quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dezembro

Consequência de uma pausa...
(Detalhe para o fato de que comecei a escrever esse texto há mais de quinze dias, sou o exemplo de muita coisa que digo abaixo, a verdade é que todos nós sempre temos o que melhorar e o que mudar, como também, o que continuar a fazer e aprimorar...)

Eis que chega o mês de dezembro. Acredito que não há quem não pare para pensar o que fez nesses últimos meses, ou deixou de fazer. É hábito pararmos um pouco para refletir, como também o é quando encontramos conhecidos e comentamos: "nossa, como o ano passou rápido, não é mesmo?", e todos são unânimes quanto à resposta: "sim, com toda certeza!". Os mais velhos ainda complementam dizendo: "parece que antigamente não passava tão rápido assim, quanto mais velho fico, mais rápido o tempo passa..." - invariavelmente com lamentação e tristeza estampadas no rosto, afinal, ninguém quer envelhecer "mais rápido do que antes".

Essa sensação de passagem do tempo ocorre porque cada vez mais deixamos de lado o que nos dá prazer - mesmo as coisas mais simples do dia-a-dia - para focarmos no que é necessidade e nem tão prazeroso como gostaríamos. Quem nunca deixou de ir a uma festa porque no outro dia tinha que trabalhar ou estudar? Será que não é possível irmos à festa, nos divertirmos um pouco, beber menos, comer menos e voltar mais cedo? Ou, por que tanto medo de enfiar o pé na jaca um dia ou outro? Lógico que todos nós temos nossas responsabilidades e devemos nos dedicar a elas, mas um dia ou outro que arriscarmos (na verdade, não é porque vamos a uma festa que devemos beber todas ou amanhecer, podemos nos divertir com mais moderação para estarmos inteiros e dispostos a assumir as responsabilidades no outro dia) não nos fará mal, como dizem por aí, "ninguém é de ferro"! Isso faz um sentido maior ainda quando vamos escolher nossa profissão, cada vez mais creio que realmente devemos optar pelo que mais se aproxima às nossas aptidões pessoais, ao nosso jeito, aos nossos planos, para podermos trabalhar mais felizes e não tornar uma obrigação o que deveríamos fazer com prazer e um sorriso no rosto - óbvio que, invariavelmente, ficamos cansados e temos vontade de jogar tudo para o ar, mas no fim, se for o que verdadeiramente gostamos, vamos voltar atrás e confirmar que é aquilo mesmo que queremos. E quanto aos idosos, conforme vão envelhecendo, vão perdendo um pouco dos sentidos, ficam um pouquinho mais surdos, não enxergam bem, os alimentos já não têm o mesmo sabor, os cheiros se confundem, os músculos fraquejam...dessa forma, o ato de viver torna-se complicado e a presença da morte mais próxima, às vezes a própria vida perde o sabor. Embora alguns consigam postergar um pouco seu fim, seja através da tecnologia, seja por meio de hábitos melhores,  seja por atitudes favorecedoras ao longo da vida ou, simplesmente, pela vontade, ânsia de viver, apenas isso: querer viver - o que eu acho mais bonito, além da naturalidade.

Aquela famosa desculpa da "correria cotidiana" também entra nos motivos de sensação de passagem do tempo. É trabalho, é estudo, é academia, é família, é obrigação, é responsabilidade, é dever, é isso, é aquilo, é aquilo outro... No fim, sempre temos do que nos lamentar...poderia ter estudado mais, ter dado maior atenção a algumas coisas ou pessoas, ter trabalhado menos, ter viajado mais, ter me esbaldado naquela festa, ter esquecido o regime naquele dia, ter feito mais regime, ter praticado exercícios físicos, ter amado mais, ter estressado menos, ter aproveitado aquela chance, etc. Mal percebemos que fazendo tudo, simultaneamente fazemos nada, afinal, distribuir nosso tempo de forma igualitária é impossível. Ao contrário, é possível nos dedicar mais àquilo que estamos fazendo, de forma que enquanto trabalhamos, vamos só trabalhar e só pensar nisso, enquanto estamos com a família, vamos viver aquele momento em função tão somente dela, sem pensar em outras coisas. Ou seja, é preciso otimizar o tempo que temos, proporcionando a nós mesmos uma vida mais prazerosa. Além disso, é incrível a capacidade que temos e toda a energia que perdemos nos lamentando, ao invés de pensarmos no que aconteceu de bom ou o quanto somos capazes de melhorar o que foi ruim.

Não sou muito a favor de planos, listas e coisas do tipo "para o ano que vem..." ou "no próximo ano..." ou "em 2012 vou...". Será mesmo que isso adianta? Acho que se adiantasse não seria necessário fazê-los todos os anos, até mesmo porque já saberíamos como agir com base no último. A verdade é que cada momento é único, não tem como prever o que vai acontecer, de forma que não é possível adiantar como iremos agir - antes de tudo, é preciso nos conhecer um pouco mais, ir a fundo dentro de nós mesmos. Obviamente que sempre temos o que melhorar, o que "arrancar" de nós, o que fazer, o que deixar de fazer...mas tudo isso podemos fazer a qualquer momento - basta querer! -, as promessas não são necessárias em todos os finais de ano. Quem nunca fez promessas e listas e mais listas para o próximo ano? Agora eu pergunto: quantas você conseguiu cumprir satisfatoriamente? Difícil não é? Acho, inclusive, que isso nos deixa pior, pela pressão ou obrigação de ter que cumprir todos aqueles planos, alguns até mesmo frutos de pura ilusão e utopia. Com certeza tem o lado que diz que é necessário traçar metas e planos, no entanto, isso não se refere à todas as áreas da vida, muito menos a todos os momentos.

Dessa forma, creio que o único pedido que tenho a fazer para 2012 se resume em uma única palavra: equilíbrio. Quando se tem equilíbrio nos relacionamentos, na área financeira, na profissão, tudo se encaminha como deve ser. Por vezes alguns obstáculos aparecerão, mas, se estivermos focados e nos conhecermos bem, teremos força o suficiente para nos desviarmos ou enfrentá-los. Além de tudo isso, temos que ter em mente o poder da espiritualidade, em seu sentido amplo. Seja você protestante, católico apostólico romano, católico ortodóxico, espírita, budista, islamista, umbandista...não importa a religião, o que é interessante, nesse caso, é estar de bem com quem você acredita ser o "Ser Supremo", compreender sua alma e a alma do próximo, praticar o bem, seguir uma vida de paz, harmonia, equilíbrio e bem estar. Acho de extrema importância nos conectarmos com o que acreditamos, com aquele que cremos existir, com aquele que rege nossas vidas e possui capacidades extraordinárias, principalmente de fazer o bem independente de qualquer outra coisa. Apesar de muito estressada, ansiosa, nervosa e coisas do gênero, existe um lado dentro de mim que expressa o oposto, gosta muito de deixar algumas coisas acontecerem naturalmente, acredito no poder do tempo e creio em Deus e suas "façanhas". De modo que fazer listas não adiantam muita coisa, já que no fim, sempre vou "deixando a vida me levar", vivo bastante o presente (sem me esquecer das lembranças do passado e dos meus objetivos para o futuro).

Como é fácil falar, né?! Bom seria se soubéssemos um jeito de fazer tudo perfeito, porque a prática, ó céus, como suga nossas energias! Mas, se não tentarmos, não experimentarmos mudanças e aprimoramentos, o tempo passa, o mundo a sua volta se transforma, e você permanece, parado no tempo, no espaço, nos sentimentos, na vida. E o que resta? A lamentação ou inquietude (principalmente dos que estão ao seu redor) de estar no presente e viver no passado. Ao mesmo tempo, penso que se tudo fosse perfeito nada teria a mesma graça, seria tudo muito certinho, no lugar, e assim não haveria espaço para fatos bizarros, engraçados, inesperados, surpresas, vitórias e derrotas, como iríamos aprender, adquirir conhecimento e experiência ao longo da vida? De qualquer forma, como a perfeição é algo inalcançável (e como eu sofro por isso, pois confesso que às vezes a minha busca pela perfeição é algo surpreendente!), vamos lutando dia-a-dia para sermos melhores. Se não deu hoje, quem sabe amanhã, afinal, a vida segue! Os planos, as metas, os objetivos existem dentro de nós e devemos fazer o possível para alcançá-los e nos sentirmos inteiros, completos, porém, por que deixar para 2012? Vamos fazer hoje, agora, que tal, vai arriscar? Vamos ser um pouco mais ousados e ter mais coragem! Como disse no início, o tempo passa e, pior, cada vez mais rápido, então, não vamos desperdiçar o tempo que temos hoje, até mesmo porque a saudade é um sentimento sempre presente em nossas vidas - e saudável -, de maneira que seria bem melhor sentir saudade do passado, ao contrário de arrependimento ou más lembranças.

Embora o texto do vídeo não pertença à Clarice Lispector, e sim à Maria Eugênia de Viveiros, é muito bonito, não perde o brilho. (Como hoje em dia está confusa essa história de autores e suas citações, frases, textos, crônicas, não é mesmo?)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Música, simples!

