica no encalço mesmo. E, diante da formatura do nosso irmão mais velho ele vira pra nossa mãe e diz, como quem não quer nada, como se fosse tudo normal, na verdade, ele dizia isso enquanto tomava banho: <b>"é mãe, agora, o Felipe vai formar, depois de uns 5 meses vai casar, ter um filho..."</b> Minha mãe responde: "nossa Artur, será?! Aí você vai pra escola, vai sair na rua e todo mundo vai falar: <b>'olha lá o tio Artur, o titio, titio Artur!'.</b> Resposta instantânea: <b>"Aaaah nãão! Então ele pode casar só daqui 5 anos!"</b> - Como quem diz: "eu ainda sou muito novo pra ser tio e vou ser motivo de zombação!" hahaha - - E outro fato interessante é que o banheiro, para ele, é um local especial, nunca vi ter tanta ideia e tantas tiradas nesse tipo de situação...sem contar que ele não consegue ficar calado, portanto, não consegue ficar sozinho, sem ter alguém pra conversar, daí o fato de sempre ter que ter alguém esperando do lado de fora, ou conversando por gritos! hahaha<br />
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Talvez muitos achem sem graça, mas, acontece que é impossível passar através da internet a entonação de voz, o jeito dele pra vocês, entretanto, podem ter a certeza de que quem o conhece, além de nunca mais esquece-lo, dá boas risadas na companhia do mesmo!<br />
Ótimo término de semana a todos!Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-7051315857078846272011-10-03T11:48:00.002-03:002011-10-03T11:55:02.649-03:00Notícia Boa: PASSEI!Consequência de uma pausa...<br />
Finalmente venho lhes trazer boas novas! Já era tempo, não é mesmo?! Pois então, declaro para todos os fins que às 2h da madrugada do dia 30/09 recebi a notícia de que tinha sido aprovada para MEDICINA nos dois vestibulares da UNIFENAS, ou seja, passei nas duas provas que tinha feito, e agora ainda posso escolher entre os 2 campus. Ainda tenho dúvidas: Alfenas ou BH? Bom, sobre isso eu deixo para conversar mais tarde, no momento, apenas quero compartilhar a minha FELICIDADE ABSURDA - que não cabe só em mim - com vocês, meus leitores, apreciadores e, por que não, amigos e conselheiros!<br />
Fica a dica de que nunca vale a pena abandonar nossos sonhos, desanimar ou desistir. Tenham a certeza de que é melhor perseverar e ter esperanças, porque quem quer, consegue! Lógico que às vezes é difícil, dá uma vontade enorme de jogar tudo para o alto, de chutar o pau da barraca, mas, são perrengues que nos engrandecem, que aumentam nosso conhecimento e experiência de vida, não é bom, no entanto, também é importante passarmos por momentos assim...posso dizer que aprendi bastante nesses 2 anos de cursinho, adquiri uma experiência de vida enorme, conheci inúmeras pessoas maravilhosas e amadureci bastante.<br />
Como muitos sabem, o início do blog aconteceu como uma válvula de escape para meus tormentos durante todo esse processo. Com o tempo fui diminuindo os desabafos e compartilhando outras coisas, outras informações, outros textos, mas, nunca me esqueci o principal motivo de o blog ter surgido na minha vida. E fico muito feliz por um dia ter tomado a decisão de criá-lo, afinal, ele também contribuiu para que eu atingisse meu objetivo principal dessa etapa da vida, e junto dele vieram algumas pessoas únicas e especiais, com dicas, conselhos, informações, apoio, força, experiência, que, com certeza, também contribuíram. Enfim, gostaria de agradecer a todos que um dia me levantaram, me fizeram sorrir e chorar, me apoiaram, me deram forças, confiaram em mim e sempre deixaram boas energias se propagando por aqui!<br />
Compartilho com vocês esse momento de pura alegria, e espero que muitos outros eu ainda possa compartilhar. Como também espero que essas sejam apenas as primeiras vitórias de muitas que estão por vir, afinal, tenho mais uns 5 vestibulares para prestar! Foi um post feito às pressas, então relevem qualquer coisa, vale o intuito e a felicidade! Um enorme abraço e muitas bençãos a todos!<br />
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Fica a dica:<br />
<b>Não Deixe de Sonhar</b> - Chimarruts<br />
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<div class="tab_original sideBySide lyricArea originalOnly" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11px;">
<span class="Apple-style-span" style="background-color: #001317;"><span class="editable_area" itemprop="description"><br /></span></span></div>
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<div class="tab_original sideBySide lyricArea originalOnly">
