Tema: O que há de errado com a felicidade?
Gênero: Artigo de Opinião
Trilha sonora: O que é, o que é? - Gonzaguinha
Diversas batalhas são travadas no decorrer do dia por inúmeras pessoas, que estão em busca da concretização dos sonhos e da conquista da felicidade. Dizem que a finalidade da vida é “ser feliz”, entretanto, alguns mal sabem como alcançar esse estado abstrato fortemente almejado e o quanto sua presença ou ausência é capaz de influenciar nossas vidas. Há quem se pergunta, inclusive, o que há de errado com a felicidade, pois eu acredito que a pergunta seria: o que há de errado com o homem?
O filme “Em busca da felicidade” é um exemplo da forma como muitos lidam com a falta de felicidade e até onde estão dispostos a ir para senti-la. Chris Gardner (Will Smith) é capaz de atropelar todas as dificuldades e obstáculos para conseguir uma vida digna a ele e, principalmente, ao filho. Essa história nos mostra claramente que a capacidade para encontrar a felicidade está dentro de cada um de nós e é relativa de um indivíduo a outro.
A relação do homem com a felicidade ultrapassa milênios. Desde os filósofos gregos que buscavam-na através da sabedoria, ao século XXI, no qual as concepções de vida a respeito da conquista da felicidade são as mais diversas possíveis. Desse modo, verificamos que esse sentimento não passa de um estado psicológico momentâneo regido por escolhas próprias. Ou seja, não é um sentimento eterno, se esvai com o tempo e conforme amadurecemos, mudemos de opinião ou encontremos algo que nos fará ainda mais felizes que dantes.
O fato de sentirmo-nos felizes está diretamente ligado às relações interpessoais que mantemos. As redes sociais, portanto, conquistaram um importante espaço no “precioso” tempo dos internautas. Não é à toa que empresas criam programas para motivarem e construírem um local de trabalho melhor e mais saudável, tudo fundamentado na idéia de proporcionar alegria aos funcionários que, em conseqüência, produzirão mais e com maior qualidade. Por outro lado, a internet e o meio midiático em geral, podem interferir drasticamente no modo de vida das pessoas. Através de propagandas publicitárias voltadas para “resolução de problemas” fácil e instantaneamente – tais como perca de peso rápida, transformação do corpo para se igualar a alguma famosa em uma semana, conquista de um grande amor – vendem ideais e padrões de consumo acrescentados da idéia de que de tal modo qualquer um poderá atingir um nível de felicidade plena. Creio que dessa forma conquistam “clientes” alienados e frustrados. É fundamental enxergarmos a felicidade naquilo que temos e não nos estereótipos impostos pelo “mundo”. A felicidade só será alcançada quando a pessoa estiver em harmonia consigo e com o mundo. Devemos ter a consciência de que muitos bens cruciais para sermos felizes não podem ser adquiridos em lojas, até mesmo porque, não possuem preço.
É claro que à medida que o homem evolui torna-se mais insaciável. A partir do momento em que os resultados desejados não são atingidos e a felicidade não se faz presente, a vivência torna-se uma tarefa complicada. Assim sendo, uma imperfeição no início dessa trajetória provoca caos quando percebe-se que a alegria não é completa e que a responsabilidade é individual. Nesse contexto de frustrações há chances de deturpações de valores que podem levar a transgressões, como uso de drogas e violência, alterando o bem estar social, afinal, vivemos em uma sociedade, na qual todos interferem no meio, independente da própria vontade e mesmo que o individualismo muitas vezes prevaleça sobre a coletividade.
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