Consequência de uma pausa...
A maioria da pessoas que me visitam já devem saber ou ter percebido o quanto a música é importante e faz parte da minha vida. Não que eu saiba tocar algum instrumento ou tenha algum dom artístico, pelo contrário, infelizmente não tenho, nem entendo a fundo técnicas e afins. Mas, acredito que entendo de música que me agrada, faz bem, ajuda, levanta, faz dançar, pular, cantar, gritar, chorar, sorrir, viajar, pensar, imaginar, sonhar, que embala gerações, pessoas, momentos, que marca datas, histórias, enfim, se isso for entender de música, sou uma expert no assunto!
Hoje, como na maioria das vezes, não sei ao certo o porquê, me deu uma vontade enorme de compartilhar algumas músicas com vocês. E, como sempre deixo claro, lógico que gostaria de agradar a todos, no entanto nem tudo é possível, e como as pessoas dizem "gosto não se discute"! Só espero que através da música mais corações sejam tocados, mais pessoas apreciem essa arte maravilhosa, digna de um incentivo maior, principalmente aos que estão no início da carreira, tem produção independente e talento enorme, para dar e vender (eu compro na hora!).
A música é capaz de realizar trabalhos fantásticos nas vidas das pessoas, tanto é que a musicoterapia está aí para nos provar. Nas nossas vidas existem momentos e momentos, e pode ter certeza de que na maioria deles a música fará parte, contribuirá de alguma forma, seja para te deixar lá embaixo, seja para deixar lá em cima...a arte é assim, tem para todos os gostos e faz parte do mundo para que cada um retire dela um pouco para si. Tenho a certeza de que os sentimentos são universais, o diferencial é a maneira, a intensidade, como sentimos, o contexto e a forma como agimos diante deles, afinal, quem nunca sentiu saudades, se apaixonou, ficou com raiva, se estressou, teve momentos depressivos e etc? A música é capaz de marcar cada um desses momentos, cada um desses sentimentos, de uma forma peculiar, que na verdade só o autor é capaz de descrever o que o levou e o sentimento que embalava ao escrever tal letra, ao criar tal melodia, isso se for possível, porque muitas vezes, nem eles entendem: 'apenas inspiração...' Aaah! Como eu gostaria de ter inspiração fácil assim, ou de forma que possa ser traduzida numa música "perfeita"! Concluindo, a música é para ser vivida, experimentada, sentida, apreciada e guardada. Nada melhor do que ficar ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo, ouvindo...até não poder mais ou até cansar - se isso for possível - ou, ainda, até relaxar, desestressar, encontrar a resposta que procurava!
Num momento de "nada a se fazer" e em busca de algo novo, fiquei futricando nos mais variados sites, pois encontrei músicas antigas, novas, meio-termos...revivi o passado, refleti o presente e sonhei com o futuro! Um dos videos - que é uma música linda e de alta qualidade, muito boa mesmo - é o novo trabalho da cantora Pitty, uma parceria que rendeu uma banda e um disco lindo, para quem não conhece, vale a pena conhecer a Agridoce (http://www.agridoce.net/).

Outro som que vale a pena conferir é uma doce canção do Chico, aquele lindo de olhos azuis brilhantes e penetrantes!


Chega de música?! WTF??!! hahaha Para quem gosta de um som mais alternativo (em relação aos de cima), diferente e até divertido, por que não ouvir Soulstripper?! Sem contar que o video postado abaixo a interpretação das crianças é uma graça!

Pois é, acho que por hoje chega, até mesmo porque ainda tem gente que vai trabalhar, estudar, praticar exercícios...na próxima vou tentar fazer um texto mais conciso e algumas músicas para meditação, mais tarde explico mais! ;) Um ótimo final de semana a todos e que a próxima semana seja muito abençoada!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Escrever, apenas

Consequência de uma pausa...
Não sei o porquê, nem o quê, nem pra quê, nem como, mas hoje me deu uma vontade enorme de escrever. Deve ser saudades daqueles tempos em que eu simplesmente deixava tudo aflorar, em que os sentimentos vinham, literalmente, à flor da pele, em que mesmo sem tempo eu dava um jeito de arrumar algum só para não deixar o blog às mínguas, em que era fácil fazer apenas um fluxo de consciência com minhas opiniões e rapidamente publicá-lo sem nem pensar muito...ê saudades, não tem como, ela sempre vai estar presente em nossas vidas, seja para nos trazer boas lembranças, seja para nos alertar para o modo como estamos levando nossas vidas ou seja apenas para senti-la, assim, tão dentro de nós, às vezes mais perturbadora do que gostaríamos, por outras tão singela que dá até vontade de não expulsá-la de nós, talvez para nos fazer sofrer um pouco, afinal, que importância tem, se só sentimos saudades do que foi bom, não é mesmo? Acho até que saudade é um dos sentimentos mais verdadeiros, porque ela simplesmente acontece, principalmente quando menos esperamos, quando vemos alguma imagem/cena que nos faça rememorar aquela lembrança e pensar: "nossa como foi/era bom!". E aí tudo acaba em outro pensamento: "pena que não tem como voltar atrás, que não tem como fazer tudo acontecer de novo". Querem a verdade do meu ponto de vista? Sim, aquelas lembranças nunca mais voltarão. Primeiro, sua idade é outra. Segundo, o momento da sua vida é outro. Terceiro, seus amigos podem não ser os mesmos e conseguir reunir os de "antigamente" é mais difícil do que se possa imaginar! Quarto, cada momento é único - sim é uma frase clichê mas que faz todo o sentido -, portanto é impossível, mesmo que tudo seja reproduzido como antes, sentir tudo do mesmo jeito, pelo contrário, provavelmente será mais uma lembrança guardada com carinho para te fazer sentir saudades depois...
Agora, uma curiosidade que eu gosto dizer, também sem saber o porquê, na verdade, deve ser apenas aquele instinto patriota que insiste e persiste dentro de mim - mesmo perante tantas coisas que nos faça pensar justamente o contrário, infelizmente! Alguém aqui já sabia que a palavra saudade só existe no Brasil? Sim, o que não exclui o fato de o sentimento ser universal, acontece que nos outros países ela é chamada de outra forma, ou simplesmente não tem denominação própria, pode ser apenas um "I miss..." norte americano, traduzindo: "sinto falta...".
Parece até que estou escrevendo como antes, misturando assuntos, começando de um jeito, terminando de outro, e sendo bastante informal. Será só saudades ou uma volta repentina ao verdadeiro jeito de ser? Não, creio que exagerei, meu jeito de ser é o mesmo, talvez com uns pequenos aperfeiçoamentos...nunca deixei de falar como antes, sempre falo, falo, falo, falo, falo, falo, falo, e falo mais um pouco até misturar todos os assuntos num só, aprontar confusões, provocar risadas, fazer intertexto com coisas "nada a ver", lembrar de uma música (isso sempre acontece, incrível!) ou de outra história e começar a contá-la também, porém o melhor é que no fim me entendo muito bem com todos e chego ao meu objetivo de falar o que queria a princípio, bom pelo menos é o que eu julgo acontecer!
Talvez só me faltasse um pouco mais de força de vontade em me dedicar à escrita. Por várias vezes tenho vontade de escrever um conto, uma crônica, um desabafo, mas sempre paro diante de pequenos impasses ou até mesmo da preguiça...aaaah, essa é outra que foi inventada para atrapalhar a vida gente, na maioria das vezes. Preguiça é até bom, desde que seja naquele dia que você pode descansar, pode simplesmente acordar, comer, dormir de novo, acordar, comer, assistir um filme, ler um livro, comer, dormir e um ciclo vicioso se inicia...caso contrário, ela dá um trabalhão! Deixa-nos apáticos, cabisbaixos, cansados, pensando alto (ou seja, no que menos nos interessa), faz com que nos tornemos verdadeiros "enroladores", deixando tudo para depois. Ainda bem que a preguiça atinge a todos, se não, ficaria envergonhada ao dizer que por vezes deixo de escrever por pura e simples preguiça...tá, já estou envergonhada! Contudo, penso que a preguiça é apenas um pretexto para o que eu não quero admitir: a falta de inspiração, ou de vontade de pensar ('coisa' que para mim é um absurdo ter que admitir, mas já que a sinceridade também é um dos meus pontos fortes...). No fundo, tenho para mim que o que é bom mesmo é fazer aquilo que se tem vontade, não que seja sempre assim, porque nem dá né, mas fazer o que gostamos, quando queremos e podemos, realmente não tem preço, e quando não se tem vontade: "aah, deixa pra depois mesmo..." E como o blog não é algo obrigatório, é para me dar prazer (e tentar dar prazer aos outros, quem sabe de vez em quando eu consiga, ficaria até feliz), vale a máxima de se escrever o que eu quiser (dentro do politicamente correto, obviamente, o que não é problema para mim, uma pessoa exageradamente politicamente correta, rsrs), quando quiser. Espero que com você aconteça o mesmo, afinal, nada melhor do que ter liberdade para viver!
Estou "sentindo" que falei demais, misturei assuntos e agora estou encalhada de pensamentos aqui, sem saber como terminar um post que começa falando da vontade de escrever, fala sobre saudade, em seguida sobre preguiça e termina com liberdade. Então, ainda bem que existe livre arbítrio e eu me permito usufruí-lo (tá, só às vezes...), portanto termino assim mesmo, como sempre terminei: simplesmente terminando (?). Apenas dizendo que a vontade de escrever voltou a florescer, que o fluxo de consciência continua o mesmo - até um pouco mais organizado - e que os sentimentos estão aí, para serem vividos, experimentados, alguns excluídos outros para serem vícios e quem sabe bem guardados...até mesmo porque, o que seria de nós, seres humanos, sem as memórias, sem as lembranças, não sei se já repararam, mas muitas vezes somos movidos por conta delas.
Que tal um poema de João Cabral de Melo Neto, bastante sugestivo? Pois dessa vez termino com um poema, não com uma música ou um pensamento ou uma simples conclusão!

