Ajudando a confusão total dos meus pensamentos se ordenarem – por enquanto apenas tentativa!
A difícil vivência do dia a dia está me sacrificando com acontecimentos ruins diários. Na última postagem delatei minha tristeza, com uma pontinha de tentativa de recuperação, com um pouco mais de alívio e compreensão. No entanto, aquele dia ainda me reservava notícias piores, o que tem a ver com o ENEM, mas não pretendo entrar em detalhes, pois já me chateei demais, desde o primeiro dia de provas (o que conto em detalhes mais tarde). Então, eis que desabo, literalmente, nada de compreensão, de alívio, mansidão, dessa vez até mesmo meu pai – que afirma não gostar de me deixar muito sozinha, porque segundo ele eu sofro mais – interveio. Foi um choro constante, contínuo, que parecia não ter fim, meio escondido entre os cabelos e as mãos, num canto de uma sala em que ninguém mais iria àquela hora da noite, visto que as mulheres da casa estavam assistindo ao penúltimo capítulo da novela Passione (a qual nem comento, pois essas novelas não merecem meu comentário, e sim, hoje acho que estou um “pouco” rebelde, se é que existe “meio” rebelde, rs), os homens estavam entretidos com futebol, comida e sei lá o quê mais e as crianças estavam procurando um jeito de se machucarem na rede (diga-se de passagem: mais uma vez) balançando desordenadamente, ou, de se sujarem depois do banho que as deixam parecendo gente outra vez, brincando de “homenzinhos” e outras invenções próprias da idade, já que da piscina já estavam cansadas e àquela hora da noite nem podiam mais. Dessa vez, consegui minha solidão até certo momento, ta certo, foi num péssimo dia, mas pelo menos essa “vitória” de alguns minutos eu consegui, rs. (Agora que eu reparei o quanto minha descrição ficou parecendo cena de filme, rsrs). Nesse dia chorei como se o mundo tivesse acabado para mim, como se a minha vida tivesse ganhado um ponto final, como se nada mais importasse, como se os meus sonhos tivessem que completamente permanecer no mundo das idéias, como se meu castelo de areia tivesse desmoronado. Não sou de xingar, acho horrível, feio, nojento, principalmente quando vejo meninas, ou mulheres, xingando, mas foi tão forte que eu o fiz. O ENEM simplesmente pôs fim no que restava de mim (já disse que eu sou dramática, mas, de certa forma, não deixa de ser verdade, as últimas esperanças sempre são últimas, e, sempre tem um fim, mesmo que não seja o que a gente espera). Sabe quando você já se sente no chão, e aí lembra: “do chão eu não passo”, mas recebe uma notícia, ouve uma frase inoportuna e percebe que isso cavou um buraco e lá você foi parar, mais no fundo ainda. Nessas horas você também se lembra dessa outra frase batida: “quando tudo está ruim, lembre-se, sempre pode piorar”, e confirma que é a mais simples e pura verdade. Tá bom, meu pai me acolheu, as frases ditas por ele foram as de sempre, o que já torna praticamente em vão, lógico, tem sempre um peso emocional no momento, só que depois passa (já virou rotina, rsrs). E fui dormir, fim. Fim? Nãããão...(Não, também não sou Adolph Klimber, mas aos poucos eu chego lá, kkk, credo! To longe daquele “sofrimento”, mas não me “abati” totalmente – gosto de evitar o verbo “abater”, já que ouço muito falar em abate de vaca, boi, porco nos frigoríficos, rsrs, não morri ainda, e foi o primeiro termo que veio a minha cabeça, como já disse, redijo tudo no ápice da vontade e conforme vou lembrando e pensando, por isso as coisas ficam meio confusas às vezes, como agora em que houve uma “fuga ao tema” enorme, rsrs). Na manhã seguinte, como se já não bastasse, chorei mais, e nada melhor para consolar do que uma música quando estamos fora do nosso território, do nosso campo de atuação, com muitas pessoas em volta (pessoas essas que se te vissem chorando, com toda a certeza do mundo, perguntariam o motivo, iriam espalhar aos outros, ficar preocupadas, etc, etc, etc, como ocorre em toda família, principalmente nas mais unidas, rs). E as primeiras a tocarem foram do Padre Fábio de Melo, preciso dizer o quanto mais chorei? As mensagens de “Não Foi Tua Culpa” e “O Caderno”, me fez refletir, refletir, refletir, e encharcar o travesseiro, mas, para variar, de nada adiantou, porque a dor e o sofrimento da realidade são maiores nos primeiros instantes, só depois de um tempo você vê que o que foi dito realmente é interessante e importante “levar para a vida” e fazer acontecer. Porém, também sabe o quanto é difícil tornar esses ensinamentos realidade na própria vida, do mesmo jeito que livros de autoajuda não ajudam quem não tem força de vontade. Ou seja, tudo na vida não passa de uma questão de força de vontade. Estou aprendendo isso.
