domingo, 27 de março de 2011

Abandono...

Primeiramente gostaria de me desculpar com meus queridos leitores, esporádicos ou não, a minha ausência desse espaço. Infelizmente tenho problemas com horários, acredito que 24 horas tem sido pouco tempo para que eu complete minhas tarefas, mas também imagino que se o dia tivesse mais horas ainda assim não daria tempo, fazer o quê, não é mesmo?! Acontece que quando não estou estudando, estou me alimentando, dormindo, indo ao cinema (uma das únicas "tarefas" que tem me relaxado, realmente feito bem...) ou indo a missa. E, levando em consideração que todas as vezes que eu entro no blog demoro bastante visitando outros e escrevendo no meu, então, nesses últimos dias me afastei um pouco, para que não perdesse muito tempo e prejudicasse meus estudos, que agora são prioridade. Entretanto, sinto muita falta de escrever, de me deixar levar pelas letras, pelos pensamentos, de desabafar (como faço às vezes), enfim, sinto muita falta de entrar no Pausadamente e me libertar de todas as amarras do dia-a-dia...

Hoje, acordei pensando em "abandono", em todos os inúmeros sentidos que essa palavra pode expressar. Pode ser que o fato de eu ter abandonado o blog por uns dias tenha pesado na minha consciência...Então, elegi o tema abandono para essa volta, que espero poder escrever ao menos umas 3 vezes por semana, se não der, no domingo já tá bom. Voltarei com vários temas "Bloggable", desculpa gente, mas não resisti em escrever essa palavra, aprendi ela hoje, sei, sei, estou parecendo aquelas criancinhas vislumbradas com algo, mas, achei interessante, essa palavra já está fazendo parte do dicionário Oxford, leia aqui!

Não raro, muitas pessoas, incluindo este ser que vos escreve, gostaria de abandonar a vida. Naqueles momentos profundos de dor, sofrimento, angústia, nostalgia, impotência, incompetência e todos esses sentimentos nada bem vindos para quem é sensível, para quem a alma faz a diferença, desponta uma vontade de sumir, fugir, esconder, esquecer, desaparecer e, também, por mais triste que seja, morrer. Quando era menor ficava pensando e me perguntando o que leva uma pessoa a cometer suicídio...ainda não tenho essa resposta e acho impossível alguém tê-la, porque tirar a própria vida vai além de qualquer mera análise que eu, ou qualquer outra pessoa a não ser a que se matou, possa fazer (ou poderia, rs). Assim sendo, apenas imagino, e nessa de ficar imaginando, imagino que a dor e o sofrimento transformam a vida do indivíduo, que o amor em falta a sua volta faz muita diferença, que a falta de compreensão e apoio interferem bastante, que a falta de diálogo poderia ter mudado muita coisa, que o amor próprio e a fé (nas suas várias formas) podem salvar vidas sim. O suicídio é incompreensível, já vi casos de pessoas que pareciam estar felizes, trabalhavam, tinham vida social e num dia (não um dia qualquer, imagino) suicidou-se, como explicar? Lógico, surgem inúmeras fofocas, mas apenas a pessoa poderia explicar - ou não - o que a levou àquilo. (Como já diria Carlos Drummond de Andrade: "Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo.")

O abandono não está só no abandono da vida em si, também está no abandono da alma. Aquele negócio super clichê que dizem por aí sobre "fugir da sua essência" ou "deixar de ser quem você realmente é", enfim, isso também é um abandono. Esse tipo é um abandono da verdade, viver uma vida (tá, redundante, desconsidere, é para dar ênfase mesmo) de mentiras. Também fico me perguntando como uma pessoa é capaz, ou suporta, viver 24 horas por dia mentindo, fingindo, isso é patológico, só pode, ela se acostuma tanto com as mentiras que na cabeça dela já tornaram-se verdades absolutas (se é que verdade absoluta existe...). Gostaria de dizer que nem sempre os fins justificam os meios. Valorizo muito mais uma verdade, mesmo que dita de modo ruim, do que uma mentira, mesmo que essa mentira possa me fazer feliz - até que eu descubra a verdade. O abandono da alma é próprio de pessoas perdidas, confusas, sem uma boa referência e que não se conhecem. Essência, alma, jeito de ser, cada um tem o seu. E pelo jeito, mentiras e verdades, também funcionam assim, cada um com as suas. O problema é quando elas esquecem do que é seu e se apropriam do que é do outro. Por exemplo, mães que instigam crianças a serem como celebridades, no modo de vestir, de se "apresentar", de falar, de ser...só me diz uma coisa, o que esse pequeno ser irá ganhar com isso?