A lição de poesia - João Cabral de Melo Neto
1.
Toda a manhã consumida
como um sol imóvel
diante da folha em branco:
princípio do mundo, lua nova.
Já não podias desenhar
sequer uma linha;
um nome, sequer uma flor
desabrochava no verão da mesa:
nem no meio-dia iluminado,
cada dia comprado,
do papel, que pode aceitar,
contudo, qualquer mundo.
2.
A noite inteira o poeta
em sua mesa, tentando
salvar da morte os monstros
germinados em seu tinteiro.
Monstros, bichos, fantasmas
de palavras, circulando,
urinando sobre o papel,
sujando-o com seu carvão.
Carvão de lápis, carvão
da idéia fixa, carvão
da emoção extinta, carvão
consumido nos sonhos.
3.
A luta branca sobre o papel
que o poeta evita,
luta branca onde corre o sangue
de suas veias de água salgada.
A física do susto percebida
entre os gestos diários;
susto das coisas jamais pousadas
porém imóveis - naturezas vivas.
E as vinte palavras recolhidas
as águas salgadas do poeta
e de que se servirá o poeta
em sua máquina útil.
Vinte palavras sempre as mesmas
de que conhece o funcionamento,
a evaporação, a densidade
menor que a do ar.

domingo, 9 de outubro de 2011

Entre escolhas e aprendizados

Consequência de uma pausa...
Hoje irei publicar mais uma redação minha, a pedido de uma amiga muito especial, não é Manu?! *-*
Um dia ainda irei reunir todas as minhas redações espalhadas por aí e começar a publicar por aqui, quem sabe ajude alguns estudantes país afora...agora já passei, não preciso me preocupar com concorrentes! hahaha

Tema: "Considerando o contexto social em que vivemos, é possível..." - - desculpa pessoal, mas o resto eu não anotei e não lembro agora...se alguém aí do cursinho ler e souber, deixa nos comentários por favor. Ah! É a proposta 02 do segundo semestre!

                                                                             ***

Todos nós, algum dia, já passamos por momentos difíceis, de conflitos, dúvidas, cansaço e desejamos "jogar tudo pro ar". É inerente ao ser humano a ânsia pela liberdade, pelo livre arbítrio, portanto, cabe a cada um deixar-se agir pelas vontades da mente - ou dos impulsos - e arcar com as possíveis consequências. São Francisco de Assis, por exemplo, foi capaz de abandonar tudo o que tinha, inclusive o conforto de casa e o amor da família, para passar grande parte de sua vida vagando pelas cidades disseminando as palavras de Deus. Assim como São Francisco, diariamente temos o poder e a chance de escolhermos como queremos viver, seja pela vida inteira, seja para as próximas 24 horas. No entanto, devemos estar cientes de que o livre arbítrio serve tanto ao bem quanto ao mal, e basta fazermos uma única escolha errada para sofrermos pelo resto de nossas vidas; desse modo, nada mais saudável do que estar em equilíbrio física e psicologicamente.

Com o advento de novas tecnologias e da globalização o mundo nunca esteve tão conectado quanto nos dias atuais. Através da internet e das redes sociais é possível manter contato com pessoas de qualquer parte do globo, bem como compartilhar desde fatos cotidianos aos mais inesperados. Sendo assim, é cada vez mais difícil nos desligarmos desse meio de comunicação, até mesmo porque ele já está integrado ao nosso dia-a-dia e aos nossos afazeres. É possível, ainda, que o distanciamento dessas conexões comprometam não só o futuro do indivíduo como também de toda a sociedade, visto que há um enorme fluxo de informações e utilidades diretamente relacionadas a esse método de contato, tornando-nos completamente dependentes desses equipamentos, o que a terceira revolução industrial nos comprova.

Um dos principais conflitos da sociedade moderna é o tempo. Mesmo com todo o aparato tecnológico criado com o intuito de otimizar nosso tempo, tornando nossas vidas mais práticas, e os inúmeros livros de auto-ajuda, muitos reclamam da "falta de tempo", o que pode ser traduzido como um sinal de que a cada dia nos tornamos mais escravos de imposições - por parte de familiares, relacionamentos ou nós mesmos. O problema é que grande parte do que nos é imposto fere nosso princípio de livre escolha, causando prejuízos ao nosso bem estar e convivência em sociedade. O filme "Antes que termine o dia" nos ilustra as diferentes interações do homem com o tempo. O protagonista, Ian, abdica de sua vida pessoal para se dedicar ao trabalho, ao contrário de sua namorada, Samantha, que está voltada para as relações pessoais; diante de tal conflito, Ian tem a chance de voltar no tempo e fazer escolhas diferentes - sabendo que ao findar do dia irão se separar - quando decide se dedicar totalmente à felicidade da amada, e percebe que também foi um dos dias mais felizes da vida dele. Portanto, é perceptível que somos nós que construímos nossas vidas e trilhamos nossos caminhos, a cada escolha feita ou "sim" ou "não" respondidos, de forma que torna-se impossível a existência de receitas prontas para o alcance da felicidade e do equilíbrio. Devemos considerar que nossa relação com o tempo é imprescindível à nossa formação, então, é preciso aprender a lidar com ele, ousando, experimentando, sentindo, vivendo e, principalmente, de forma que não haja dúvidas ou arrependimentos, pois o hoje será o passado repleto de recordações de um amanhã misterioso.

O músico Gonzaguinha, em sua célebre música "O que é, o que é?" já nos dizia como é belo ser um eterno aprendiz, além de que "somos nós que fazemos a vida, como der, ou puder, ou quiser". Dessa forma, a música ratifica e reitera nossa realidade, na qual somos a consequência das nossas escolhas. Se a vida não está de acordo com os planejamentos, porque tememos às mudanças? O fato é que com o passar do tempo ficamos acomodados e resignados. Então, até que ponto podemos abdicar dos nossos sonhos, ou melhor, será que podemos esquece-los? De qualquer forma, não existe jeito certo ou errado de viver, mas existe o jeito próprio, de cada pessoa enfrentar a realidade que a cerca. É necessário termos conhecimento de que um dos fatores mais importante é viver o essencial que nos faça felizes e o bastante que nos faça completos, desconsiderando esteriótipos e críticas, que sempre irão existir, independente da decisão tomada. É certo que a ideia de "carpe diem" é muito atrativa, no entanto em nosso contexto social torna-se praticamente uma utopia, visto que todos temos responsabilidades a serem cumpridas. Dessa maneira, é possível apreender que vivemos entre escolhas e aprendizados diários que levaremos sempre conosco, alimentando a necessidade de equilíbrio, para que as recordações sejam boas o bastante para serem rememoradas com satisfação e para que o balanço final da vida seja positivo; e o autoconhecimento é a chave para melhores escolhas.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Novidade!

Consequência de uma pausa...
A maioria aqui sabe que eu não gosto muito de me expor, apesar do modelo inicial do blog. Faço o possível para preservar a mim e a minha família. Entretanto, nesse final de semana passei por ótimas, inexplicáveis, indescritíveis experiências e sentimentos, não só porque passei no vestibular, mas porque pude compartilhar com minha família e com meus amigos um momento único na minha vida. Entremeio a esses momentos algumas pérolas do meu irmão mais novo tiveram grande repercussão, e por inúmeras vezes comentamos que devíamos anotar, arquivar, gravar algumas das coisas que ele diz, para que não se perdesse no tempo, até mesmo porque, ninguém tem memória boa o bastante para arquivar tantas gracinhas! Na verdade, muitas delas já se perderam...
Sendo assim, decidi que ia começar a publicar algumas dessas pérolas por aqui, para que fiquem guardadas e também para que possam alegrar ou surpreender os que por aqui passarem. Não é porque sou a irmã não, mas meu irmão, desde quando começou a falar já surpreendia a todos com sua inteligência, seu jeitinho de ser e agir, deixando a família, é claro, orgulhosa. As primeiras frases já eram no plural, cheia de concordâncias, o que deixava os vários educadores que conhecíamos admirados. A espontaneidade, em dizer o que pensa, o que sabe, o que conhece até mesmo sobre assuntos "de adultos", deixam as pessoas boquiabertas. Enfim, como criança ele tem todas as características de qualquer uma, mas, como dizem algumas pessoas, as características próprias, específicas dele, tal como a inteligência, é que surpreendem, são marcante e deixam a todos vislumbrados.
Vou começar pela mais recente...
No penúltimo final de semana, enquanto andavam pelos pastos da fazenda, meu pai disse que precisava ir olhar uma coisa e que ele podia ficar esperando no local em que estavam, ou seja, meu irmão ia ter que ficar um pouquinho sozinho.  Eis que ele encontra uma pena no chão, ao seu lado, a pega e diz para nosso pai: "pai, se o senhor voltar e encontrar só a pena aqui, é porque a onça me comeu!"  Naquele momento, imagino que muita coisa deve ter passado pela mente hiperativa dele (eu sei bem o que é ter mente hiperativa, ele teve a quem puxar!), inclusive as histórias de animais e principalmente a das onças; tudo num piscar de olhos, como se fosse uma coisa absolutamente natural e normal.