<span class="editable_area" itemprop="description"><i><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se alguém te encontrar e perguntar por mim<br />Pode dizer que eu vim pra falar o que ninguém mais<br />fala e não quer acreditar<br />Quando ouvir alguém dizer que já não sonha mais é bom<br />saber rapaz que é capaz de morrer<br />Que não tem esperança e não quer fazer nascer.<br /><br />Preste atenção não abra mão dos próprios sonhos<br />Não tem perdão,não deixe de sonhar<br />Não deixe de sorrir pois não vai encontrar quem vá</span><br /><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;">sorrir por ti.</span></i></span></div>
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<span class="editable_area" itemprop="description"><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif;"><br /></span></span></i></span></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: arial, sans-serif; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></span>Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2005136143016445089.post-31053010787965816132011-09-27T19:00:00.000-03:002011-09-27T19:01:52.812-03:00Quase uma volta ao passadoConsequência de uma pausa...<br />
Acredito que já há algum tempo não falo sobre mim, sobre minhas impressões, sobre meus olhares e, principalmente, sobre o vestibular. Acontece que quando criei o blog meu intuito era apenas desabafar, ter um local para poder derramar tudo o que eu pensava. Pessoas que tem mente hiperativa tal como eu sabem como é difícil manter controle em algumas situações, e eu precisava simplesmente despejar tudo o que me afligia, tudo o que perpassava pela minha mente, e assim também me desfazer de alguns conteúdos ocupando lugar no meu cérebro. Então, quando tudo começou, eu usava o blog simplesmente para mostrar um pouco de mim...entretanto, como eu tinha feito tudo num segundo de impulso, dei-me conta, depois, do quanto poderia ser perigoso falar sobre mim numa página que qualquer um poderia acessar e tirar informações que futuramente poderiam me prejudicar, diante desse receio diminui drasticamente os textos nos quais minhas impressões pessoais e minha vida eram expostas. Quem me acompanha há algum tempo sabe que eu falava bastante sobre mim, minha vida, minha família, não expunha tudo, nem totalmente, mas, de certa forma, era exposição. Depois, veio a célebre desculpa da falta de tempo, que também prejudicou o andamento do blog e facilitou a publicação de textos de outros autores. Enfim, acontece que hoje, me deu uma vontade enorme de escrever aqui, de dizer alguma coisa minha, que eu penso, que me pertence, e aqui estou...na verdade, não sei ao certo como sairá esse texto, porque na verdade, só sei da vontade de escrever, não sei o assunto da vontade, se é que me entendem...<br />
Uma ideia começa a passar pela minha cabeça, acho, inclusive, que eu estou errada quanto à falta de tempo, no fundo, o que me "desprendeu" do blog foi ter iniciado sessões de terapia com uma psicóloga. Sei que muitos devem estar pensando que eu sou realmente louca, que eu tenho problemas mentais, que estou surtando, ou sei lá, mas, muitos desconhecem o fato de que terapia é uma coisa natural - acho até que se todos fizessem acompanhamento psicológico o mundo seria bem melhor, sem contar que é uma forma de auto-conhecimento, de melhorar a qualidade de vida. Desde o meu terceiro ano do ensino médio, quando as pressões começaram e a vida adulta começou a me chamar, algumas pessoas pediam ou davam dicas para que eu fizesse a terapia, e eu, com toda minha máscara de auto-controle, dona de si, dona da verdade e etc, sempre recusava, até que dei-me conta do quanto eu precisava de apoio, pena que foi só 2 anos depois que eu reconheci algumas das minhas fraquezas...E eis que aparece uma super psicóloga na minha vida, então, acho que no fim, eu atribuía ao blog a função de terapia, e, quando eu reconheci o poder de sessões terapêuticas "de verdade", profissional, "meio que abandonei" o blog, afinal, supostamente ele foi substituído por uma profissional qualificada...<br />