O abandono é um tema muito apropriado para falar de amores e família. Todo mundo conhece alguém, ou já passou por essa experiência, de ser abandonado por outrem. Às vezes acontece de a outra pessoa estar ao nosso lado, mas indiferente, isso também é abandono. Afinal, quem disse que o abandono é só uma barreira física entre os amores ou familiares? Muitos pais por aí dão de tudo aos seus filhos, cheios de presentinhos, fazem as refeições juntos, mas, esquecem-se do fundamental, o amor acompanhado de diálogo. Como também existem muitos enamorados que saem para se divertir, por exemplo, e esquecem-se de que possuem acompanhantes, nem se importam com a pessoa que está ao seu lado. Percebe-se que o abandono está em tudo, penetra nos mais variados atos cotidianos. Pode acontecer de um dia ou outro nós abandonarmos algumas pessoas, isso é culpa dos pensamentos, da "correria", porém, não é abandono quando isso ocorre somente algumas vezes e quando não ocorre somos capazes de expressar os melhores sentimentos por essas pessoas, dar atenção e estarmos de corpo e alma presentes.

Poderia ficar muito, muito e muito tempo por aqui falando das várias vertentes que o termo abandono engloba. Tudo levando em consideração que esse tema está sempre presente em nossas vidas ou nas notícias que nos cercam. O que dizer de uma mãe que abandona um filho no lixo, no rio, no estacionamento e etc? O que dizer de um suicídio? O que dizer de uma pessoa que se diz ser amiga e não demonstra? O que dizer de uma pessoa que diz te amar e as atitudes se contradizem? O que dizer daquele ser que finge ser quem não é? O que dizer de uma "pseudo" blogueira como eu que abandona seu blog? (hahahaha) O que dizer de alguém que abandona as prioridades que alguém deve ter na vida, que abandona os valores para se viver em sociedade, que abandona o que pode existir de mais importante - como os sentimentos que os outros podem ter em relação a esse alguém? Por fim, o que dizer do abandono? Abandono é abandono, pode abrir inúmeras brechas para explicações, como também pode ter explicação alguma. Abandono pode ser traição, como também pode ser um amadurecimento do outro, uma inversão de valores do outro. Abandono pode ser tanta coisa, que eu chego a me abandonar nos meus pensamentos...

domingo, 13 de março de 2011

Especial Marina Colasanti - A Realidade

Consequência de uma pausa...

Enfim, um indivíduo de ideias abertas

A coceira no ouvido atormentava. Pegou o molho de chaves, enfiou a mais fininha na cavidade. Coçou de leve o pavilhão, depois afundou o orifício encerado. E rodou, virou a pontinha da chave em beatitude, à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira.
Até que, traque, ouviu o leve estalo e, a chave enfim no seu encaixe, percebeu que a cabeça lentamente se abria.

(Marina Colasanti. Contos de Amor Rasgado. Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p.11)

Eu sei, mas não devia

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor.

E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma acender mais cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado.
A ler jornal no ônibus porque não pode perder tempo da viagem.
A comer sanduíche porque não dá pra almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra.
E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja número para os mortos.
E aceitando os números aceita não acreditar nas negociações de paz,
aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
A lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.

E a ganhar menos do que precisa.
E a fazer filas para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e a ver cartazes.
A abrir as revistas e a ver anúncios.
A ligar a televisão e a ver comerciais.
A ir ao cinema e engolir publicidade.
A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição.

As salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
A luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias da água potável.
A contaminação da água do mar.
A lenta morte dos rios.