Como é a inauguração desse assunto de postagem, vou deixar outra história...
Meu irmão mais velho está prestes a se formar, em janeiro temos festa! E ele namora firme com uma mulher que toda a família gosta e admira, que curte as mesmas coisas de todos nós, e meu irmão mais novo adora ela, anda com ela pra todo lado, conversa até falar chega (se bem que isso não é difícil pra ele, tagarela que só vendo - e cansando! haha), fica no encalço mesmo. E, diante da formatura do nosso irmão mais velho ele vira pra nossa mãe e diz, como quem não quer nada, como se fosse tudo normal, na verdade, ele dizia isso enquanto tomava banho: "é mãe, agora, o Felipe vai formar, depois de uns 5 meses vai casar, ter um filho..." Minha mãe responde: "nossa Artur, será?! Aí você vai pra escola, vai sair na rua e todo mundo vai falar: 'olha lá o tio Artur, o titio, titio Artur!'. Resposta instantânea: "Aaaah nãão! Então ele pode casar só daqui 5 anos!" - Como quem diz: "eu ainda sou muito novo pra ser tio e vou ser motivo de zombação!" hahaha - - E outro fato interessante é que o banheiro, para ele, é um local especial, nunca vi ter tanta ideia e tantas tiradas nesse tipo de situação...sem contar que ele não consegue ficar calado, portanto, não consegue ficar sozinho, sem ter alguém pra conversar, daí o fato de sempre ter que ter alguém esperando do lado de fora, ou conversando por gritos! hahaha

Talvez muitos achem sem graça, mas, acontece que é impossível passar através da internet a entonação de voz, o jeito dele pra vocês, entretanto, podem ter a certeza de que quem o conhece, além de nunca mais esquece-lo, dá boas risadas na companhia do mesmo!
Ótimo término de semana a todos!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Notícia Boa: PASSEI!

Consequência de uma pausa...
Finalmente venho lhes trazer boas novas! Já era tempo, não é mesmo?! Pois então, declaro para todos os fins que às 2h da madrugada do dia 30/09 recebi a notícia de que tinha sido aprovada para MEDICINA nos dois vestibulares da UNIFENAS, ou seja, passei nas duas provas que tinha feito, e agora ainda posso escolher entre os 2 campus. Ainda tenho dúvidas: Alfenas ou BH? Bom, sobre isso eu deixo para conversar mais tarde, no momento, apenas quero compartilhar a minha FELICIDADE ABSURDA - que não cabe só em mim - com vocês, meus leitores, apreciadores e, por que não, amigos e conselheiros!
Fica a dica de que nunca vale a pena abandonar nossos sonhos, desanimar ou desistir. Tenham a certeza de que é melhor perseverar e ter esperanças, porque quem quer, consegue! Lógico que às vezes é difícil, dá uma vontade enorme de jogar tudo para o alto, de chutar o pau da barraca, mas, são perrengues que nos engrandecem, que aumentam nosso conhecimento e experiência de vida, não é bom, no entanto, também é importante passarmos por momentos assim...posso dizer que aprendi bastante nesses 2 anos de cursinho, adquiri uma experiência de vida enorme, conheci inúmeras pessoas maravilhosas e amadureci bastante.
Como muitos sabem, o início do blog aconteceu como uma válvula de escape para meus tormentos durante todo esse processo. Com o tempo fui diminuindo os desabafos e compartilhando outras coisas, outras informações, outros textos, mas, nunca me esqueci o principal motivo de o blog ter surgido na minha vida. E fico muito feliz por um dia ter tomado a decisão de criá-lo, afinal, ele também contribuiu para que eu atingisse meu objetivo principal dessa etapa da vida, e junto dele vieram algumas pessoas únicas e especiais, com dicas, conselhos, informações, apoio, força, experiência, que, com certeza, também contribuíram. Enfim, gostaria de agradecer a todos que um dia me levantaram, me fizeram sorrir e chorar, me apoiaram, me deram forças, confiaram em mim e sempre deixaram boas energias se propagando por aqui!
Compartilho com vocês esse momento de pura alegria, e espero que muitos outros eu ainda possa compartilhar. Como também espero que essas sejam apenas as primeiras vitórias de muitas que estão por vir, afinal, tenho mais uns 5 vestibulares para prestar! Foi um post feito às pressas, então relevem qualquer coisa, vale o intuito e a felicidade! Um enorme abraço e muitas bençãos a todos!

Fica a dica:
Não Deixe de Sonhar - Chimarruts


Se alguém te encontrar e perguntar por mim
Pode dizer que eu vim pra falar o que ninguém mais
fala e não quer acreditar
Quando ouvir alguém dizer que já não sonha mais é bom
saber rapaz que é capaz de morrer
Que não tem esperança e não quer fazer nascer.

Preste atenção não abra mão dos próprios sonhos
Não tem perdão,não deixe de sonhar
Não deixe de sorrir pois não vai encontrar quem vá

sorrir por ti.




terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quase uma volta ao passado

Consequência de uma pausa...
Acredito que já há algum tempo não falo sobre mim, sobre minhas impressões, sobre meus olhares e, principalmente, sobre o vestibular. Acontece que quando criei o blog meu intuito era apenas desabafar, ter um local para poder derramar tudo o que eu pensava. Pessoas que tem mente hiperativa tal como eu sabem como é difícil manter controle em algumas situações, e eu precisava simplesmente despejar tudo o que me afligia, tudo o que perpassava pela minha mente, e assim também me desfazer de alguns conteúdos ocupando lugar no meu cérebro. Então, quando tudo começou, eu usava o blog simplesmente para mostrar um pouco de mim...entretanto, como eu tinha feito tudo num segundo de impulso, dei-me conta, depois, do quanto poderia ser perigoso falar sobre mim numa página que qualquer um poderia acessar e tirar informações que futuramente poderiam me prejudicar, diante desse receio diminui drasticamente os textos nos quais minhas impressões pessoais e minha vida eram expostas. Quem me acompanha há algum tempo sabe que eu falava bastante sobre mim, minha vida, minha família, não expunha tudo, nem totalmente, mas, de certa forma, era exposição. Depois, veio a célebre desculpa da falta de tempo, que também prejudicou o andamento do blog e facilitou a publicação de textos de outros autores. Enfim, acontece que hoje, me deu uma vontade enorme de escrever aqui, de dizer alguma coisa minha, que eu penso, que me pertence, e aqui estou...na verdade, não sei ao certo como sairá esse texto, porque na verdade, só sei da vontade de escrever, não sei o assunto da vontade, se é que me entendem...
Uma ideia começa a passar pela minha cabeça, acho, inclusive, que eu estou errada quanto à falta de tempo, no fundo, o que me "desprendeu" do blog foi ter iniciado sessões de terapia com uma psicóloga. Sei que muitos devem estar pensando que eu sou realmente louca, que eu tenho problemas mentais, que estou surtando, ou sei lá, mas, muitos desconhecem o fato de que terapia é uma coisa natural - acho até que se todos fizessem acompanhamento psicológico o mundo seria bem melhor, sem contar que é uma forma de auto-conhecimento, de melhorar a qualidade de vida. Desde o meu terceiro ano do ensino médio, quando as pressões começaram e a vida adulta começou a me chamar, algumas pessoas pediam ou davam dicas para que eu fizesse a terapia, e eu, com toda minha máscara de auto-controle, dona de si, dona da verdade e etc, sempre recusava, até que dei-me conta do quanto eu precisava de apoio, pena que foi só 2 anos depois que eu reconheci algumas das minhas fraquezas...E eis que aparece uma super psicóloga na minha vida, então, acho que no fim, eu atribuía ao blog a função de terapia, e, quando eu reconheci o poder de sessões terapêuticas "de verdade", profissional, "meio que abandonei" o blog, afinal, supostamente ele foi substituído por uma profissional qualificada...
A partir do momento em que eu descobri o poder da terapia, minha vida se transformou, lógico que tudo faz parte de um processo - que ainda está em andamento e é demorado - afinal, não é de um dia para o outro que ficamos conhecendo quem nós somos, e somos capazes de assimilar tudo para melhorar a qualidade de vida, as relações inter-pessoais, o modo como enxergamos as coisas e etc. E ainda descobri que a psicologia é uma área simplesmente magnífica, digna de ser estudada (como eu tenho feito na medida do possível, nas horas vagas e de lazer), diante disso sou a favor de que psicólogos tenham salários mais valorizados, e, imagina só se mais médicos trabalhassem em conjunto com psicólogos?!! Acredito que seria uma ótima forma de aperfeiçoar e até mesmo agilizar os tratamentos. Parto desse princípio até mesmo por experiência própria, visto que minha mãe, nutricionista, trabalha em conjunto com médicos e psicólogos, ajudando os obesos, os que estão com sobrepeso, os anoréxicos e bulímicos (não sei se é bulímicos o certo, bateu a dúvida...) a terem mais saúde e qualidade de vida. A psicologia é uma área que me encanta cada vez mais (confesso que só não encanta tanto quanto medicina...), e não me canso em dizer o que percebo todos os dias, que todos deveriam ter a oportunidade de ao menos experimentar uma sessão, principalmente se for um terapeuta corporal, porque mesmo nos olhando todos os dias através do espelho, podem ter certeza, não conhecemos nem um pouco do nosso corpo, e saibam, também, que nosso corpo diz muito sobre nós, sobre nossa personalidade.
Para àqueles que ainda acham que eu sou louca, confesso que só fui capaz de ir atrás de apoio psicológico depois de não aguentar mais, depois de perceber que eu não conseguia mais progredir sozinha, depois que eu praticamente surtei, chorando constantemente, diga-se de passagem. Então, talvez eu seja realmente louca, até mesmo porque, como dizem por aí "de louco todo mundo tem um pouco", a diferença é que eu estou tentando contornar minhas loucuras, pior são os que estão aí, resignados, achando-se superiores aos outros, enganando-se com a ideia de que conseguem tudo sozinhos...o que dura até que uma crise ocorra! E, acreditem, para mim não foi fácil reconhecer essa necessidade, reconhecer que precisava de ajuda, bem como não é fácil falar abertamente, para qualquer um ler, que faço sessões de terapia, fazer o quê né, minha personalidade, não dá para ser mudada, mas dá para ser aperfeiçoada, dá para me transformar cada vez mais num verdadeiro ser humano e, quem sabe, fazer a diferença em alguma situação, em algumas vidas, já que mudar o mundo é difícil (não impossível!).
Bom, devido a deterioração do tempo e a modificação do layout, nem sei mais se escrevi muito ou pouco, ou melhor, levando em consideração que eu sempre escrevo muito, acho que dessa vez foi até pouco. Não tenho esperanças de que através desse texto alguém se dê conta da necessidade e da importância que um psicólogo poderia ter em sua vida, acredito, inclusive, que muitos são equilibrados o bastante para conseguirem viver sem esse apoio. Escrevi apenas porque deu vontade, apenas para relatar algumas experiências, se ajudou alguém, fico feliz, se não foi dessa vez, fico feliz também, pois, apesar de tudo, consegui escrever hoje e nada mais fiz do que seguir minha intuição. Considero esse texto como uma volta ao passado, ao tempo em que eu abria a página em branco do blog e pensava: e então, sobre o que vou escrever hoje, o que tenho pra desabafar e me aliviar? Sabe aquele sentimento saudosista, aquela pequena coisa que acontece e te lembra algo do passado, aquela vontade de voltar no tempo...então, acho que isso aconteceu hoje...pode ser que seja a sensação de que agora, felizmente, meus sonhos estão perto de se tornarem realidade, se não fosse por isso, gostaria de voltar ao passado com a experiência de hoje...na real, quem nunca disse isso, não sofreu ou não passou por determinadas situações, não é mesmo?! De qualquer forma, estou me sentindo muito bem por ter deixado de lado um pouco os estudos e passado um tempinho por aqui, escrevendo, pensando, refletindo...
E, como de costume, deixo aqui uma música que há muito gostaria de ter compartilhado com vocês, espero que gostem tanto quanto eu, porque eu não me canso de ouvi-la! A letra é linda "de morrer", o som é perfeito, o artista faz um ótimo e belo trabalho também. Se alguém quiser mais indicações de Marcelo Jeneci só me mandar um e-mail que eu responderei e indicarei algumas músicas com o maior prazer, na verdade, hoje em dia nem se usa mais isso né, "só por no google" - nesse caso, "só por no you tube", hahaha Ah, e a música também me ajuda nos dias mais difíceis, como já disse, a letra é simplesmente perfeita...(tá, vou parar com a "tietagem", isso cansa os outros, principalmente quem não gosta!)
Tenham uma ótima semana, muito feliz, mesmo que um dia ou outro seja mais difícil...  ;)

