Um amigo, ainda num caminho de incertezas e aceitação, me indicou dois videos cujas campanhas são voltadas aos gays. Fui assistir e me encantei com as mensagens transmitidas. Acredito que ser ou não gay está acima de qualquer escolha que se possa fazer por influências externas, a pessoa nasce ou não gay. E quando se nasce de um jeito, não se muda. Certa pessoa me disse uma vez que por mais que achamos que estamos errados, não precisamos mudar, devemos apenas nos harmonizar conosco e com o mundo que nos cerca, simplesmente aprender a viver.
A homossexualidade já faz parte do nosso cotidiano, não temos o que discutir quanto a isso. O problema está no fato de algumas pessoas ainda rejeitarem e, pior, agirem com violência, achando que tem o direito de interferir nas escolhas dos outros e que vão mudar alguém a base de tapas, quanta ignorância! Ainda tem aqueles que por medo de represálias, discriminações, não aceitação, julgamentos alheios, tentam fugir do que realmente são, ou, esconder o máximo que puderem. Isso tudo só acontece porque mesmo vivendo em um país de enorme miscigenação e heterogeneidade, ainda há preconceito. Os homossexuais sentem-se reprimidos em assumir suas escolhas, simplesmente porque alguns acham-se os certos, os donos da "verdade absoluta" e enxergam-se no direito de julgar os outros por serem diferentes. Oops! Quem falou em diferença?? Nada disso, conceito errado, não existem diferenças. Homossexuais também amam, sentem, choram, sorriem, enfim, não são "bichos" estranhos, são humanos como quaisquer heterossexuais.
Aproveito o ensejo para esclarecer que não só o preconceito contra os homossexuais, mas qualquer tipo de precoceito e discriminação, qualquer tipo de bullying, em desfavorecimento à qualquer pessoa, é totalmente ultrapassado e inadmissível. Qual a dificuldade em aceitarmos as pessoas como elas são? Tudo bem se você não gosta de se relacionar (no sentido de manter amizade, trabalhar, conversar...) com homossexuais, sei lá por qual motivo, mas, se esse for o caso, basta distanciar para evitar qualquer constrangimento, pronto. Por que podemos viver bem em meio aos heteros e não em meio aos GLBT's? Por que os negros, os portadores de síndrome de down, os "gordinhos", os "magrinhos", os autistas e etc., são diferentes dos considerados normais? Na verdade, o que é ser normal? Sabe, adoro a propaganda dos portadores de síndrome de Down, que diz: "Ser diferente é normal", será por quê, né?!
- - Como a propaganda, acredito eu, todos já viram, posto aqui uma música da Xuxa (sim, a "Rainha dos Baixinhos" - apelido do qual eu não sou muito simpatizante, nem dela, mas, fica pra outra vez...rs), que fala sobre bullying, discriminação e preconceito e, que pode ser uma aliada para a conscientização das crianças e adultos ainda imaturos...
Também quero postar aqui, um texto de uma campanha, iniciada há algum tempo...
#eusougay
"Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.
Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.
Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.
E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.
Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.
Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?
Quero então compartilhar essa ideia com todos.
Sejamos gays.
Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY
Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:
1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY
2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com
3) E só!
Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.
A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.
Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.
As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.
Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.
— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —"
Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.
Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.
E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.
Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.
Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?
Quero então compartilhar essa ideia com todos.
Sejamos gays.
Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY
Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:
1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY
2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com
3) E só!
Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.
A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.
Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.
As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.
Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.
— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —"
(O prazo para enviar as fotos foi prorrogado até o dia 08 de maio!)
Excelente produção escrita do seu Site, gosto de sua sensibilidade e seu ponto de vista....
ResponderExcluirAdmiro-a e sou seu fã
do eterno amigo e Blogueiro
Alexandre Yamazaki]
alexzaki@hotmail.com
bjks
Obrigada Alexandre!
ResponderExcluirÉ sempre bom saber que mais alguém se interessa pelo o que eu tento transmitir através do blog.
Posso dizer o mesmo a seu respeito, na verdade, já disse isso no seu blog né, também te admiro demais!
Beijos,