Se acostuma a não ouvir o passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães,
a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui,
um ressentimento ali, uma revolta acolá.
Se o cinema está cheio a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada a gente só molha os pés e sua no resto do corpo.

Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo
e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se
da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida que aos poucos se gasta e, que gasta,
de tanto acostumar, se perde de si mesma. 


(Marina Colasanti)


Sinceramente, esses textos expressam nossa realidade cotidiana, seja subjetivamente, seja objetivamente. Acho, inclusive, que não preciso comentar, dizem simplesmente, tudo!

(Desculpem não publicar algo de "minha autoria", mas infelizmente hoje não tive tempo para escrever. De qualquer forma, vocês estão bem com a Marina Colasanti me "representando", rsrs. Talvez depois eu publique minhas impressões a respeito desses textos um tanto "surpreendentes".)

sexta-feira, 11 de março de 2011

Momentos


Nesses últimos dias andei pensando no quanto nossas vidas são constituídas por momentos, fragmentados ou não, são eles que formam nossa estória.

Num desses variados momentos - o momento retrospectivo - fiquei olhando álbuns de fotos. Você vê o quanto mudou, as pessoas que já passaram pela sua vida, as que continuaram, as que se perderam no tempo, as lembranças daqueles dias surgem da sua memória repentinamente, ou então você tenta se lembrar, faz um grande esforço e nada acontece, são tantas coisas pelas quais já presenciamos, não é mesmo? O último álbum que eu olhei, foi um álbum com algumas fotos de comemorações, ou simples reuniões de amigos, principalmente do ensino médio. Posso confessar? Eu chorei muito! Pode ser que nesse dia eu estivesse mais sensível, mas a verdade é que dói quando nos lembramos de momentos bons, vividos com pessoas únicas e muito especiais, mas, que de alguma forma, estão separadas de você, mesmo que a distância física seja pequena, ou, simplesmente, por saber que esses momentos não voltarão mais. O fato é que conforme crescemos, amadurecemos e fazemos nossas escolhas de vida, nossas relações interpessoais também vão se modificando, bem como nossa postura. Desse álbum, especificamente, ainda carrego todos os amigos que lá estão, se não dá pra gente se encontrar, nos telefonamos, mandamos e-mails, mas nunca perdemos contato, porque essas, eu tenho certeza (ou não?! rs) que serão amizades que durarão enquanto eu viver.

Outro dia, recebi a notícia de que o casamento do qual fui “florista” (minha “primeira vez”, inclusive) tinha terminado. Então parei para pensar no quanto é importante darmos valor ao presente, ao que estamos vivendo no agora. Também pensei no quanto devemos pensar bastante antes de tomarmos algumas decisões, antes de nos deixar levar pelos impulsos. (Não digo isso generalizando, em relação a casamentos, porque esse do qual fui dama de honra, por exemplo, sei que foi com muito amor e de caso bem pensado). Mais uma vez, a vida é feita de momentos. Esse momento, essa emoção de menininha tímida entrando por um tapete vermelho no centro de uma Igreja com muitas pessoas observando e fotografando, é único e mais um para ser compartilhado, e que enquanto minha memória estiver sadia irá fazer parte das minhas lembranças infantis. E os vários momentos vividos por esse “ex-casal”, que sempre irão fazer parte das lembranças de ambos.

Infância essa que também já passou. Dá até um pouco de medo quando alguém pergunta minha idade e tenho que responder: “18 anos”. Confesso que muitas vezes já me enganei por 5 segundos, hesitei, fiquei pensativa e quase cheguei a ponto de fazer contas, às vezes parece que bloqueios são criados na nossa mente, principalmente quando não se quer aceitar, ou não está compatível com nossas idéias. O tempo vai passando e nem percebemos. Quando penso que já estou no segundo ano de cursinho, que meus planos foram por água abaixo, que eu não sei o que vai ser da minha vida nos próximos meses, que eu não sei se vou conseguir, que eu não sei que caminho vou percorrer, que eu estou crescendo, que meus amigos estão seguindo por caminhos diferentes, que pessoas que eu gosto estão se distanciando aos poucos, que meu irmão já não é mais aquele bebê que eu cuidava, trocava fralda e pegava no colo, posso dizer que dá um grande aperto no coração, uma reviravolta na minha cabeça, uma falsa idéia de tempo, uma vontade de ter feito tudo diferente e, principalmente, uma grande vontade de mudar a noção de tempo! Porém, como eu sei que assim como mudar o mundo, mudar o tempo é mais difícil ainda, deixo isso para o mundo das idéias ficar refletindo tudo isso. Por fim, mais uma vez, a vida é feita de momentos, sejam eles bem aproveitados ou não, é assim que funciona.