domingo, 4 de setembro de 2011

Solidão, sim ou não?

Hoje, em pleno domingo a tarde, resolvi parar um pouco com tudo o que fazia, com a física, com a química, com a biologia, com a matemática, até mesmo com o livro de contos (fantásticos ou maravilhosos? acredito que ambos, em todos os sentidos!) do Murilo Rubião, simplesmente para apreciar um pouco de alguns dos meus blogs preferidos, afinal, quase 6 meses sem ler ou comentar a maioria dos blogs destroi meu coração e minha mente!

Entrei no blog de uma pessoa super querida, que já considero uma amiga de longe, o blog Bicicleta de Krebs (www.bicicletadekrebs.blogspot.com). Além dos belos poemas, das belas poesias de sempre, deparei-me com um ótimo e também belo texto, falando de solidão, de início hesitei em compartilhar aqui no blog, mas, como é um tema profundo e que me encanta (sim, a solidão me encanta, na verdade, é meu refúgio, algo como refugiar-se em si mesmo e descobrir do que você é capaz, entrar em contato com o eu-interior…) resolvi que não poderia deixar passar em branco. Apenas lamento que o(a) autor(a) seja desconhecido, adoraria conhecê-lo(a)!

"Que me desculpem os desesperados, mas solidão é fundamental para viver.
Sem ela não me ouço, não ouso, não me fortaleço.

Sem ela me diluo, me disperso, me espelho nos outros, me esqueço.

Não penso solto, não mato dragões, não acalanto a criança apavorada em mim, não aquieto meus pavores, meu medo de ser só.

Sem ela sairei por aí, com olhos inquietos, caçando afeto, aceitando migalhas,
confundindo estar cercada por pessoas, com ter amigos.

Sem ela me manterei aturdida, ocupada, agendada só para driblar o tempo e não ter que me fazer companhia.

Sem ela trairei meus desejos, rirei sem achar graça, endossarei idéias tolas só para não ter que me recolher e

ouvir meus lamentos, meus sonhos adiados, meus dentes rangendo.

Sem ela, e não por causa dela, trocarei beijos tristes e acordarei vazia em leitos áridos.

Sem ela sairei de casa todos os dias e me afastarei de mim, me desconhecerei, me perderei.
Solidão é o lugar onde encontro a mim mesma, de onde observo um jardim secreto e por onde acesso o templo em mim.
Medo? Sim. Até entender que o monstro mora lá fora e o herói mora aqui dentro.

Encarar a solidão é coisa do herói em nós, transformá-la em quietude é coisa do sábio que podemos ser.
Num mundo superlotado, onde tudo é efêmero, voraz e veloz a solidão pode ser oásis e não deserto.
Num mundo tão estressado, imediatista, insatisfeito a solidão pode ser resgate e não desacerto.

Num mundo tão leviano, vulgar, que julga pelas aparências e endeusa espertalhões,
turbinados, bossais, a solidão pode ser proteção e não contágio.

Num mundo obcecado por juventude, sucesso, consumo a solidão pode ser liberdade e não fracasso.
Solidão é exercício, visitação.
É pausa, contemplação, observação.

É inspiração, conhecimento.

É pouso e também voo.

É quando a gente inventa um tempo e um lugar para cuidar da alma, da memória, dos sonhos;

quando a gente se retira da multidão e se faz companhia.

Preciso estar em mim para estar com outros.
Ninguém quer ser solitário, solto, desgarrado.

Desde que o homem é homem, ou ainda macaco, buscamos não ficar sozinhos.

Agrupamo-nos, protegemo- nos, evoluímos porque éramos um bando, uma comunidade.

Somos sociáveis, gregários.

Queremos amigos, amores.

Queremos laços, trocas, contato.

Queremos encontros, comunhão, companhia.

Queremos abraços, toques, afeto.
Mas, ainda assim, ouso dizer: é preciso aprender a estar só para se gostar e ser feliz.
O desafio é poder recolher-se para sair expandido.

É fazer luz na alma para conhecer os seus contornos,

clarear o caminho e esquecer o medo da própria sombra.
Ouse a solidão e fique em ótima companhia."

Autor desconhecido

Para não perder o costume, deixo aqui um curta-metragem, que além de outros debates (alguns muito polêmicos, inclusive), trata da solidão, mesmo que estejamos diante de uma multidão e de bons amigos…

Uma ótima semana a todos!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ação e reação

Acordei com palpitações. Abri o olho, mas não conseguia enxergar, sinal de que ainda era noite. Passei levemente a mão pela testa, percebi que o suor gelado escorria até o travesseiro. Lembrei de Newton, lembrei da força da gravidade, qual seria a força da minha reação?

Ao menos o motivo de estar acordada àquela hora eu sabia, até mesmo porque, a resposta não saía da minha cabeça, ficava lá, me perturbando. Nada além da realidade. Sim, a realidade, que estava me transformando. Ou seria a vida em si? Ah, é tudo a mesma coisa! Ela exige tanto da gente, não é mesmo? Afinal, com quem estou conversando? Isso é uma conversa ou não passa de um monólogo interior? Nem mesmo consigo ouvir minha voz. Devo estar louca.

Um som começa a chegar aos meus ouvidos, percebo que a vibração da membrana timpânica move o osso martelo, que faz vibrar o osso bigorna que, por sua vez, faz vibrar o osso estribo, onde sua base se conecta a uma região da membrana da cóclea que comunica a vibração ao líquido coclear. O movimento desse líquido faz vibrar a membrana basiliar e as células sensoriais. É como se não sentisse mais nada. Esqueço tudo e fico a imaginar as ondas sonoras propagando-se pelo ar, será que estão na velocidade de 340m/s? Na verdade, gostaria de estar acompanhando as luzes em suas viagens pelo espaço, o vácuo parece-me aconchegante, pensando melhor, nem tanto, a pressão, ou sua ausência, nem sei mais do que estou falando...me destruiria de vez, aqui ainda tenho a chance de refletir antes de me definhar. Então elas aproximam-se dos meus ouvidos. Fecho os olhos e começo a sentir, apenas sentir.

Músicas dizem tanto e eu não consigo compreendê-las. Minha intuição diz que são sinais, luzes ao fim do túnel, mas que eu fui impedida de alcançar, algo me segura no meio do caminho. Não é uma corda de massa desprezível, e o atrito já é cinético, estou em alta velocidade. Algo me carrega para longe do fim. Se fosse num plano cartesiano diria que são retas concorrentes, no sentido conotativo, se é que faz algum sentido falar em conotação e denotação diante de tais circunstâncias.

O trem partiu. A aceleração dele foi maior que a minha. Permaneci estática, a força peso foi maior que minha força de vontade em seguir em frente. Fiquei. Sozinha. Com lágrimas nos olhos. Sentada no banco repleto de vitamina S, como diria minha mãe. Acontece que não sou mais criança, e agora, o que menos importa é a falta ou a presença de anticorpos e vitaminas no meu corpo. Impregnada com o cheiro de fritura dos pasteis de vento. E o vento, esse trazia até as minhas narinas as impurezas que os cigarros detêm. Continuo na estação. Perdida, ou a espera, quem sabe? Meu cristalino, totalmente delgado, enxergando o que tem mais distante de mim.

Os canais semicirculares do meu ouvido interno já não permitem a percepção da posição do meu corpo. Deitada sobre jornais, num chão gelado e úmido talvez. Percebo que não estou sozinha, há uma multidão a minha volta, alguns tentam me dar a mão de apoio, outros choram, uns passam correndo como se estivessem a correr da realidade, tem aqueles sorridentes que por dentro estão desmoronando, como também tem os que são felizes por benção de Deus, os falsos, insolentes e maus sempre existirão, portanto, prefiro abster-me de comentar sobre eles. De qualquer forma, alguém estava faltando naquele lugar. E Deus, sempre existirá? Quem é capaz de garantir que ele não nos abandonará?

Solidão. Dúvidas. Incertezas. Pressão. Investigação. Incapacidade. Realidade. Amor. Paz. Companheirismo. Amizade. Compaixão. Receio. Verdade. Falsidade. Família. Superiores. Divinos. Espírito Santo. Anjo da Guarda. Caminho. Dor. Alegria. Sofrimento. Loucura. Sanidade. Status. Capacidade. Lúcido. Opaco. Translúcido. Redenção. Salvação. Pecado. Oração. Deus. Proteção. Abrigo. Subjetivo. Obscuro. Delírio. Heterogêneo. Gênio. Normal. Animal. Luz. Onda. Vento. Andar. Observar. Viajar. Passado. Futuro. Ilusão. Sonho. Transtorno. Ansiedade. Consolo. Abraço. Sorte. Azar. Depressão. Vitória. Derrota. Frustração. Lágrima. Sensível. Narciso. Insensível. Fresta. Espaço. Opção. Escolha. Velocidade. Contemporâneo. Poesia. Música. Saúde. Mente. Corpo. Alma. Vocação. Intuição. Natural. Surreal. Invenção. Separação. União. Estrela. Chão. Palavras. Você. Eu. Nós. Banal. Tempo. Adiantado. Atrasado. Início. Meio. Fim. Morte. Vida. Trim-trim-trim, cortisol liberado, olhos semi-abertos, uma voz suave, “bom dia, acorda que já é hora!”. Cortina aberta, luz penetrante, pupila contraída, cobertor ao chão, lençol molhado, cabelo desgrenhado. Um novo dia começou. Ao longe ouve-se o barulho do trem. As crianças brincando na terra. A escola de música a todo vapor. Viu que se atrasou, os professores já chegaram. Vive em meio à sociedade, de ação e reação, seja na concretude seja na abstração. Realmente, o sonho acabou.

domingo, 14 de agosto de 2011

De geração a geração

Em 1980, eu ainda não tinha conhecimento do poder de um sorriso. Não sonhava nem mesmo com a faculdade que cursaria, mas o destino quis que eu me formasse em medicina e especializasse em psiquiatria, a ponto de estudar a fundo tanto a tristeza em excesso provocando mortes quanto a força da alegria salvando vidas. Através da minha formação profissional, conclui que o bom humor deveria fazer parte do dia-a-dia de todos, afinal, quanto mais endorfina liberada, mais pessoas relaxadas e saudáveis em meio à sociedade, inclusive auxiliando no tratamento de doenças. Entretanto, não estou aqui para falar de experiências médicas, e sim de que o maior conhecimento que adquiri no que diz respeito aos benefícios do bom humor foi com meu avô.

Lembro-me como se fosse hoje o tamanho imensurável da minha felicidade naquele dia, porque, além do sol brilhante, iria visitar meus avós no interior do estado, arriscar-me pelos buracos da estrada de chão, aproximar-me dos bichos, brincar com os filhos do caseiro e, ainda, conversar, abraçar e comer todas as quitandas que minha avó fazia. Também não posso me esquecer de que era uma alegria tremenda saber que, enquanto estivesse ao lado dos meus avós, meus pais não se importariam que eu me sujasse e fizesse todas as estripulias possíveis. Eram nessas viagens de feriados e finais de semana que eu me sentia a criança mais feliz do mundo; talvez fosse uma amostra da tão sonhada liberdade, que trazia consigo uma leveza profunda do ser capaz de me deixar com um sorriso enorme estampado no rosto por vários dias.

Meu avô era reconhecido nas redondezas por suas histórias fantásticas, pelo abraço acolhedor e pela alegria contagiante. Portanto, desde criança, já o admirava profundamente. Às vezes, acontecia de eu ficar cabisbaixo, e ele sempre aparecia com palavras otimistas, um sorriso enorme e, invariavelmente, com alguma bala escondida no bolso. Nunca me esqueci das inúmeras tardes de histórias e seus finais felizes, até mesmo porque qual história que começa com “era uma vez” não tem um final feliz? Contudo, precisamos enfrentar a realidade, que mais se assemelha ao meio das histórias, sempre marcado por conflitos. O fato é que aquele dia de sol brilhante diluiu-se numa noite de trevas, a qual revelou outro lado do meu avô, esquecido no fundo do baú: o sombrio.

A morte da minha avó tornou nossos dias mais obscuros, nos mostrou o quanto somos frágeis e estamos à mercê dos indecifráveis desígnios da vida. A partir desse dia, nem mesmo comemorações de aniversário meu avô autorizava, pois, segundo ele, a cada aniversário mais nos aproximamos da morte e mais distantes das lembranças ficamos. Foi desse modo que a tristeza, o mau humor e as poucas palavras pronunciadas tornaram-se recorrentes nas descrições do meu novo avô, o transformado e – por que não? – mascarado.

Apesar de todo o sofrimento em relação à dor da perda, nada foi pior do que procurar em vão aquele mesmo velhinho feliz de outros dias. E, como boa criança que era, não resistia ao fascinado mundo das perguntas, em especial àquelas desconsertantes, então, não hesitei em perguntar ao meu avô o porquê de tanta tristeza, se sabíamos que um dia iríamos todos morrer. E essa foi a primeira vez que vi meu avô virar as costas para mim, deixando-me perdido e desamparado. Depois desse episódio, nunca mais fui o mesmo. Comecei a pensar que não tinha motivos para ser feliz, visto que a morte se aproximava a cada segundo e seria inevitável, então, por que me aproximar das pessoas ou sorrir à toa? E dessa maneira fui crescendo, imaginando que no mundo, ou melhor, que no meu mundo, não tinha espaço para a alegria, já que mais cedo ou mais tarde ela se findaria, me frustraria, e o que eu haveria de fazer? Magoar ou decepcionar as pessoas tal como meu avô? Foi para evitar esse tipo de problema que resolvi construir minhas máscaras, pois elas disfarçam os sentimentos conflitantes do nosso interior, com elas estamos do jeito que queremos que os outros nos vejam, o que não exige explicações. Dessa forma, com as máscaras eu me sentia à vontade e agradecia ao fato de que, na realidade, poucas pessoas olham nos seus olhos e percebem seus verdadeiros sentimentos. Portanto, depois de todos os acontecimentos já relatados, aprendi que tanto faz passar um ano inteiro triste ou dar uma risada de desespero.

Diante de tais circunstâncias, imaginei meu avô, enquanto feliz, apenas usava máscaras, mas, com o sofrimento da perda de um grande amor, não conseguiu reconstruí-las e estava sendo apenas ele mesmo. Então, decidi que deveria visitá-lo e mostrar que o compreendia, o amava e o admirava mesmo assim. Disse tudo a ele, que estava de cama, e, no fim, fui recebido apenas com um sorriso enorme, que fez com que naquele instante nós dois compreendessemos que, acima de tudo, é preciso viver bem, com tristezas e alegrias, porque toda idade tem suas felicidades e sofrimentos. Na verdade, só precisamos estudar um pouco, sermos mais humanos e compreensivos, além de vigiar o tempo, capaz de passar mais rápido do que podemos imaginar.

domingo, 7 de agosto de 2011

Análises

Embora pareça que este blog foi jogado ao vento, não é verdade. O que acontece é que mudanças ocorrem, nosso jeito de pensar muda, o que era importante ontem pode não ser hoje, o que antes era prioridade hoje é praticamente insignificante, porque, na verdade, vivemos e sobrevivemos, de acordo com o que a vida nos designa a viver. É certo que ela sempre nos apresenta opções de escolha, e a cada decisão tomada nossa vida segue por um caminho, mas, nem sempre as escolhas feitas nos levam para onde queremos ou um dia sonhamos. E, levando em consideração as escolhas a mim apresentadas e as que eu fiz, fui levada para longe do blog por um tempo. Postei pouca coisa esse ano, isso é fato, mas nunca o esqueci, sempre que entrava na internet uma das primeiras páginas visitadas era ele, o fruto do meus sentimentos, pensamentos e pausas – e que nostalgia batia, viu?! Também tem os leitores, que não deixam o blog ser esquecido.