A partir do momento em que eu descobri o poder da terapia, minha vida se transformou, lógico que tudo faz parte de um processo - que ainda está em andamento e é demorado - afinal, não é de um dia para o outro que ficamos conhecendo quem nós somos, e somos capazes de assimilar tudo para melhorar a qualidade de vida, as relações inter-pessoais, o modo como enxergamos as coisas e etc. E ainda descobri que a psicologia é uma área simplesmente magnífica, digna de ser estudada (como eu tenho feito na medida do possível, nas horas vagas e de lazer), diante disso sou a favor de que psicólogos tenham salários mais valorizados, e, imagina só se mais médicos trabalhassem em conjunto com psicólogos?!! Acredito que seria uma ótima forma de aperfeiçoar e até mesmo agilizar os tratamentos. Parto desse princípio até mesmo por experiência própria, visto que minha mãe, nutricionista, trabalha em conjunto com médicos e psicólogos, ajudando os obesos, os que estão com sobrepeso, os anoréxicos e bulímicos (não sei se é bulímicos o certo, bateu a dúvida...) a terem mais saúde e qualidade de vida. A psicologia é uma área que me encanta cada vez mais (confesso que só não encanta tanto quanto medicina...), e não me canso em dizer o que percebo todos os dias, que todos deveriam ter a oportunidade de ao menos experimentar uma sessão, principalmente se for um terapeuta corporal, porque mesmo nos olhando todos os dias através do espelho, podem ter certeza, não conhecemos nem um pouco do nosso corpo, e saibam, também, que nosso corpo diz muito sobre nós, sobre nossa personalidade.<br />
Para àqueles que ainda acham que eu sou louca, confesso que só fui capaz de ir atrás de apoio psicológico depois de não aguentar mais, depois de perceber que eu não conseguia mais progredir sozinha, depois que eu praticamente surtei, chorando constantemente, diga-se de passagem. Então, talvez eu seja realmente louca, até mesmo porque, como dizem por aí "de louco todo mundo tem um pouco", a diferença é que eu estou tentando contornar minhas loucuras, pior são os que estão aí, resignados, achando-se superiores aos outros, enganando-se com a ideia de que conseguem tudo sozinhos...o que dura até que uma crise ocorra! E, acreditem, para mim não foi fácil reconhecer essa necessidade, reconhecer que precisava de ajuda, bem como não é fácil falar abertamente, para qualquer um ler, que faço sessões de terapia, fazer o quê né, minha personalidade, não dá para ser mudada, mas dá para ser aperfeiçoada, dá para me transformar cada vez mais num verdadeiro ser humano e, quem sabe, fazer a diferença em alguma situação, em algumas vidas, já que mudar o mundo é difícil (não impossível!).<br />
Bom, devido a deterioração do tempo e a modificação do layout, nem sei mais se escrevi muito ou pouco, ou melhor, levando em consideração que eu sempre escrevo muito, acho que dessa vez foi até pouco. Não tenho esperanças de que através desse texto alguém se dê conta da necessidade e da importância que um psicólogo poderia ter em sua vida, acredito, inclusive, que muitos são equilibrados o bastante para conseguirem viver sem esse apoio. Escrevi apenas porque deu vontade, apenas para relatar algumas experiências, se ajudou alguém, fico feliz, se não foi dessa vez, fico feliz também, pois, apesar de tudo, consegui escrever hoje e nada mais fiz do que seguir minha intuição. Considero esse texto como uma volta ao passado, ao tempo em que eu abria a página em branco do blog e pensava: e então, sobre o que vou escrever hoje, o que tenho pra desabafar e me aliviar? Sabe aquele sentimento saudosista, aquela pequena coisa que acontece e te lembra algo do passado, aquela vontade de voltar no tempo...então, acho que isso aconteceu hoje...pode ser que seja a sensação de que agora, felizmente, meus sonhos estão perto de se tornarem realidade, se não fosse por isso, gostaria de voltar ao passado com a experiência de hoje...na real, quem nunca disse isso, não sofreu ou não passou por determinadas situações, não é mesmo?! De qualquer forma, estou me sentindo muito bem por ter deixado de lado um pouco os estudos e passado um tempinho por aqui, escrevendo, pensando, refletindo...<br />
E, como de costume, deixo aqui uma música que há muito gostaria de ter compartilhado com vocês, espero que gostem tanto quanto eu, porque eu não me canso de ouvi-la! A letra é linda "de morrer", o som é perfeito, o artista faz um ótimo e belo trabalho também. Se alguém quiser mais indicações de Marcelo Jeneci só me mandar um e-mail que eu responderei e indicarei algumas músicas com o maior prazer, na verdade, hoje em dia nem se usa mais isso né, "só por no google" - nesse caso, "só por no you tube", hahaha Ah, e a música também me ajuda nos dias mais difíceis, como já disse, a letra é simplesmente perfeita...(tá, vou parar com a "tietagem", isso cansa os outros, principalmente quem não gosta!)<br />
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Tenham uma ótima semana, muito feliz, mesmo que um dia ou outro seja mais difícil... ;)<br />
<br />Letícia Cunhahttp://www.blogger.com/profile/16184235083550433431noreply@blogger.com0