Definitivamente, tudo na nossa vida não passa de momentos. Cabe a nós aproveitá-los ou não. Há os momentos de tristeza, de alegria, de solidão, de preguiça, de cansaço, de descanso, de hiperatividade, de ansiedade, de tranqüilidade, de estresse, de preocupações, de despreocupações, de leituras, de sono, de festas, de celebrações, de confraternizações, de reuniões, de bares, de cinemas, de boates, de aniversários, de escola, de faculdade, de grandes realizações, de fracasso, de sorte, de azar, de amor, de simplicidade, de comilança, de morrer de fome, de doença, de ressaca, de músicas, de shows, de saúde, de esportes, de TV, de rádio, de insanidade, de loucura, de pura felicidade, de humor, de mau humor, de indiferença, de discussões, de previsões, de exagero, de ausência, de saudosismo, de incompletude, de completude, de tédio, de revolta, de timidez, de estudo, de liberdade...e quantos mais sua vida lhe apresentar!

Para ilustrar o texto e todos os pensamentos que permeiam esse tema, aí vai uma música - bela música, que diz muita, muita coisa mesmo, e de tocar o coração até mesmo dos mais "fortões" e nada sensíveis, rs:

sábado, 5 de março de 2011

Amor de pai e filha...

Consequência de uma pausa...


Esse video é simplesmente lindo e muito emocionante, eu amei! São essas coisas que nos fazem feliz, que enchem nossos olhos, que nos trazem sentimentos bons, que enchem nossos corações...é, posso estar exagerando, mas acontece que eu admiro muito as relações familiares, acho muito importante para uma criança ter uma família bem formada, unida, que todos se amam. E esse video é um exemplo das boas relações entre pai e filha, e um exemplo lindo, porque é muito engraçadinha a menininha cantando, e a música, nem se fala né, bela também! Foi um "achado" maravilhoso esse video, trouxe-me boas lembranças, boas energias e espero que esse tipo de "energia" também atinja vocês! *-*

Às vezes mudamos de opinião...

Ou não. Quem já leu algo desses textos aleatórios que eu publico por aqui, se atento, foi capaz de perceber que não sou muito fã das leituras de "autoajuda", pois é, ainda continuo não sendo muita fã. Em alguns momentos de descanso parei para perceber o que andava escrevendo, e vi que não passavam de palavras escritas para me "autoajudar". Posso não gostar de ler (e tenho inúmeros motivos para isso!), mas pelo jeito estou gostando de escrever. Não que meu objetivo principal seja ajudar alguém, pelo contrário, escrevo porque me faz bem, escrevo para beneficiar a mim mesma. Alguns podem até achar que é egoísmo, entretanto, foram com essas intenções que eu comecei a escrever, por prazer, por me fazer feliz e melhor, o fato de servir para ajudar alguém, entrou por tabela, em segundo plano, nem imaginava que um blog poderia ter tantos acessos e seguidores (não estou me referindo ao meu, estou generalizando, rs). Assim como eu vejo que muitos dos que escrevem livros de autoajuda primeiro pensam no dinheiro, pelo que eu analiso ainda não vi nehuma Madre Teresa de Calcutá em meio a esses, ou um São Francisco de Assis, pelo contrário, ganham milhões com palestras, livros e "participações especiais" simplesmente porque "praticam o bem, ajudam o próximo", acho que só esqueceram-se daquela parte: "sem ver a quem", ou melhor, eles nem veem mesmo! rs De qualquer forma, qualquer literatura é válida, tem sua importância, seu papel na sociedade.