Minha vida está diretamente relacionada ao tempo – acho que a de todos nós. Em cada fase da vida enxergamos e trabalhamos com o tempo de forma particular. Quando crianças bem pequenas, nem sabemos do que se trata. Crescemos um pouquinho e, pronto, não estamos satisfeitos com nossa idade, invejamos nossos primos e irmãos mais velhos. Quando chegamos na idade desejada com a qual sonhávamos quando crianças/pré-adolescentes, nos assustamos e, pior, percebemos que nada daquilo que pensávamos era a verdade, tudo não passou de ilusão, e o tempo agora é dividido nas horas passadas na escola e nas horas fora da escola (que incluem o início de uma vida social e os estudos um dia antes das provas – embora eu raras vezes tenha deixado pra estudar na véspera, rs). Como dizem por aí, se algo ruim te acontece, ainda pode piorar, então, nos tornamos adultos e vemos que no nosso processo de formação não tínhamos teorias a estudar sobre a vida adulta e suas consequências, nesse momento já estamos cientes de que o tempo, além de subjetivo, passa mais rápido do que esperávamos. Eu ainda estou nessa fase, mas pelo que observo, depois que crescemos ainda mais, o tempo parece ficar realmente escasso, a vida está a todo vapor e a nossa vontade é poder agarrar o tempo, nem que fosse por uns 15 minutinhos. Chegamos na casa dos 60/70 e começamos a fazer análises da vida, do que passou, já conversamos dizendo “no meu tempo”, “naquela época”, e a cada aniversário o temor aumenta, pois segundo meu avô: “não sei porque comemorar aniversário, se a cada vez estamos mais perto da morte”. Mas, talvez nada disso seja verdade, até mesmo porque, existem as exceções e o modo de enxergar a vida é particular, variando de pessoa a pessoa. De qualquer modo, a única certeza, que vem junto da certeza da morte, é a de que o tempo passa. Diante de tal fato surgem perguntas – a maioria retórica, diga-se de passagem –, em respeito ao modo que estamos levando a vida, se estamos no caminho certo e aproveitando nosso tempo de vida. Quem nunca refletiu sobre isso? Pelo menos nos finais de ano tenho certeza que essas dúvidas existem! Pode parecer que tudo o que disse até agora foi embromação, mas, não foi. Apenas quis dizer o quanto o tempo é vago e preenchido, simultaneamente. O que ocorrre é que ainda não sabemos lidar com ele, um dia estamos atrasados, no outro estamos adiantados, mais a frente lamentamos, outras vezes arrependemos, e diante disso tudo, pensamos: “seria tão bom se o tempo voltasse” ou “seria tão bom se as horas passassem logo”, ou seja, nunca estamos no tempo certo, embora as pessoas insistam em dizer às outras que “tudo tem seu tempo”. Para mim tem sido muito difícil lidar com o tempo, em todos os sentidos, a médio e a longo prazo. Nunca estou feliz com o dia de estudos, porque sempre fica aquela perturbação de que não deu tempo de estudar aquela matéria, de que a outra está atrasada, de que as listas estão acumulando e, para piorar, você tem a certeza de que é impossível resolver todas. Depois vem aquela história de idade adulta, de maioridade, o tão festejado 18 anos, que, particularmente, não gostei muito, afinal, nos meus planos, com essa idade já era para estar na faculdade, numa vida um pouco diferente da que tenho hoje. Assim, mais uma vez o tempo age sobre mim, acabando com meus planos, desfazendo minhas metas, trazendo desilusões e decepções. Muito pessimismo e desânimo? Prefiro acreditar que a realidade é assim mesmo e que a única pessoa capaz de transformá-la sou eu, um ser humano frágil e pequeno diante da imensidão de possibilidades e caminhos que é a vida. Voltando ao assunto principal, que desencadeou todas essas ideias, fui praticamente obrigada a me afastar do blog nesses últimos meses, e vocês já sabem quem me obrigou, não poderia ser diferente, né Sr. Tempo?

O tempo não foi o único fator que me afastou do blog nesse período. Confesso que algumas mudanças interiores consequentemente não me deixaram escrever muito. Muitas dúvidas me cercearam nesse último semestre, o que, na maioria das vezes, não me permitia ter naturalidade, organicidade, tranquilidade e certeza para escrever. Dúvidas sobre o que eu penso, sobre o que digo, aconselho e o que pratico, sobre autenticidade, sobre o certo e o errado, sobre o bom e o ruim e outras dúvidas maniqueístas, existenciais e filosóficas. Creio que essas dúvidas foram desencadeadas pelas sessões de análises que comecei a fazer com A psicóloga, além disso, pela lógica, como usava o blog para “despejar” meus sentimentos, pensamentos e, de certa forma, melhorar minha vida e minha mente, nas sessões com a psicóloga já fazia isso, o que diminuia um pouco a importância e a prioridade do blog na minha vida repleta de incertezas e “falta” de tempo. Uma das maiores e mais problemáticas buscas desse período foi a tentativa de ir ao encontro do meu eu interior, desfazendo-me das máscaras pelo caminho, com a certeza de que mesmo assim, no fundo, sempre vai ter aquela pontinha de dúvida me perguntando: “quem sou eu?”. O trabalho ainda não terminou e é bastante complicado e longo, por isso, ainda não estou em completo contato com meu eu interior, muito menos sei quem sou eu. Entretanto, senti que muitas transformações ocorreram perante meus olhos e dentro da minha mente, e já tenho a certeza de que a cada dia transformo-me mais e torno-me uma pessoa diferente, talvez, isso seja sintoma de maturidade. Saber enxergar a vida, compreender o máximo possível, ter calma e paciência, saber lidar com as adversidades, conseguir viver em sociedade relacionando-se bem com todos, ir em busca de respostas, respeitar limites e vontades, tentar encontrar motivos para as ações praticadas, tudo isso e muito mais, fazem parte de um trabalho profundo e incessante que todo homem deveria fazer, não precisa ir em consultórios psicológicos ou psiquiátricos, basta se perguntar o por quê das coisas e situaçoes, trabalhar mais a mente e abrir a cabeça para o novo, para o conhecimento, mas, principalmente, estar disposto e apto às transformações. Portanto, devido à maneira intensa como eu vivi no último semestre, escrever no blog ficou em segundo plano. Felizmente, com a ajuda da análise, de pessoas a minha volta e minha disposição em evoluir e melhorar, consegui retornar a um estado de espírito melhor, fui capaz de superar grandes verdades, dúvidas e problemas, não consegui voltar a ser aquela menina que criou esse blog – nem pretendia, no entanto, consegui crescer e amadurecer, o que não me impede de continuar a escrever e transmitir meus pensamentos, minhas opiniões e meus sentimentos, só que de um modo diferente de outrora – talvez nem tão diferente assim, visto que esse texto está ficando enorme, prolixo e carregado de impressões e experiências pessoais como os outros textos iniciais do blog…a verdade é que aquela menina de antes faz parte de mim e estará sempre presente na minha vida!

Acredito que por hoje já está de bom tamanho essas informações e explicações, como percebem, minha sinceridade continua a mesma, bem como minha mania de explicar tudo tim-tim por tim-tim. Apenas gostaria de esclarecer o momentâneo desamparo sofrido pelo blog, e afirmar que ele é muito importante pra mim, é parte de mim, do meu eu, e adquiriu um grande espaço na minha vida, portanto, é praticamente impossível que eu consiga me separar dele, pelo menos por enquanto, enquanto eu ainda sou essa pessoa de hoje, vai que amanhã algo mude, não é mesmo?! Pode até ser que os fatores não tenham sido só o tempo e as mudanças a nível mental, uma preguiça de escrever e pensar depois de muito estudo, ir ao cinema ao invés de me entreter na internet, enfim, como já disse, são muitas escolhas, que nos levam a diferentes caminhos…inclusive, meu plano era explicar ainda mais, mas, escolhi que por hoje chega, fica para a próxima…

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ainda sobre ausência…

É possível que exista sentimento de ausência de algo que ainda não foi ou de uma pessoa que não se convive diariamente, muito menos pessoalmente? Pois acreditem, na era digital em que nos encontramos, tudo é possível, inclusive nos surpreendermos com nossos próprios sentimentos…

Névoa

Gustavo Almeida (Não disse que ia publicar? Eu sempre cumpro com a minha palavra…= )

Olho fixamente para o espelho,

vendo o branco de meus olhos

a refletir a sua face reluzente,

não sei se no futuro ou no passado

Iludido, com o branco dos olhos

que quem dera fosse o reflexo de seu alvo sorriso

mas para minha tristeza agonizo

são só miragens de um opaco reflexo distorcido

Quisera eu ver realmente sua imagem materializar-se diante de mim

mas pobre mortal que sou

acabo por me contentar com seu reflexo

pois já indica meu sonho distante, que me consome e me domina

já que mesmo em devaneios tão rápidos não perco a sanidade:

sei que embora tão longe esteja, é do meu mundo todo o começo e mais que o fim

O espelho embaçado me engana

mas o coração não mente

Para que me enganar?

Ficarei são?

O vapor do chuveiro escondeu todo o rosto finalmente

Salvo pelas nuvens da dúvida e da angústia, me refugio sob os líquidos raios do chuveiro quente

porém mais gelado que o contido sentimento em mim ardente...

Até logo, coração

 

Levando em consideração que o poema é romântico, a trilha sonora de hoje também será, e tudo não passa de modos diferentes de expressar a vontade que possuem em relação a algo que lhes falta, ou a uma pessoa que lhes falta…Ah! E mais uma vez, um dos meus vícios…Perfeita Simetria – Engenheiros do Hawaii

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Ausência

Palavra de fácil leitura e, para muitos, difícil compreensão. Tudo começa quando você sente que algo lhe falta, e essa sensação de ausência persiste, até que você a preencha ou a substitua, o que ocorre, às vezes, sem que nos demos conta. Pode ser a ausência de uma pessoa, de um objeto, de um animal, de uma ocasião que antes era corriqueira ou que foi marcante, de férias, de bem estar, de bons fluidos, de uma publicação no blog, de você mesmo…por que não?

A vida está repleta de espaços vazios, que, por sua vez, contribuem para que a saudade exista, para que a dor no coração de saber que não volta mais continue ou para que haja clareza de que foi apenas um sonho muito bem sonhado mas não realizado. Algumas pessoas se zangam com a ausência e não reconhecem que ela somente nos mostra como nos relacionamos com as pessoas e os objetos a nossa volta, geralmente ela não é a culpada, e sim nós, que a criamos, que a deixamos existir e persistir e, principalmente, que a sentimos.

É difícil conviver com a ausência de algo querido e importante. Na verdade, o que acabo de dizer pode ser considerado uma redundância, afinal, só se sente falta daquilo que foi realmente marcante, que foi bom, porque se não foi bom o sentimento não é a ausência, é a lembrança de algo ruim, que, acredito, ou deve ser apagada da memória ou deve ser usada como um aprendizado para nossas próximas experiências. Acredito também que a ausência seja mais sofrível quando temos ciência de que o tal vazio nunca mais será preenchido, por exemplo o período denominado luto, esse momento é muito importante, pois é nele que as reflexões ocorrem, que decisões são tomadas, que nos tornamos mais humanos, ou, caso contrário, que deixamos de acreditar na vida, que enchemos nossa cabeça de dúvidas e podemos nos “perder” perante o sofrimento, mas, como diriam os mais velhos, “a única certeza que temos é a de que um dia iremos morrer”. A ausência nem sempre consegue ser suportada e, assim, alguns fazem do sofrimento uma companhia ao vazio da ausência – já existente.

Por mais difícil que seja, a ausência deve ser encarada de coração e mente abertos. Não se pode ficar “chorando sobre o leite derramado” a vida inteira ou sofrendo demasiadamente, muito menos se desfazer de toda a dor e de si mesmo. Ninguém em sã consciência (quando digo isso entende-se que sejam pessoas adultas, ou melhor, maduras o bastante) só vive se outra pessoa viver, só tem vida se outra pessoa estiver ao seu lado, esse tipo de pensamento chama-se falta de amor próprio. A baixa auto-estima leva às pessoas a perderem a noção do que realmente importa em suas vidas e do quanto são fortes, do quanto suas atitudes, suas reações, sua força de vontade são importantes para superar qualquer que seja o sofrimento, como também a dor de alguém ou algo ausente. E, não adiantam dizer “fácil falar, difícil fazer”, porque, no fundo, essa é a verdade, não sabemos lidar nem mesmo com nossa força, não sabemos do que somos capazes, não experimentamos mudar aquele pensamento velho, aquela atitude ultrapassada, digo isso por experiência própria e, em sua maioria, as pessoas tem aversão às mudanças. Como seria bom se soubéssemos aproveitar nossos sentimentos, se soubéssemos, por exemplo, converter a dor da ausência e a sensação de espaço vazio em força de vontade, em ação e realização, em apenas lembranças boas guardadas com carinho naquele lugar especial do coração…

 

Obs.: Ausência, essa é a melhor palavra para me definir em relação ao blog nesses últimos meses…mas, os que me acompanham sabem que é por motivo de força maior, estudos, meus caros, estudos e mais nada! Quem me dera um dia tivesse mais do que 24 horas…se bem que, pensando melhor, talvez, ainda assim, não seria o suficiente! Ah, nós, seres humanos sempre insaciáveis – o que nem sempre é ruim, diga-se de passagem!

E, agora, a trilha sonora do post, como geralmente o faço…deliciem-se com essa música…

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Limpa Brasil! Let’s do it!

Muito se fala em sustentabilidade e preservação. Comerciais, filmes, programas de TV, revistas, séries, enfim, em qualquer lugar que você se conectar, buscar informações, assistir ou ler verá a presença constante desse termo e de vários outros voltados para a preservação ambiental, o que eu acho certo, pois discussões como essa nunca são demais. Acredito que se todos fossem educados com o mínimo de atenção para a natureza, talvez muitos problemas que enfrentamos ou iremos enfrentar não existirião. As enchentes são agravadas pelos lixos espalhados pelas ruas que além da poluição também entopem os bueiros, a falta de áreas verdes nas cidades aumenta a temperatura e prejudica a absorção de água pelo solo, por exemplo, muitas pessoas deixam de ganhar dinheiro porque poucos são os cidadãos que se dispoem a fazer a separação de lixo e a reciclagem. Poderia ainda continuar citando outros problemas ambientais e sócio-educativos aqui, mas creio que já entenderam o propósito dessa postagem.

Mais do que nunca a população mundial produz lixo. Se olharmos os números veremos o quanto despejamos sujeira no planeta, inclusive os lixos tecnológicos, que podem causar inúmeras doenças devido às substâncias liberadas. E o que fazemos para minimizar esse impacto? Praticamente nada. Digo por mim também, afinal, hoje em dia não tem como deixar de consumir alguns produtos. Entretanto, nem tudo está perdido, podemos diminuir o consumo, comprar produtos de empresas que fazem trabalhos em prol de um bem comum, fazer a separação do lixo da nossa casa e propor tal medida no emprego, reciclar e reaproveitar o que temos em casa, refletir do que estamos realmente necessitando e o que não passa de mero desejo, conscientizar as pessoas a nossa volta no que diz respeito ao ambiente e as ações antrópicas e inúmeras outras medidas, como também reunir um grupo e ir às ruas. E, é isso que o Limpa Brasil nos propõe e eu venho através dessa postagem dividir com vocês. Acredito que todos que por aqui passam estejam cientes da importância de um ambiente equilibrado em nossas vidas, da importância de uma natureza limpa, preservada, bonita e viva, da importância de estarmos voltados ao bem do ecossistema, da importância de estarmos sempre unidos em prol da vida, seja dos animais, das plantas ou dos seres humanos, da importância que uma ação possui diante de tantas pessoas inertes. Então, por que não agirmos e propagarmos o bem, a preservação da natureza e ajudar na educação e na construção de um Brasil e um mundo cada vez melhor? Devemos olhar o presente como uma expressão do passado e uma projeção para o futuro, assim sendo, todas as nossas ações de agora refletirão daqui a algum tempo no mundo em que estaremos vivendo, em que nossos filhos e netos estarão vivendo, e como será esse mundo? Como queremos que ele seja?

Deixo aqui a divulgação do site Limpa Brasil: (infelizmente não consegui colocar o frame aqui)

http://www.limpabrasil.com/

Para saber mais sobre o assunto:

http://www.wwf.org.br/

http://www.greenpeace.org/brasil

Faça um bom trabalho com as informações que adquirir nesses sites!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Belíssima lição de vida!

Consequência de uma pausa... Acredito que por mais difíceis que sejam nossos problemas e as respectivas soluções, eles tornam-se pequenos diante de tamanha lição de vida que adquirimos através desse video. Ele não serve só para motivar e dar ânimo à alguém, mas também para nos ensinar a olhar a nossa volta, a reconsiderarmos nossas decisões e pensamentos, a viver melhor e nunca desistirmos, pois a força de vontade, a fé, a esperança, os sonhos, são capazes de nos mover até o inesperado, até aquilo que antes era considerado impossível. A cada dia posso dizer que aprendo mais com as pessoas a minha volta, com o mundo que me cerca, basta abrir os olhos e querer enxergar tudo isso, até mesmo porque, se eu quisesse poderia mante-los fechados e desconsiderar muita coisa ao meu redor, mas, o que eu ganharia com isso? Nada, pelo contrário, apenas perderia. É como dizem, "na vida nada é fácil", mas tudo fica mais difícil se não lutarmos, se desistirmos, se não enfrentarmos, se nos resignarmos, se simplesmente abaixarmos nossas cabeças, se chorarmos sem tomar uma iniciativa, porque são elas, as iniciativas, as atitudes, que fazem a diferença. E assim vou vivendo e apredendo cada vez mais, por isso digo que o mundo precisa de pessoas assim, capazes de mostrar o que tem de melhor aos outros, de compartilhar suas experiências e acrescentar algo ao mundo, tão carente de bons gestos, o mundo também precisa de pessoas diferentes, e nós precisamos reconhecer dentro de cada um o que ele tem de melhor e, quando necessário, ajudar o próximo no seu ponto fraco. Quanto custa estender uma mão, doar um ombro, abraçar com carinho, incentivar, apoiar, dizer palavras boas, transmitir ensinamentos, propagar a fé e o que há de melhor dentro de nós? Creio que para quem "doa algo" custa muito menos do que para quem recebe e, realmente precisa receber. Para mim, hoje, essa verdadeira e linda lição de vida tem um valor incalculável, talvez para ele, que dissemina seu otimismo e força de vontade e atinge o coração dos outros, não custe nada, afinal, ele apenas relata a vida dele, que por si só nos ensina a sermos pessoas melhores, nos passa lindas mensagens de vida. Então, por que não descruzarmos os braços, pararmos de reclamar da vida, de pequenos problemas? Por que não distribuirmos o que temos de melhor a quem está ao nosso lado, não compartilharmos com os outros tudo o que há de bom em nosso interior? Por que não enfrentarmos a vida, com fé, coragem, força de vontade e otimismo? Pode parecer difícil, entretanto, precisamos apenas começar a nos transformar, nos acostumarmos com a ideia, depois que essas atitudes tornarem-se hábitos, creio que nós e o mundo estaremos bem melhores, talvez com menos problemas, mais noites bem dormidas, sorrisos bonitos estampados no rosto...