Diante de tais relatos é claramente perceptível (não poderia passar sem falar mais uma frase clichê de redações, né?! rs) que tenho 99% de chances de voltar a uma sala de cursinho. Dessa vez, um cursinho diferente, já deu o que tinha que dar o local onde eu estudei desde um semestre do primeiro ano ao fim do terceiro e mais um ano de cursinho. Embora tenha vários motivos para lá permanecer, como o desconto da bolsa meritocrática que eu tenho, o nível da escola, a relação com os funcionários, professores e diretores, as relações de amizade, o querido e amável diretor Permínio, ainda prefiro mudar. Acredito que voltar para lá só se não houvesse alternativas, uma vez que também tenho outros tantos motivos para não permanecer, tais como enfrentar as mesmas aulas com os mesmos professores (alguns, inclusive, desde o primeiro ano), enfrentar a cara de pena de quem já te conhece e te vê no estabelecimento há 3 anos e meio pensando “ela aqui outra vez?!!”, enfrentar algumas pessoas da “MED 1A Sala 1” te olhando com olhar mortífero só porque você é concorrente, enfrentar essas mesmas pessoas dando a entender que são as melhores, a última Coca-Cola do deserto, a última bolacha do pacote, enfim, com todo sua prepotência e arrogância (estou ciente de que encontrarei pessoas desse mesmo jeito em outros locais e por toda a minha vida, mas pelo menos as caras mudariam, rs), enfrentar algumas desordenações, enfrentar aquele local, aquele espaço, aquelas salas que você freqüenta parece que já há uma eternidade, enfrentar as mesmas piadas sem graças do professores que nunca mudam o repertório. Infelizmente voltar para lá é ir de encontro à desmotivação.
Tem momentos na vida que exigem mudanças, esse é um que chegou para mim. Portanto, a partir de hoje, agora um pouco melhor e mais recuperada, estou passando por mudanças, interior e exteriormente falando. (Não, não pretendo fazer plásticas, mas sim voltar às corridas, talvez às danças e em última caso à academia – eu gosto bastante, mas anda tão caro, não tenho coragem de pagar em torno de R$150,00 para mais, para fazer 2 ou 3 dias de exercícios, sendo que tenho o ar livre com locais propícios para caminhadas, corridas e etc. rs). Agora sim, estou me libertando do ano de 2010. Mas sei que: “O pior dos castigos, para o qual só há pior no inferno, é a gente recordar. O passado te persegue como um cão perverso nos teus calcanhares. Não há dia claro, nem céu azul, nem esperança de futuro que resista aos assaltos das lembranças.” – isso nos dias ruins, e a partir de memórias ruins, caso contrário, tudo mil maravilhas! Também sei que de planejamentos no papel ninguém vive, por isso nem coloquei no papel propriamente dito. Eu sou a prova viva de que planejamentos tem tudo para dar errado. Deixei de fazer listinhas, com exceção das de livros e filmes para adquirir, e ler ou assistir depois que passar no vestibular ou quando tiver um tempinho sobrando - o que para mim é praticamente utopia, rs. Deixei de fazer planos a longo prazo, tais como o plano de passar no vestibular direto do terceiro ano, só não contava que iria escolher medicina, rs. Enfim, estou me sentindo pronta para enfrentar a vida novamente, com todos os seus indecifráveis desígnios perante a pequenez e fragilidade própria dos humanos, inclusive a mim.
Mais um motivo para essa “virada” e maior força de vontade foi o Guia Veja da última edição, a 2200, intitulada: “Faculdade particular ou mais um ano de cursinho?” Confirmei o que já sabia: resta-me mais um ano de cursinho. E lembrei-me também de que não estou sozinha nessa, como na própria reportagem foi afirmado sobre o vestibular da FUVEST, no qual foram 122.177 os que realizaram a segunda fase, desconsiderando os treineiros, apenas 10.652 terão sua vaga garantida na tão sonhada USP, ou seja, 9 em cada 10 candidatos terão que fazer outra alternativa, incluindo a matrícula em outras instituições, abandonar o barco ou o cursinho. Só não estou de acordo com o coordenador de vestibular do Anglo de São Paulo, Alberto Francisco do Nascimento, de que “o ideal é começar a faculdade até os 25 anos”. Deus me livre! Imagina passar praticamente uma vida inteira no cursinho?!! Pensa só, nas minhas condições, desde os 17 no cursinho até os 25, seriam 8 anos, o curso de medicina dura 6 anos, mais uns 4 de especialização. Não, quero isso pra minha vida não. Sei que dependem das circunstâncias, que, geralmente, em outros estados, a maioria dos estudantes termina o ensino médio mais velho e que talvez não tenha aquela disputa para ver quem aprova mais alunos que saíram direto do terceiro ano como existe em Goiânia. Foi visível a diferença, pelo menos nos meus locais de prova, das competições entre as escolas no Sul do país. Em Goiânia – digo sempre Goiânia porque é o maior centro dos cursinhos, dos estudantes em Goiás – há uma enorme competição entre as escolas, entre os cursinhos. Há casos de professores demitidos porque começaram a lecionar em concorrentes, ou, escolas que simplesmente impõem aos professores que eles só abram específicas nos seus estabelecimentos. Fora daqui, não vi casos parecidos, até deve existir, mas desconheço. E quanto a isso, acho tudo um grande absurdo, e sem mais comentários!
Virei à folhinha do calendário, assim, que 2011 comece! Ele é muito bem vindo, pois espero que ele esteja trazendo ótimas realizações e conquistas para mim e todos vocês – olha só, meu lado otimista me surpreendendo, eu que geralmente sou tão pessimista, mesmo nas melhores circunstâncias! Também né, se com 2 anos de cursinho eu não conseguir, não sei se me agüento – confesso, iria dizer coisas piores aqui, mas capaz que vocês me “condenariam”, rs – mas, ainda estarei dentro do prazo do meu pai, de 3 anos de cursinho, e olha que ele já está me fazendo a “lavagem cerebral” para que preste em faculdades particulares, se não fosse a “pequena” mensalidade que gira de R$4000,00 a R$8000,00 – reitero, esse gasto SÓ em mensalidade – queria taaaaaaaanto ter ganho na mega-sena da virada, ou qualquer outra, só para vocês terem noção, que se eu fosse depender de chute nas provas estava ferrada, não acertei sequer um (1) número da mega, incrível, feitos que só eu consigo! kkk
Bom, termino por aqui, acho que já escrevi o bastante. De qualquer forma, apesar de uma leve intoxicação alimentar – a qual também já estou acostumada, visto que meu sistema digestório é fraco e, vez ou outra, tenho esses transtornos, e que meu sistema imunológico anda baixo devido ao alto nível de estresse e a vida pouco saudável que ando levando – e desses transtornos emocionais, sinto-me melhor, produzindo meus textos de autoajuda (para atingir a mim mesma, um pouco contraditório do usual, mas acho que estou certa, afinal, estou ajudando a mim mesma produzindo textos, enfim, não vou me aprofundar nessas dúvidas superficiais!). Como a Teca já disse, as letras me fazem companhia! De uma certeza eu tenho, estou beeeeeeeeeeem mais aliviada!
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