Aonde quero chegar com tudo isso? Simples. Sabe quando você se sente desanimado, nostálgico, melancólico e todas essas espécies de sentimentos misturados? Pois então, ultimamente tenho me sentido assim, por mais que me esforce para "melhorar", é tudo em vão. Aquelas horas que você não sabe de onde tirar forças, o que fazer, como agir e, principalmente, como reagir. Eis que você tira um momento de ócio no seu dia e vai passar o tempo futricando comunidades no orkut (tem cada uma...) e, então, se depara com o perfil de um jovem, da sua cidade, que acaba de ser aprovado no vestibular da federal para medicina (aquele sonho que eu ainda não realizei...e também não tenho a mínima noção de como cheguei ao perfil dele, rs). No início você pensa: "Nossa, que inveja!". E logo após para para ler os escritos por lá. E você pensa: "Nossa, como ele deve estar feliz!", lê mais um pouco e chega na parte "About Me". Surpresa? Um verdadeiro depoimento, com parcelas de autoajuda. Daqueles textos simples que você bate o olho, lê e se identifica na hora, e por consequência, várias coisas, vários filmes, várias "invenções" passam pela sua cabeça. Os filmes de tudo o que você já passou misturados a imaginação das coisas que o rapaz também passou para estar onde está hoje, e ainda tem os filmes que você imagina que acontecerão com você. Não sei se a intenção do menino foi ajudar alguém, mas sei que com aquele texto ele me fez uma pessoa melhor hoje. Mostrando todas aquelas frases clichês, que são como eu digo, por mais que você já tenha ouvido e decorado a maioria e ache ruim ouvir de novo, às vezes é bom relembrá-las, porque, com certeza, fazem todo o sentido, caso contrário, não seriam tão ditas e disseminadas. Entretanto, ele mistura as frases clichês com a subjetividade de quem já passou por aquela situação, viveu na pele e à flor da pele. Como se não bastasse esse "depoimento", um amigo indica um video, do nada, mas que quando você começa a assistir, percebe a intenção e vê que pode ter tudo a ver com sua situação atual. Outra vez, um video de autoajuda, na verdade, mais pra "motivacional" (se é que existe alguma diferença prática nisso, rs).O fato é que você percebe que pode mudar de ideia, e, principalmente, que autoajuda e motivações a parte, podem não ser tão ruins, depende do momento da vida em que você se encontra. Agora, sinceramente, continuo a não gostar de autoajuda, bem que eu tento ler, mas, infelizmente (ou felizmente) não consigo passar das primeiras páginas, rs. Bom, isso agora não importa, o que importa é que certos textos, certos videos, certas palavras, tem momento certo para serem lidos, vistos e ouvidas, se não for nesse momento, não serão bem aceitos.

Resumindo, alguns textos, e-mails e videos que me passaram nessa semana me cairam muito bem, foram bem recebidos e vistos com outros olhos (talves mais maduros, rs). Assim sendo, qualquer ajuda, independente de quem for o ajudante, se foi de propósito ou não, pensando em retorno ou não, é sempre bem vinda. São nesses momentos "cabisbaixos" que percebemos o quanto existem "coisas" importantes em nossas vidas, se não o eram antes, era porque simplesmente ainda não era o momento de serem, assim como algumas pessoas convivem com você por muito tempo, mas só depois de todo esse tempo você percebe o quanto essa pessoa é importante e especial. Posso dizer que a partir de amanhã vou estar melhor. Depois dos relatos que eu li e de ter confirmado, mais uma vez, que nenhum sonho é impossível, desde que você esteja disposto a lutar, a não desistir e, principalmente, a fazer renúnicas por ele, vou transformar-me outra vez, a pedidos da vida!


Quem desejar letra e tradução da música é só clicar aqui!
 Só gostaria de frisar alguns trechos: "and hold your own / and go your own way / and everything will be fine / hang on / help is on the way / stay strong"
(Detalhe: reencontrei esse video e essa música através do perfil do meu futuro colega de profissão, rs. Tudo a ver...!)

Mais o video "motivacional" que tinha citado: