quarta-feira, 27 de abril de 2011

História. Realidade. Tragédia.

Consequência de uma pausa...

A partir de 3 aulas recentes pensei nesse post. Uma aula de radioatividade (fissão e fusão nuclear = formação de bombas atômicas - produção de energia), outra de química orgânica com direito a saber dos poderes destrutivos do TNT (trinitroglicerina) e uma proposta de redação a respeito do papel das armas para a humanidade, com um ótimo intertexto com o filme Lord Of War (O Senhor das Armas - 2005). Acredito que vocês já compreenderam do que se trata os meus escritos de hoje, infelizmente, da nossa realidade, da capacidade destrutiva e autodestruição do ser humano.

Não é fácil falar de guerras, bombas, mortes, vidas - inocentes ou não -, desarmamento, armamento, destruição e tristeza. E, essa dificuldade maximiza-se quando, recentemente, uma tragédia ocorreu perto de nós, potencializada pelo uso de armas de fogo por pessoas civis. O infeliz acontecimento na escola Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, fez com que os discursos pró e contra o desarmamento voltassem mais veementes e categóricos. Estamos diante de um impasse, de difícil resolução, é certo alguns se desarmarem e outros não? E o direito a igualdade? Mas, e as mortes, as fatalidades, causadas por armas de fogo empregadas erroneamente? E as crianças que brincam com essas armas e acabam por machucar outras pessoas ou tornando-se mais violentas? E as reações a assaltos que poderiam não terminar em morte? E o direito a defesa que todo cidadão possui? E os bandidos, continuarão armados? O desarmamento, facilitará a ação policial? E aqueles subornos, vamos ficar livres deles? É possível (re)construirmos um país livre de armas de fogo e tudo o que as envolve? Como seria bom se pudéssemos prever o futuro tim-tim por tim-tim e assim evitar erros no presente...

Quanto ao desarmamento e toda a campanha, vale a pena ler pontos de vistas diferentes para que possam chegar a uma conclusão final. Eu prefiro não comentar muito sobre isso agora, se tudo der certo, posteriormente, publico uma dissertação a respeito disso, com a minha opinião, por enquanto, indico dois sites de opiniões opostas a respeito do tema:
Comitê Paz
Desarmamento: A Falácia

É sabido que as bombas atômicas lançadas no Japão pelos EUA durante a Segunda Guerra Mundial não eram necessárias, então, surge outra pergunta, por quê? Simples, demonstração de poder. O ex-presidente norte-americano H. Truman ao ser informado do lançamento da bomba atômica sobre Hiroshima, disse: "Este é o maior evento da história". Já o alto oficial cujo nome em código era Manhattan District Project, afirmou: "Era importante que a bomba atômica fosse um sucesso. Havia-se gastado tanto para construi-la...Todas as pessoas interessadas experimentaram um alívio enorme quando a bomba foi lançada". Assim, essas afirmações são claras demonstrações do significado dessas bombas, ou seja, o governo norte-americano ingnorava os princípios éticos (já que se tratava do fim de uma guerra, em que já se tinha a certeza dos "vencedores e derrotados") para impor a sua primazia político-militar no mundo, que, por sua vez, daria início ao período de Ordem Bipolar, determinado Guerra Fria, onde se contrapunham duas grandes potências mundias: EUA (capitalismo) X URSS (socialista), um período de "equilíbrio do terror" ou, de "guerra improvável, paz impossível".


 "A primeira bomba 'A' da história foi lançada pelos EUA sobre a cidade de Hiroshima no dia 06 de agosto de 1945. A explosão ergueu um cogumelo de devastação de 9000 metros de altura, gerando um calor perto de 5,5 milhões de graus centígrados. Na época, Hiroshima tinha 330 mil habitantes, o bombardeio matou cerca de 130 mil e feriu outras 80 mil pessoas".

Atualmente, as discussões em torno do enriquecimento de urânio e da geração de energia nuclear estão em evidência, principalmente pelo triste ocorrido no Japão. Então, ilustro com outro video a respeito dos testes nucleares, que nos faz imaginar o poder de destruição incrustado nessas bombas, que poderiam até mesmo disseminar a humanidade. O problema é: quando, afinal, o homem vai perceber que as guerras, as bombas atômicas, não passam de armas autodestrutivas incontroláveis? Quando o homem vai usar a ciência envolta nas bombas em favor da humanidade, em prol do bem estar social?




 Detalhe: Einstein no final indica uma expressão de: "como o homem é capaz de desviar progressos da ciência do bem para o mal?!" Já que Einstein era contra os testes nucleares e as bombas atômicas, inclusive, se não me engano, ele chegou a ganhar um Prêmio Nobel da Paz.





O filme O Senhor das Armas se passa nesse período (de Guerra Fria), e, trata sobre a indústria bélica e seus reflexos no mundo. Com uma crítica de alta qualidade, o filme é tanto para quem gosta de cinema e "bons filmes" como para quem gosta de filmes políticos, com vies de engajamento social e duras críticas, que vão desde o alto escalão da sociedade e do governo aos simples cidadãos envolvidos ou não em guerras - ou disputas de poder, mesmo que seja em um bairro ou favela (mais próximo da nossa realidade). Retrata o que se passava por trás das duas superpotências já citadas, suas indústrias bélicas, seus poderios e os efeitos de suas intervenções nos choques indiretos - guerras quentes que ocorreram sobre suas influências em outros territórios.



 


Enfim, a história nos mostra o quanto o progresso nos traz consequências boas e, também, ruins, tudo depende de como o homem irá usar o poder que tem em mãos. O mesmo posso dizer das armas, o homem a tem, só resta saber se vai ou não usa-la em prol do bem estar - por mais difícil que seja imaginar bem estar através de armas de fogo, pois sempre alguém ou algum animal termina machucado. Os filmes ilustram nossa realidade, e, assim, percebemos que vivemos cercados por tragédias. Imaginem quantos casos não noticiados existem a respeito de vítimas inocentes de armas, bombas, guerras e tudo o mais que o homem possui de ruim em seu interior e o externa através da violência, destruição e atos completamente irracionais. Espero que essa postagem de hoje sirva como reflexão para todos os que lerem e, a partir das reflexões, mudanças para o bem, por menores que sejam, ocorram a nossa volta, para podermos (re)construir um país, um mundo melhor, isso é o que verdadeiramente necessitamos!
Boa Quarta a todos!

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